terça-feira, 19 de abril de 2011


Πάσχα

“A Páscoa é a verdadeira salvação da humanidade!”

Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pessach, data em que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito. A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário.


Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação que teria ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 da Era Comum.

"Se Cristo – o Cordeiro de Deus – não tivesse derramado o seu Sangue por nós, não teríamos qualquer esperança, o destino nosso e do mundo inteiro seria inevitavelmente a morte. Mas a Páscoa inverteu a tendência: a Ressurreição de Cristo é uma nova criação, como um enxerto que pode regenerar toda a planta. É um acontecimento que modificou a orientação profunda da história, fazendo-a pender de uma vez por todas para o lado do bem, da vida, do perdão. Somos livres, estamos salvos! Eis o motivo por que exultamos do íntimo do coração: 'Cantemos ao Senhor: é verdadeiramente glorioso!
O Evangelho revelou-nos o cumprimento das figuras antigas: com a sua morte e ressurreição, Jesus Cristo libertou o homem da escravidão radical, a do pecado, e abriu-lhe a estrada para a verdadeira Terra Prometida, o Reino de Deus, Reino universal de justiça, de amor e de paz. Este 'êxodo' verifica-se, antes de mais nada, no íntimo do próprio homem e consiste num novo nascimento no Espírito Santo, é princípio duma libertação integral, capaz de renovar toda a dimensão humana, pessoal e social.
Assim como, para além do Mar Vermelho, os hebreus encontraram o deserto, assim também a Igreja, depois da Ressurreição, encontra sempre a história com as suas alegrias e as suas esperanças, os seus sofrimentos e as suas angústias. E todavia esta história mudou, está marcada por uma aliança nova e eterna, está realmente aberta ao futuro. Por isso, salvos na esperança, prosseguimos a nossa peregrinação, levando no coração o cântico!". Papa Bento XVI

A História do coelhinho da Páscoa e os ovos

A figura do coelho está simbolicamente relacionada à esta data comemorativa, pois este animal representa a fertilidade. O coelho se reproduz rapidamente e em grandes quantidades. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas.
Já os ovos de Páscoa (de chocolate, enfeites, jóias), também estão neste contexto da fertilidade e da vida.
A figura do coelho da Páscoa foi trazido para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e início do XVIII.





Jesus, a Verdadeira Páscoa

Na história da salvação, o princípio do sacrifício, do derramamento de sangue, é que uma vida é dada para que outra seja salva.

Porque, naquela noite, passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até os animais; executarei juizo sobre todos os deuses do egito. Eu sou o Senhor. O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito (Ex 12:12-13).

Deus estabelce um fundamento que permanece para sempre: os que estão sobre a proteção do sangue do sacrifício não podem ser tocados pela morte.

Não apenas foi necessário matar o cordeiro pascal e derramar o seu sangue; era necessário que o sangue fosse posto nas umbrais da porta da casa. Da mesma maneira, não basta Jesus ter derramado o seu Sangue; Ele tem de ser aplicado na porta do coração do homem. O coração é como a bíblia chama a "casa espitual" do homem; nos umbrais das nossas portas é necessário aplicar o sangue do cordeiro eterno, Jesus, para que haja salvação.

O sangue do sacrifício trás consigo a presença, a manifestação e a revelação do Deus vivo ( Ex 24:5-10).

Como a vida está no sangue, então o valor do sangue é função da vida a que corresponde. Por exemplo, o sangue de um homem é mais valioso que o sangue de um animal; e o sangue de Jesus está acima de qualquer valor, pois contém a vida de Deus, contém a vida eterna.

Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o Seu sangue, não tende vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressucitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, o meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e Eu, nele. Jo 6:53-56.

"Beber o Seu sangue"
significa apropiarmos de tudo que o Sangue é.


O Sangue significa a própria vida de Deus.

É a essência da sua magnificência.
Seu Sangue é o Sangue da ressurreição.
Nele está todo o poder, por isso é verdadeira bebida para fortalecimento do espírito.
O Sangue é a porta que nos une a Deus.
É onde o Espírito de Deus se funde com o espírito do homem, porque na vida de Deus está o Seu Espírito.
Com um significado ainda mais profundo, o sangue de Jesus foi o sacrifício da sua vida pela nossa.

Ele foi "o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo"


Isto nos diz que, espiritualmente, Jesus tomou o lugar do cordeiro do sacrifício mesmo antes de Deus ter criado o mundo. Em sua sabedoria absoluta, o Senhor sabia que o homem cairia em pecado e, antes mesmo de formá-lo deu-se a Si mesmo em redenção.

O Sangue do sacrifício que corria por Suas veias o levava continuamente a negar-se a Si mesmo, entregando-se aos outros.

O Sangue da Nova Aliança venceu a morte e abriu o túmulo. Este Sangue abriu os céus e venceu para sempre o reino das trevas!

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