Gaia, era a deusa da Terra, como elemento primordial e latente de uma potencialidade geradora quase absurda.
Gaia é a personificação do antigo poder matriarcal das antigas culturas Indo-Européias. É a Grande Mãe que dá e tira, que nutre e depois devora os próprios filhos após sua morte. É a força elementar que dá sustento e possibilita a ordem do mundo. Nos mitos gregos, os conflitos entre Gaia e as divindades masculinas representam a ascensão do poder patriarcal e da sociedade grega sobre os povos pré-existentes.
Antes do homem ser criado, só havia terra e ar e antes mesmo de existir o ar e a terra, se necessitava de um lugar para estes se manifestarem. Este lugar era o Caos: que era o lugar onde existia só a possibilidade de ser. No sonho do Caos só existia o Pensamento, que crescia e palpitava e este Pensamento estabeleceu a Ordem. Tão poderoso e eficaz foi este Pensamento que chamou a si mesmo de Eros, e ao pronunciar aquele nome, o Caos se transformou no Momento. Do Caos e Eros surgiram a obscuridade chamada Nyx e o movimento chamado Boreas, o vento.
Em sua primeira dança cósmica, Nyx e Boreas, giraram em movimento arrebatado e frenético até que tudo que era denso e pesado descendeu, e tudo que era leve ascendeu. A matéria densa era Gaia e de sua chuva e de sua semente proveu sua descendência.
Gaia é o ser primordial de onde todos os outros Deuses se originaram,Na mitologia romana é conhecida como Tellus. Gaia é a energia da própria vida, Deusa pré-histórica da Mãe Terra, é símbolo da unidade de toda a vida na natureza. Seu poder é encontrado na água e na pedra, no túmulo e na caverna, nos animais terrestres e nos pássaros, nas serpentes e nos peixes, nas montanhas e nas árvores.
A Terra, às vezes tomada pela Natureza, tinha vários nomes: Titéia, Ops, Vesta e mesmo Cibele.
Dizia-se que o homem nascera da terra molhada aquecida pelos raios de Sol. Deste modo, a sua natureza participa e todos os elementos e quando morre, sua mãe venerável o recolhe e o guarda em seu seio.
A humanidade como um todo reunida em torno do arquétipo Terra está associada tanto à este mundo que é corpóreo, tangível, material e estático, quando ao seu simbolismo oposto do Céu que está ligado ao outro mundo, incorpóreo, intangível, espiritual e dinâmico. Para entendermos o arquétipo da Terra e da Deusa Mãe Terra, devemos entrar em contato com as contradições Céu e Terra, Espírito e Natureza.
A imagem patriarcal cristã da Terra,era sem nenhuma ambigüidade, negativa, ao passo que o arquétipo positivo do Céu era dominante. A parte decaída inferior da alma pertencia ao mundo da Terra, enquanto que sua verdadeira essência que é o "espírito", se originava no lado celestial masculino de "Deus", ou do Mundo Superior. O lado terreno então, deveria ser sacrificado em nome do Céu, porque a Terra era feminina, pertencendo ao mundo dos instintos, representanda pela sexualidade, sedução e o pecado.
Houve um tempo em que as religiões eram matriarcais. São as religiões voltadas para a devoção da Natureza e das forças da Natureza, e de seus ciclos, respeitando seus movimentos de expansão e retração. Elas refletiam uma visão de mundo a partir do olhar da mulher, da mãe Natureza. Mas esta visão foi soterrada pelo patriarcado e o império da razão e do racionalismo. E estamos pagando caro por isso!
A visão patriarcal do mundo, refletida nas religiões patriarcais, foi diminuindo o feminino, o corpo, o dinheiro, a Terra, os frutos, nega a manifestação do Espírito. Pois o Espírito se expressa no vivo, no material. O invisível se expressa por meio do visível. Disso decorre toda sorte de dificuldades com o prazer e com a expressão da Vida nas suas mais variadas formas. Quem quer que negue a energia feminina, nega a Terra. Quem nega a Terra, nega seu feminino.
Por muitos milhares de anos, a Terra não tem recebido as completas transmissões da energia do Divino Feminino. O sistema da Rede na Terra foi manipulado para excluir o Divino Feminino no seu pleno poder, e a energia da Deusa deixou o planeta, exceto em alguns lugares onde os ecos continuaram. Entretanto, com o Processo de Ascensão, o retorno da deusa e do divino Feminino tem sido um factor chave no reequilibrio da energia do Planeta.
A origem dos cultos centrados na reverência e gratidão à Terra, como Mãe, é tão antiga quanto os atos de semear, plantar e colher. Entregar sementes à terra para que elas germinassem, crescessem e frutificassem era um ato sagrado que dependia da benevolência e ajuda das forças sobrenaturais. A personificação da Terra como Deusa é universal, tendo sido cultuada como Mãe por todas as antigas culturas, em parceria, às vezes, com seu consorte o Pai Céu ou com suas Filhas. Mas havia uma dualidade no seu culto, pois além de ser vista como Doadora e Provedora dos alimentos, Ela também era a Destruidora encarregada da dissolução dos resíduos vegetais, animais e humanos.
A dinâmica do mundo era baseada nesta união de princípios opostos – vida/morte – que aconteciam no ventre da Terra, revelando como cada nova forma de vida era criada a partir de uma morte anterior. Além de receber os mortos proporcionando-lhes repouso e cura à espera do renascimento, a Terra também abrigava o mundo subterrâneo, regido por divindades ctônicas e habitado pelos seres ancestrais e sobrenaturais. A profusão de figuras femininas oriundas dos períodos paleolítico e neolítico comprovam a ancestralidade dos cultos de fertilidade centradas em uma Mãe, Avó ou Mulher Terra.
As crenças e os rituais eram ligados às irregularidades topográficas como montanhas, grutas,fontes, rios ou à diversidade da vegetação, selvagem ou cultivada. As grutas eram ligadas ao mundo subterrâneo, sendo as aberturas com simbolismo uterino que serviam como locais para rituais e celebrações. As montanhas eram consideradas lugares propícios para a comunicação entre o mundo celeste e o subterrâneo.
A natureza e a origem da Terra eram descritas de forma diversa em vários mitos de criação, geralmente surgindo do vazio, caos ou oceano primordial ou formada do corpo de uma divindade morta. Ela ficava apoiada sobre um animal, como a tartaruga, na tradição indígena norte-americana ou no mito chinês da deusa Nu Kwa, ou sustentada por seres sobrenaturais colocados nas quatro direções cardeais como os gnomos do mito nórdico. Alguns mitos nativos descrevem como diversos animais mergulhavam no oceano primordial, de onde traziam lama ou areia para formar a Terra.
Dependendo da nação o animal era o rato aquático, o castor ou a lontra. Nos mitos dos índios norte-americanos o nascimento da humanidade decorre da união entre a Mãe Terra e o Pai Céu. Em outros mitos os seres humanos aparecem de repente por um buraco na terra -sipapu- ou são formados pelas divindades com lama, barro, galhos e penas.
Os terremotos eram atribuídos à mudança da posição da divindade, dos seres sobrenaturais ou dos animais que sustentavam a Terra, como no mito peruano da Pacha Mama. Para pedir clemência os povos antigos faziam sacrifícios de animais, oravam e batiam tambores. Na antiga China o imperador se prosternava perante cinco montículos de terra representando as quatro direções cardeais e o centro e fazia oferendas para a Terra.
Dizia-se que o homem nascera da terra molhada aquecida pelos raios de Sol. Deste modo, a sua natureza participa e todos os elementos e quando morre, sua mãe venerável o recolhe e o guarda em seu seio.
A humanidade como um todo reunida em torno do arquétipo Terra está associada tanto à este mundo que é corpóreo, tangível, material e estático, quando ao seu simbolismo oposto do Céu que está ligado ao outro mundo, incorpóreo, intangível, espiritual e dinâmico. Para entendermos o arquétipo da Terra e da Deusa Mãe Terra, devemos entrar em contato com as contradições Céu e Terra, Espírito e Natureza.
A imagem patriarcal cristã da Terra,era sem nenhuma ambigüidade, negativa, ao passo que o arquétipo positivo do Céu era dominante. A parte decaída inferior da alma pertencia ao mundo da Terra, enquanto que sua verdadeira essência que é o "espírito", se originava no lado celestial masculino de "Deus", ou do Mundo Superior. O lado terreno então, deveria ser sacrificado em nome do Céu, porque a Terra era feminina, pertencendo ao mundo dos instintos, representanda pela sexualidade, sedução e o pecado.
Houve um tempo em que as religiões eram matriarcais. São as religiões voltadas para a devoção da Natureza e das forças da Natureza, e de seus ciclos, respeitando seus movimentos de expansão e retração. Elas refletiam uma visão de mundo a partir do olhar da mulher, da mãe Natureza. Mas esta visão foi soterrada pelo patriarcado e o império da razão e do racionalismo. E estamos pagando caro por isso!
A visão patriarcal do mundo, refletida nas religiões patriarcais, foi diminuindo o feminino, o corpo, o dinheiro, a Terra, os frutos, nega a manifestação do Espírito. Pois o Espírito se expressa no vivo, no material. O invisível se expressa por meio do visível. Disso decorre toda sorte de dificuldades com o prazer e com a expressão da Vida nas suas mais variadas formas. Quem quer que negue a energia feminina, nega a Terra. Quem nega a Terra, nega seu feminino.
Por muitos milhares de anos, a Terra não tem recebido as completas transmissões da energia do Divino Feminino. O sistema da Rede na Terra foi manipulado para excluir o Divino Feminino no seu pleno poder, e a energia da Deusa deixou o planeta, exceto em alguns lugares onde os ecos continuaram. Entretanto, com o Processo de Ascensão, o retorno da deusa e do divino Feminino tem sido um factor chave no reequilibrio da energia do Planeta.
A origem dos cultos centrados na reverência e gratidão à Terra, como Mãe, é tão antiga quanto os atos de semear, plantar e colher. Entregar sementes à terra para que elas germinassem, crescessem e frutificassem era um ato sagrado que dependia da benevolência e ajuda das forças sobrenaturais. A personificação da Terra como Deusa é universal, tendo sido cultuada como Mãe por todas as antigas culturas, em parceria, às vezes, com seu consorte o Pai Céu ou com suas Filhas. Mas havia uma dualidade no seu culto, pois além de ser vista como Doadora e Provedora dos alimentos, Ela também era a Destruidora encarregada da dissolução dos resíduos vegetais, animais e humanos.
A dinâmica do mundo era baseada nesta união de princípios opostos – vida/morte – que aconteciam no ventre da Terra, revelando como cada nova forma de vida era criada a partir de uma morte anterior. Além de receber os mortos proporcionando-lhes repouso e cura à espera do renascimento, a Terra também abrigava o mundo subterrâneo, regido por divindades ctônicas e habitado pelos seres ancestrais e sobrenaturais. A profusão de figuras femininas oriundas dos períodos paleolítico e neolítico comprovam a ancestralidade dos cultos de fertilidade centradas em uma Mãe, Avó ou Mulher Terra.
As crenças e os rituais eram ligados às irregularidades topográficas como montanhas, grutas,fontes, rios ou à diversidade da vegetação, selvagem ou cultivada. As grutas eram ligadas ao mundo subterrâneo, sendo as aberturas com simbolismo uterino que serviam como locais para rituais e celebrações. As montanhas eram consideradas lugares propícios para a comunicação entre o mundo celeste e o subterrâneo.
A natureza e a origem da Terra eram descritas de forma diversa em vários mitos de criação, geralmente surgindo do vazio, caos ou oceano primordial ou formada do corpo de uma divindade morta. Ela ficava apoiada sobre um animal, como a tartaruga, na tradição indígena norte-americana ou no mito chinês da deusa Nu Kwa, ou sustentada por seres sobrenaturais colocados nas quatro direções cardeais como os gnomos do mito nórdico. Alguns mitos nativos descrevem como diversos animais mergulhavam no oceano primordial, de onde traziam lama ou areia para formar a Terra.
Dependendo da nação o animal era o rato aquático, o castor ou a lontra. Nos mitos dos índios norte-americanos o nascimento da humanidade decorre da união entre a Mãe Terra e o Pai Céu. Em outros mitos os seres humanos aparecem de repente por um buraco na terra -sipapu- ou são formados pelas divindades com lama, barro, galhos e penas.
Os terremotos eram atribuídos à mudança da posição da divindade, dos seres sobrenaturais ou dos animais que sustentavam a Terra, como no mito peruano da Pacha Mama. Para pedir clemência os povos antigos faziam sacrifícios de animais, oravam e batiam tambores. Na antiga China o imperador se prosternava perante cinco montículos de terra representando as quatro direções cardeais e o centro e fazia oferendas para a Terra.
Omitimos de nós mesmos o passado, negando assim o conhecimento de que a Terra vivia em fartura, e as esplêndidas civilizações antigas se relacionavam com seus ciclos com períodos favoráveis de plantio, como os Sumérios, por exemplo. Baseavam-se nesta premissa, pois valorizavam a arte, e um conceito antiqüíssimo que, há cerca de trinta anos, passou a atender pelo nome de Sustentabilidade. Os povos que hoje chamamos de primitivos sabiam que suas necessidades agrárias não podiam comprometer as possibilidades e reclamos das gerações futuras. Porquê esquecemos isso?
Diversas divindades desta época simbolizam a mulher e o Feminino. Exumando a cultura dos povos antigos, reponta sua ligação com a Terra: para eles, era uma relação de mãe e filhos. Para as altas culturas agrárias do Neolítico, a Terra era a figura sagrada dos cultos e ritos de ligação com o sagrado, era a Deusa Máxima. Era ela quem gerava e mantinha tudo o que era vivo.
O corpo da Terra era o próprio corpo da Deusa. Nas culturas agrárias desse período, era preciso conhecer o céu e a Terra; povos antigos da Mesopotâmia valiam-se dos ciclos dos planetas, plantavam e colhiam segundo suas revelações e ausências.
A Terra era única: consagrada e casada com a água, as terras, o Universo, os seres humanos, em prefeita união com tudo.
O culto mais difundido entre os índios norte-americanos é da Mãe Terra, seguido pelo da Mãe dos Grãos, que aparecia como uma única divindade - a Mãe, múltipla como Suas filhas, as Donzelas do Milho, ou em forma de Três Irmãs, que simbolizavam os alimentos básicos:milho, feijão, abóbora. As colheitas eram as oportunidades para agradecer com oferendas, festividades, danças e orações.
Dependendo da localização geográfica e da natureza da colheita, estas cerimônias se estendiam durante vários meses, com danças típicas em forma de rodas ou espirais, mas envolvendo sempre toda a comunidade. Uma dança muito comum na Europa era a dança do pão, considerado o alimento sagrado usado em rituais, como amuleto de proteção ou para a cura. O pão jamais podia ser desperdiçado ou jogado fora, sendo também usado em sinal de boas vindas ou recepção dos noivos entre os povos eslavos e dos Balcãs. Antes de cortar o pão as camponesas romenas o abençoavam e agradeciam à terra pelo “pão de cada dia”.
Muitos séculos vêm testemunhando a usurpação, pelos homens, do título de propriedade da Natureza, revogando assim toda a sacralidade da Terra, da Água e dos valores femininos.
Dependendo da localização geográfica e da natureza da colheita, estas cerimônias se estendiam durante vários meses, com danças típicas em forma de rodas ou espirais, mas envolvendo sempre toda a comunidade. Uma dança muito comum na Europa era a dança do pão, considerado o alimento sagrado usado em rituais, como amuleto de proteção ou para a cura. O pão jamais podia ser desperdiçado ou jogado fora, sendo também usado em sinal de boas vindas ou recepção dos noivos entre os povos eslavos e dos Balcãs. Antes de cortar o pão as camponesas romenas o abençoavam e agradeciam à terra pelo “pão de cada dia”.
Muitos séculos vêm testemunhando a usurpação, pelos homens, do título de propriedade da Natureza, revogando assim toda a sacralidade da Terra, da Água e dos valores femininos.
Entronizamos um Deus distante do convívio de todos os seres, a própria Criação, e o exilamos em um céu remoto, acessível apenas a supostos escolhidos; tudo o mais foi relegado, rotulado de heresia e apreciado apenas como ambição de difícil acesso para mulheres com baixa capacidade para desenvolver seu lado racional.
Esquecemo-nos das origens e ligações dos seres autodenominados pensantes com a Terra. Mediante esta união, hoje desprezada, construíam-se “primitivamente” as relações sociais, os sistemas políticos, agrários, econômicos, a arte e todas as produções humanas.
Esquecemo-nos das origens e ligações dos seres autodenominados pensantes com a Terra. Mediante esta união, hoje desprezada, construíam-se “primitivamente” as relações sociais, os sistemas políticos, agrários, econômicos, a arte e todas as produções humanas.
A Terra, por ser respeitada em todos os seus ciclos como um ser vivo, interativo, latente, pululante, que possuía necessidades, que deveríamos respeitar como um corpo humano, os servia com abundância e prosperidade.
O Conhecimento do tempo cíclico regia o entendimento e a percepção de mundo.
Examinando os astros e sua interação com a Terra, os humanos entendiam que tudo nascia, crescia e reproduzia-se para morrer, renovando assim o mundo; tal qual os ciclos femininos, que prefiguram a mesma dinâmica na renovação celular mensal necessária para que o novo possa florescer.
Com isso, constatamos que muitas rupturas ocorreram a partir do abandono da sacralidade da Natureza, da Terra e do Feminino, hábeis a auxiliar como inspiração para nossas atitudes. Quando tivemos oportunidades de seguir as leis da Natureza como um guia, longe de ser uma questão de conformismo, nos assemelhávamos à Terra, e isso nos trazia serenidade, harmonia e paz.
Atualmente, quando observamos a vida humana, constatamos o desligamento dos homens com o Planeta, esquecemo-nos do valor da união com esta Terra provedora e generosa que nos nutria, desrespeitando assim nossa própria essência de criaturas sagradas.
Quem sabe, como boa matriarca que alimenta seus filhos com fartura em todos os aspectos, ela esteja apenas esperando que voltemos pra nós mesmos, relembremos de onde viemos e quem somos, e com tal consciência, apenas esteja aguardando o momento exato que nos brindará com novos tempos de fartura e abundância, ao sentir que finalmente decidimos voltar para nós mesmos, para a Terra. Que decidimos voltar para casa.
Como se respondesse a nossa atual crise de meio ambiente, o nome Gaia se escuta hoje em dia por todas as partes. Existe a "Hipótese de Gaia" do físico James Lovelock, que propõe que o planeta terra seja um sistema auto-regulado; a "consciência de Gaia", que instiga para que a terra e suas criaturas sejam consideradas um todo e simplesmente e o termo "Gaia", que expressa reverência faz do planeta um ser vivo de que toda a vida depende. A esse fenômeno está associada a idéia que só uma personificação do planeta pode devolver-lhe uma identidade sagrada, de modo que seja possível estabelecer uma nova relação entre os seres humanos e o mundo natural.
Não é coincidência que em pleno século XXI regresse a mentalidade grega para formular essa experiência, posto que no Ocidente a última Deusa da Terra foi Gaia. É certo que na mitologia clássica a Deusa já tinha a mesma posição de Mãe Suprema de todo o ser vivo que tinha no período Neolítico, no entretanto, a terra seguiu sendo inclusive em filosofia, um ser vivo (zoon), segundo a terminologia platônica.
Examinando os astros e sua interação com a Terra, os humanos entendiam que tudo nascia, crescia e reproduzia-se para morrer, renovando assim o mundo; tal qual os ciclos femininos, que prefiguram a mesma dinâmica na renovação celular mensal necessária para que o novo possa florescer.
Com isso, constatamos que muitas rupturas ocorreram a partir do abandono da sacralidade da Natureza, da Terra e do Feminino, hábeis a auxiliar como inspiração para nossas atitudes. Quando tivemos oportunidades de seguir as leis da Natureza como um guia, longe de ser uma questão de conformismo, nos assemelhávamos à Terra, e isso nos trazia serenidade, harmonia e paz.
Atualmente, quando observamos a vida humana, constatamos o desligamento dos homens com o Planeta, esquecemo-nos do valor da união com esta Terra provedora e generosa que nos nutria, desrespeitando assim nossa própria essência de criaturas sagradas.
Quem sabe, como boa matriarca que alimenta seus filhos com fartura em todos os aspectos, ela esteja apenas esperando que voltemos pra nós mesmos, relembremos de onde viemos e quem somos, e com tal consciência, apenas esteja aguardando o momento exato que nos brindará com novos tempos de fartura e abundância, ao sentir que finalmente decidimos voltar para nós mesmos, para a Terra. Que decidimos voltar para casa.
Como se respondesse a nossa atual crise de meio ambiente, o nome Gaia se escuta hoje em dia por todas as partes. Existe a "Hipótese de Gaia" do físico James Lovelock, que propõe que o planeta terra seja um sistema auto-regulado; a "consciência de Gaia", que instiga para que a terra e suas criaturas sejam consideradas um todo e simplesmente e o termo "Gaia", que expressa reverência faz do planeta um ser vivo de que toda a vida depende. A esse fenômeno está associada a idéia que só uma personificação do planeta pode devolver-lhe uma identidade sagrada, de modo que seja possível estabelecer uma nova relação entre os seres humanos e o mundo natural.
Não é coincidência que em pleno século XXI regresse a mentalidade grega para formular essa experiência, posto que no Ocidente a última Deusa da Terra foi Gaia. É certo que na mitologia clássica a Deusa já tinha a mesma posição de Mãe Suprema de todo o ser vivo que tinha no período Neolítico, no entretanto, a terra seguiu sendo inclusive em filosofia, um ser vivo (zoon), segundo a terminologia platônica.
Essa consciência perdeu-se nas referências judias e cristãs em essa perda se faz evidente no modo em que passamos a tratar a terra como se fosse matéria morta. Fica óbvio portanto, que Maria, a Deusa Mãe reconhecida pela igreja cristã, tenha adquirido todos os atributos das Deusas Mães, exceto o de Deusa da Terra.
As imagens mitológicas da Grande Mãe, Criadora do Universo, são numerosas, como numerosos são estágios da revelação do ser dela, mas a forma mais difundida e conhecida de sua manifestação, a forma que define sua essência é a de Terra Mãe.
Carolina Rubin/Rosane Volpatto
As imagens mitológicas da Grande Mãe, Criadora do Universo, são numerosas, como numerosos são estágios da revelação do ser dela, mas a forma mais difundida e conhecida de sua manifestação, a forma que define sua essência é a de Terra Mãe.
Carolina Rubin/Rosane Volpatto
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