Bento XVI foi acolhido na Abadia de Westminster, em Londres, por uma mulher, a reverenda Jane Hedges, Anglicana e canônica da Abadia, uma das militantes mais fervorosas da ordenação das mulheres, considerada "um crime contra a fé" pelo papa.
Cônego (do latim canonĭcus pelo grego antigo κανονικός, de κανών, "regra") é o presbítero que vive sob uma regra que o obriga a realizar as funções litúrgicas mais solenes na igreja catedral ou colegiada.
A recepção foi uma imposição do protocolo, uma vez que na sua qualidade de cónega anglicana da Abadia de Westminster compete a Jane Hedges receber toda a pessoa que entre no patamar da igreja. O papa apertou-lhe a mão ao chegar.
Um sínodo aprovou a elevação de mulheres à categoria de bispos, mas a decisão ainda tem de ser confirmada por um novo sínodo a realizar se em 2012.
Jane Hedges já se reuniu com a rainha Elizabeth II , e o antigo primeiro ministro Gordon Brown e numerosos parlamentares para fazer avançar a sua causa.
Ela sublinha que metade dos anglicanos praticantes são mulheres, pelo que, alega, um episcopado onde tivessem lugar "seria representativo do conjunto da humanidade, como é o caso agora com o sacerdócio".
O encontro servirá para direcionar os refletores sobre as diferenças e dificuldades entre a Igreja Anglicana e a Igreja de Roma. “Acolheremos o Papa como nosso hóspede. Não haverá nenhuma batalha”, assegura o decano de Westminster, o reverendo John Hall.
O Papa replica que “a Igreja não se renova mudando simplesmente as estruturas, mas com um sincero espírito de penitência e um operoso caminho de conversão”. Caso contrário, torna-se como os hereges cátaros que no século XIII propugnavam “uma reforma radical da Igreja, sobretudo para combater os abusos do clero”.
Bento XVI comemora a importância do “gênio feminino” a serviço do Evangelho: “A teologia pode receber uma contribuição peculiar das mulheres, capazes de falar de Deus e dos mistérios da fé com sua peculiar inteligência e sensibilidade”. Por conseguinte, “o Espírito Santo suscite na Igreja mulheres santas e corajosas segundo o modelo da vivacidade cultural dos mosteiros femininos da Idade Média, contrariamente a preconceitos que ainda há sobre aquela época”.
O F I C I A L
O Vaticano classifica a ordenação de mulheres como “crime grave” e aumenta a punição sobre o padre que tentar ordenar uma mulher. O crime teria como pena até mesmo a expulsão do padre que teria violado as regras da Santa Sé em relação ao sexo feminino. Ao colocar a ordenação de mulheres como crime no mesmo documento que trata da pedofilia, o Vaticano acena que os dois atos seriam da mesma gravidade.
A Congregação para a Doutrina da Fé lidará não só com casos de pedofilia e abusos sexuais, mas com a ordenação de mulheres. É a congregação que poderá expulsar um padre pela ordenação de uma mulher.
Jon O'Brien, presidente do grupo Católicos por Escolha, disse que o Vaticano "se sente ameaçado" por um crescente movimento na Igreja a favor do sacerdócio feminino.
Ele disse que, apesar de entender a distinção técnica dos diferentes crimes para a Igreja, colocar os dois juntos foi mais um exemplo do que chamou de falha de comunicação.
"Se há uma oportunidade para as autoridades do Vaticano atirarem em si mesmas no pé, eles atiram nos dois pés", disse.
O monsenhor Charles Scicluna, representante do departamento de doutrina do Vaticano, disse que não houve uma tentativa de tornar os dois crimes comparáveis sob a lei canônica.
Enquanto o abuso sexual é um "crime contra a moral", a tentativa de ordenar uma mulher é um "crime contra um sacramento", disse Scicluna.
O texto, segundo ele, serve para atualizar as normas canônicas e estabelecer os crimes mais graves, seja contra o sacramento e a moral. A violação do segredo da confissão também aparece como um crime grave, além da heresia, cisma e apostasia.
Congregação para a Doutrina da Fé - substituiu a Suprema e Sacra Congregação do Santo Ofício, que anteriormente chamava-se Suprema e Sacra Congregação da Inquisição Universal
O termo Inquisição refere-se a várias instituições dedicadas à supressão da heresia no seio da Igreja Católica. A Inquisição foi criada inicialmente para combater o sincretismo entre alguns grupos religiosos, que praticavam a adoração de plantas e animais e utilizavam mancias. A Inquisição medieval, da qual derivam todas as demais, foi fundada em 1184 no Languedoc (sul da França) para combater a heresia dos cátaros ou albigenses. Em 1249, implantou-se também no reino de Aragão, como a primeira Inquisição estatal e, já na Idade Moderna, com a união de Aragão e Castela, transformou-se na Inquisição espanhola (1478 - 1821), sob controle direto da monarquia hispânica, estendendo posteriormente sua atuação à América.
O condenado muitas vezes responsabilizado por uma "crise da fé", pestes, terremotos, doenças, miséria social e contra supostos praticantes de bruxaria, era entregue às autoridades do Estado, para que fosse punido.
E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado, e algumas outras com elas.
E acharam a pedra revolvida do sepulcro.
E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus.
E aconteceu que, estando elas muito perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois homens, com vestes resplandecentes.
E, estando elas muito atemorizadas, e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos?
Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia,
Dizendo: Convém que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressuscite.
E lembraram-se das suas palavras.
E, voltando do sepulcro, anunciaram todas estas coisas aos onze e a todos os demais.
E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras que com elas estavam, as que diziam estas coisas aos apóstolos.
E as suas palavras lhes pareciam como desvario, e não as creram... Lucas 24
bom saber q as mulheres lutam por um espaço igual ao dos homens, no mudo inteiro... mt força a todas!
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