MULHERES NEGRAS - Maior Vulnerabilidade à Violência
No Brasil, as principais vítimas da violência são jovens, negros e pobres.
Vários estudos e reuniões científicas confirmam que são as mulheres negras as maiores vítimas do preconceito no Brasil pois sofrem, simultaneamente discriminação racial e sexual.
Embora a violência de gênero possa atingir mulheres de todas as raças/etnias e níveis de escolaridade e renda, organizações de mulheres negras responsabilizam o sexismo e a falta de políticas públicas de emprego, saúde e educação pelo grande número de casos de violência contra as mulheres negras.
De fato todos os indicadores sociais apontam que as mulheres negras estão mais vulneráveis à violência em decorrência de uma conjunção de fatores sociais, tais como baixa escolaridade, alto índice de desemprego e de subemprego e, principalmente, da discriminação e desigualdade.
Dessa forma, as mulheres negras estão não somente mais expostas aos efeitos da violência, mas elas também possuem menores condições para o enfrentamento da violência sofrida.
São exemplos de violência os homicídios, o tráfico sexual, a exploração do trabalho, o trabalho escravo, as agressões físicas, sexuais e psicológicas, e também o racismo, as discriminações cotidianas e as dificuldades ou falta de acesso a bens e serviços.
E em todos estes exemplos as mulheres negras ocupam o primeiro lugar nas pesquisas.
As organizações de mulheres negras têm se empenhado em mudar estes dados através de projetos e propostas de políticas públicas que atendam as necessidades das mulheres negras e da população afro-brasileira como um todo.
Alguns avanços aconteceram, mas ainda temos muito trabalho em busca da cidadania e da equidade de direitos.
Por Maria Cristina F. Santos, coordenadora adjunta do ponto de cultura MARIA MULHER - Organização de Mulheres Negras.
O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.
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