segunda-feira, 31 de agosto de 2009


A Frente Nacional Britânica (National Front no inglês original) é um partido político fundado no dia 7 de Fevereiro de 1967 num encontro decorrido em Caxton Hall, Westminster; o seu primeiro presidente foi Arthur K. Chesterton, primo de G.K. Chesterton. O novo partido era, na realidade, uma fusão de três organizações distintas: a Sociedade para a Preservação Racial, o Partido Nacional Britânico original e a Liga de Lealistas do Império.

É um partido de orientação ultra-direitista e racista. O partido aceita apenas membros de cor branca e atuou principalmente nas décadas de 1970 e 1980, sendo eventualmente considerado uma agremiação nazi-fascista.

Fundamentos da Frente Nacional Britânica

A militância e os ideais das três organizações fundadoras era diferente em vários aspectos mas convergiam em alguns princípios fundamentais: que a Grã-bretanha e o povo britânico tinham direito a determinar o seu próprio futuro; que o multi-racialismo e a imigração em massa eram um erro trágico; que o patriotismo era louvável e que o capitalismo, o comunismo e o internacionalismo retiram o poder aos indivíduos.
Foi a crença nestes princípios base que uniu os militantes destes três agrupamentos que, fartas de tanta desunião, estavam determinados a ver a FN como sendo o veículo tanto da união quanto da vitória. Duzentos e cinquenta membros fundadores deste novo movimento unido tiveram que se debater com uma multidão de comunistas concentrados no exterior do edifício de modo a participarem na reunião inaugural em 7 de Fevereiro de 1967.


"Inglaterra para os ingleses"

http://www.national-front.org.uk/

http://www.nationalfront.org.nz/

http://www.europeannationalfront.org/

domingo, 30 de agosto de 2009


Anglo-saxão é a denominação dada à fusão dos povos germânicos anglos, saxões e jutos que se fixaram no norte e centro da Inglaterra no século V (país que ficou a dever o seu nome a este povo).
Em relação aos saxões, podemos dizer que eram um antigo povo da Germânia, habitantes da região próxima da foz do rio Álbis (atual Elba) e correspondente à atual região de Holstein na Alemanha. O indivíduo desse povo é o saxônico, saxônio ou saxão.

Britannia
Devido às dificuldades enfrentadas por Roma, as legiões romanas em 410 d.C. se retiram da Britannia, deixando seus habitantes celtas à mercê de inimigos escotos e pictos. Uma vez que Roma já não dispunha de forças militares para defendê-los, os celtas, em 449 d.C., recorrem às tribos germânicas como jutos, anglos, saxões e frísios para obter ajuda. Estes, entretanto, de forma oportunista, acabam tornando-se invasores, estabelecendo-se nas áreas mais férteis do sudeste da Grã-Bretanha, construindo ainda mais vilas e aumentando a população local. Os celtas-bretões sobreviventes refugiam-se no oeste. Prova da turbolência e do descaso dos invasores pela cultura local é o fato de que quase não ficaram traços da língua celta na língua inglesa. Com o tempo, as línguas dos anglos e dos saxões deram origem ao inglês.

Elmo anglo-saxão: São os dialetos germânicos falados pelos anglos e pelos saxões que vão dar origem ao inglês. A palavra England, por exemplo, originou-se de Angle-land (=terra dos anglos). A partir daí, a história da língua inglesa é dividida em três períodos: Old English, Middle English e Modern English. A primeira metade do século V, quando ocorreram as invasões germânicas, marca o início do período denominado Old English.

Os saxões eram um povo germânico que vivia no território que é hoje o noroeste da Alemanha e o leste da Holanda (mas não na área hoje conhecida como Saxónia). Foram mencionados pela primeira vez pelo geógrafo grego Ptolomeu que os localizou no sul da Jutlândia e no actual Schleswig-Holstein, de onde aparentemente se expandiram para sul e para oeste.
No século I, os Saxões tiveram uma influência importantíssima na unificação das regiões da Inglaterra. Buscaram um novo território na Britânia. O porquê dessa migração, não se sabe ao certo, mas muito provavelmente deve-se à destruição causada pelos poderoso Hunos e talvez por mudanças climáticas.

Durante os séculos IV e principalmente V, os saxões começaram uma forte investida contra as Ilhas Britânicas, em busca de colonização. O Império Romano acabou deixando a ilha e os saxões, nos séculos VI a IX foram, aos poucos, dominando o território, começando pelo leste. Em seguida, capturaram o centro da Ilha, chegando até o Mar de Severn. Por um tempo, a atual Escócia e a Cornualha ficaram livres, assim como o atual País de Gales. Porém, mais tarde, os saxões tomaram também a Cornualha e a Escócia, mas não conseguiram capturar o País de Gales, apesar de que reinos como Powys, hoje o maior estado-distrito de Gales, que alcançavam áreas da atual Inglaterra além de áreas do País de Gales terem perdido grande parte de suas posses (obviamente, as regiões que ficavam na atual Inglaterra).
Concluiu-se que os saxões derrotaram quase que totalmente os celtas na Grã-Bretanha, já que Gales é, em sua maioria, de terreno rochoso e pobre. Os reinos galeses não tinham condições mais de se opor aos saxônicos, que se tornaram os verdadeiros donos da Inglaterra.
No mesmo século, na Inglaterra, os saxões sofreram com a invasão dos Vikings da Dinamarca, que procuravam se instalar nas terras inglesas. Tomaram grande parte dos reinos saxônicos, mas foram parados e, depois, expulsos da Inglaterra por Alfredo de Inglaterra, o Grande.
Os reinos saxônicos caíram, finalmente, no século XI. Mas não pelas mãos dos galeses e sim dos normandos, liderados por Guilherme, o Conquistador.
O autor Bernard Cornwell, em suas Crônicas Saxônicas, descreve vários detalhes da vida deste povo.

Atualmente

Os Saxões, vivem e são os atuais holandeses, belgas (flamengos), alemães de determinadas regiões do norte, ingleses, e com o advento da imigração se espalharam além mar, para Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia entre outros.

Os anglos (Angeln em alemão; englas em inglês antigo; anglus, pl. anglii em latim) eram um povo germânico originário de Angeln, no Schleswig, que se instalou na Ânglia Oriental, na Mércia e na Nortúmbria no século V d.C. A Grã-Bretanha meridional e oriental foi posteriomente chamada de Engla-lond ("terra dos anglos", em inglês antigo), de onde England, o termo em inglês para Inglaterra.

Anglofonia é o conjunto de identidades culturais existentes em países falantes da língua inglesa como África do Sul, Austrália, Canadá, Estados Unidos da América, Grã-Bretanha, Nova Zelândia, Jamaica e por diversas pessoas e comunidades em todo o mundo. Dentro dessa região linguística, localiza-se a América Anglo-Saxônica.

Compreende-se por Mundo Anglo-Saxónico o grupo das nações Anglófonas (falantes da Língua Inglesa) que partilham características históricas, políticas, e culturais enraizadas ou atribuídas à influência histórica do Reino Unido (RU). O Mundo Anglo-Saxónico inclui as antigas colónias e domínios do Reino Unido, onde o Inglês é a língua principal.


http://www.anglosaxon.org.uk/

sábado, 29 de agosto de 2009

W A S P
WASP é a sigla que em inglês significa "Branco, Anglo-Saxão e Protestante" (White, Anglo-Saxon and Protestant).

Alguns ainda traduzem como "Branco, Americano, Sulista e Protestante" (White, American, Southern and Protestant).
Surgiu no início do século XX tendo como base o combate à raça, nacionalidade (ou regionalidade) e religião alheia.
Inicialmente combatiam os negros e qualquer aspecto relacionado a eles (principalmente a música, jazz e blues, que começava proliferar em discos e rádios), mas logo voltaram seus ideais contra outros grupos, que do seu ponto de vista não cumpriam os seus critérios: os italianos, pois bebiam demais o que levou o governo a criar a Lei Seca na década de 20; os irlandeses, por tolerarem os italianos e também pela questão do alcoolismo; e os judeus, por começarem a dominar a estrutura bancária do país através dos empréstimos de dinheiro.
A cultura WASP é focada nos chamados valores tradicionais e fortemente baseada numa religiosidade inflexível e visões ditas "tradicionais" da sociedade em todas as suas vertentes desde a família e sexualidade aos papéis homem/mulher em geral.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009


Quarto Reich é um termo utilizado para descrever um futuro teórico da história alemã, um sucessor do Terceiro Reich. O termo foi utilizado inicialmente por Rudolf Hess após os Julgamentos de Nuremberg, quando sofrendo de distúrbios mentais, afirmou ser ele o "Führer do Quarto Reich".

Porém o termo se tornou popular nos anos de 1960 e 1970, porque várias figuras políticas da Alemanha Ocidental, como o chanceler Kurt Georg Kiesinger, tinham vínculos com o regime do Terceiro Reich.

Em termos de neo-nazismo, o quarto Reich é apresentando com um Estado em que vigora a "supremacia ariana", anti-semitismo, Lebensraum, agressivo militarismo e totalitarismo.

Posteriormente, neo-nazistas acreditam que o Quarto Reich abriria caminho para o estabelecimento de um "Império Ocidental", um império pan-ariano abrangendo terras com proeminentes laços arianos (Europa, Rússia, Anglo-América, Austrália, Nova Zelândia, e algumas partes da América do Sul como o Brasil) que permitiria que o Ocidente entrasse no "choque de civilizações".

Em seu livro, "A Ascensão do Quarto Reich: As sociedades secretas que ameaçam assumir a América" (em inglês: The Rise of the Fourth Reich: The Secret Societies That Threaten to Take Over America) Jim Marrs argumenta que alguns membros sobreviventes do Terceiro Reich, juntamente com simpatizantes dos nazismo nos Estados Unidos e noutros países, trabalharam clandestinamente desde o final da Segunda Guerra Mundial para que alguns dos princípios do nazismo (por exemplo, militarismo, fascismo, conquista, espionagem generalizada sobre cidadãos, empresas que usam trabalho escravo e utilização de propaganda para controlar os interesses nacionais e idéias) sejam infiltrados na cultura, governo e empresas em todo o mundo, mas principalmente nos Estados Unidos.

Ele cita a suposta influência do nazismo nos Estados Unidos no final da Segunda Guerra Mundial, tais como cientistas nazistas que ajudaram os E.U.A no avanço na indústria aeroespacial, bem como a aquisição e a criação de conglomerados pelos nazistas e seus simpatizantes após a guerra, tanto na Europa e E.U.A.

Three-Bladed Swastika, "Flowering Power" (Poder Florescente), Three Sevens Link (Três Setes Ligados)

Organizações : Neo-nazistas, Skinheads racistas, Skinhead Organization and Publication: "Blood and Honor," AWB Afrikaner Resistance

Simbolismo:Supremacia branca

História : Uma variação da suástica usada na Alemanha Nazista, os "Three Sevens" ou "Three-Bladed Swastika" é a união de três setes que simbolizam a supremacia sobre o mal (freqüentemente representado pelo 666). É um símbolo usado pelos skinheads nazistas, neo-nazistas (principalmente os neo-nazistas sul-africanos e europeus em apoio ao Apartheid).

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Neonazistas

A ascensão de movimentos que se inspiram nas teorias políticas pregadas por Adolf Hitler, vez ou outra, ganha destaque com matérias de jornal falando sobre a ação do “neonazismo” ou dos partidos políticos de “extrema direita”. Muitas vezes, ao não dar a devida atenção a esse tipo de assunto, os alunos podem chegar à conclusão de que os movimentos neonazistas somente desejam recuperar os princípios defendidos pelo Estado totalitário alemão surgido no Entre-guerras.

O movimento nazista foi um marco da história mundial. Teoricamente foi derrotado a cerca de cinqüenta anos, mas, na prática, vemos que ainda existem pessoas e grupos inspirados nos ideais deste regime governado por Adolf Hitler.

O nazismo é uma ideologia política racista que emergiu nos anos 20, cujo mentor foi Adolf Hitler, o processo de formação do Partido Nacional Socialista, a idéia de superioridade dos alemães, a crítica ao comunismo, a importância de Hitler e a perseguição aos judeus.

Já o neonazismo é o resgate do nazismo para a atualidade. De acordo com seus integrantes, existe apenas uma raça soberana: a “raça pura ariana”. A partir desse pressuposto, eles são extremamente racistas. De maneira específica, os principais alvos de discriminação são: comunistas, judeus, índios, negros e homossexuais.

Os neonazistas não se intitulam racistas, mesmo tendo práticas correspondentes à ideologia do racismo. Esse movimento realiza debates e reuniões para expor o ideal nazista, e, principalmente, recrutar novos jovens para compor o grupo, têm seu foco no preconceito racial camuflado nas entrelinhas da exaltação dos arianos.

Alguns grupos chegam a defender o uso da força para tomar o controle do Estado ou segregar regiões através de movimentos separatistas, como o Neuland.

O movimento neonazista tem se dispersado pelo mundo, especialmente nos Estados Unidos, onde minorias culturais como latinos-não-brancos e afro-americanos, são julgados como os causadores de problemas sociais (criminalidade, aumento do desemprego, entre outros).
Então, muitos jovens brancos norte-americanos são vulneráveis e fáceis de serem manipulados.

Existem diversos grupos de ideais racistas, alguns ligados ao neonazismo, outros não.

Por exemplo: o White Power é um movimento composto por jovens que tem como causa a defesa do orgulho branco.

O Ku Klux Klan é um grupo racista formado por protestantes.

O Skinhead nazista corresponde a um grupo que integra o movimento Skinhead, como uma espécie de ramificação, presentes em muitos países, principalmente, não por acaso, na Alemanha, movimento mundial..

E por fim, o Stormfront, grupo constituído por ativistas prós-brancos que possuem aversão a outras raças.

Apesar de receber o nome de neonazistas (neo: novo, nazista novo), esse movimento não tem nada de novo, uma vez que após a Segunda Guerra Mundial, o grupo continuou atuando de maneira clandestina na Alemanha.

Alguns neonazistas começaram a integrar torcidas organizadas de futebol, principalmente entre os Hooligans, com o objetivo de propagar o ódio racial, passando a praticar atos preconceituosos, como ofensas e agressões a jogadores e torcedores negros.

A camada social que levantou o movimento neonazista é constituída, muitas vezes, por jovens que se encontram sem perspectivas, como os desempregados. Então, é disseminada a idéia de que essas circunstâncias são decorrentes dos imigrantes (negros, latinos, turcos, poloneses etc.). Tal fato não condiz com a realidade, pois os imigrantes realizam trabalhos excluídos pelos nativos, como limpar vidros, lavar carros, construção civil, lavar pratos, entre outras atividades que rendem baixos salários.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009


Bento XVI propõe nova ordem mundial


Na encíclica "Caritas in veritate" (A caridade na verdade), Bento XVI defende uma nova ordem política e financeira a nível mundial. Mas a carta destina-se a "promover o desenvolvimento humano integral" e não apenas responder à crise.

Face à crise internacional o Papa reclama a instauração de uma "autoridade" para a globalização que poderia ser confiada à Organização das Nações Unidas - que para isso teria de ser "reformada", defende Bento XVI.
Publicada na véspera da reunião em Áquila, Itália, do G-8 (Grupo dos oito países mais industrializados), a encíclica "A Caridade na Verdade", a terceira do pontificado de Bento XVI, considerou a actual crise económica e financeira como uma "ocasião de discernimento e elaboração de nova planificação", defendendo a reavaliação do papel e poder do Estado na economia e apelando a uma "ética amiga da pessoa".

Denunciando o lucro a todo o custo, mas sublinhando que em si o lucro "é útil, se for um meio para atingir um fim", Bento XVI sublinhou que "não é suficiente progredir do ponto de vista económico e tecnológico", pois é necessário que o desenvolvimento seja "verdadeiro e integral", assinalando que em termos absolutos a riqueza mundial cresceu, "mas aumentam as desigualdades".

Por isso, o Papa Bento XVI defendeu para a economia uma ética "amiga da pessoa", que não esqueça a "dignidade inviolável da pessoa humana e também o valor transcendente das normas morais naturais".
"Uma ética económica que prescinda destes dois pilares arrisca-se inevitavelmente a perder o seu cunho específico e a prestar-se a instrumentalizações; mais concretamente, arrisca-se a aparecer em função dos sistemas económico-financeiros existentes, em vez de servir de correcção às disfunções dos mesmos", alertou.

Bento XVI rejeitou a ideia de que a globalização seja má, mas acentuou que "é preciso corrigir as suas disfunções, tantas vezes graves, que introduzem novas divisões entre os povos e no interior dos mesmos".
Num balanço da actividade económica e social global, defendeu que a ajuda mundial seja canalizada para auxiliar os países pobres a eliminar a fome, advogou a redução do consumo de energia nos países mais industrializados e uma utilização mais racional e eficaz dos recursos naturais.
Na sua primeira encíclica social, o Papa retoma a doutrina social da Igreja que teve o seu documento fundamental na "Populorum Progressio" de Paulo VI (1967), sublinhando que a caridade deve ser orientada pelos critérios da justiça e do bem. "Querer o bem comum e trabalhar por ele é exigência de justiça e caridade".

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Benedictus PP. XVI
Joseph Alois Ratzinger, eleito para suceder ao Papa João Paulo II no conclave de 2005 que terminou no dia 19 de Abril, em latim Benedictus PP. XVI, em italiano Benedetto XVI.
Pertenceu à Juventude Hitlerista durante a Segunda Guerra Mundial,foi uma organização paramilitar do partido nazista. Ela foi proscrita em 1923, mas recriada em 1926, um ano depois do reconhecimento do Partido Nacional-Socialista. Membros da Juventude Hitlerista usavam uniformes semelhantes aos do partido nazista.
"Em 1943, ainda no seminário, ele foi alistado aos 16 anos no corpo antiaéreo alemão", "em 1943, ele foi conscrito em uma unidade antiaérea que protegia a fábrica da BMW nos arredores de Munique", afirmou o biógrafo. Em seguida, ainda segundo o especialista, ele teria sido enviado para a fronteira da Áustria com a Hungria para construir armadilhas contra tanques. Com a aproximação das forças aliadas, Ratzinger desertou do Exército e se dirigiu para sua casa foi identificado como um soldado alemão e preso num campo para prisioneiros de guerra.
Ratzinger inicialmente chamou a atenção como um teólogo liberal, mas o marxismo e o ateísmo dos protestos estudantis de 1968 na Europa o levaram a adotar posturas mais conservadoras para defender a fé contra um crescente secularismo.

Após períodos como professor de teologia e depois como arcebispo de Munique, Ratzinger foi nomeado para chefiar a Congregação para a Doutrina da Fé (onde exerceu o cargo durante 23 anos, até a morte de João Paulo II), que tomou o lugar do Tribunal da Santa Inquisição, em 1981, que foi renomeado em 1908 pelo papa Pio X.

Ele também presidiu as comissões bíblica e pontifícia internacional teológica.

Ele e o papa João Paulo II concordavam que, após um período de experimentações, era importante resgatar a doutrina e a teologia tradicionais.

Como chefe da Congregação, Ratzinger começou voltando suas baterias contra a Teologia da Libertação, muito popular na América Latina. Foi especialmente criticado em 1985 por condenar seu ex-aluno brasileiro Leonardo Boff a um ano de silêncio, devido a escritos tidos como marxistas.
Suas opiniões tradicionalistas encantam outros conservadores, mas horrorizam alguns católicos liberais e membros de outras religiões.
Seu lado combativo ficou claro em 2000, numa polêmica em torno de um documento da Congregação da Doutrina da Fé intitulado Dominus Iesus, que acusava outras religiões cristãs de serem deficientes ou de simplesmente não serem igrejas de verdade..
Líderes anglicanos, luteranos e de outras denominações protestantes, que durante anos mantiveram um diálogo ecumênico com o Vaticano, ficaram chocados.

Sua irritação aumentou ainda mais quando Ratzinger qualificou de "absurdos" os protestos dos luteranos.

Ratzinger, tido por seus auxiliares como alguém supremamente autoconfiante, emitiu uma dura crítica do Vaticano à homossexualidade e ao casamento gay em 1986.

Na década de 1990, ele exerceu pressão sobre teólogos, especialmente asiáticos, que viam as religiões não-cristãs como parte dos planos de Deus para a humanidade.

Em um documento de 2004, atacou rispidamente o "feminismo radical", por ser uma ideologia que, segundo ele, prejudica a família e ignora as diferenças naturais entre homens e mulheres.Por isso críticos do ex-cardeal o acusam de ter impedido discussões internas em questões como celibato clerical, controle da natalidade, sexualidade e papel das mulheres na Igreja.

A escolha do nome não foi por acaso, após as invasões bárbaras, os mosteiros de São Bento foram responsáveis pela manutenção da cultura latina e grega e pela evangelização da Europa. A escolha do nome deste Santo representaria, portanto, que uma das prioridades do papado de Bento XVI será a "recristianização da Europa".

Teólogos do mundo inteiro expressaram sua decepção, pois esperavam um papa mais liberal e flexível nas questões dogmáticas e de moral e costumes. "Em parte estou decepcionado, deveria ter sido de um país católico da América Latina, eu pensava que do México ou da Argentina", disse Juan Méndez.

"Eu preferia um papa latino, porque na Alemanha há muito racismo", disse Filomena Gonzalez, Na Argentina, Ruben Dri, filósofo, teólogo e professor da Universidade de Buenos Aires, considerou que a eleição de Ratzinger vai provocar uma crise na América Latina."Amplos setores da Igreja, em nível dos sacerdotes, estavam esperando outra coisa, pelo menos um determinado espaço de abertura", disse ele à Reuters.
Dri acrescentou que os fiéis continuarão abandonando a Igreja Católica na América Latina por sua falta de abertura, como ocorreu nas últimas décadas com o crescimento das igrejas evangélicas e suas seitas.
"É evidente que (a eleição) é o trunfo de uma direita completamente dogmática, capitalista".

Ratzinger expressa diretamente a inquisição, a censura."Aqui no Brasil recebeu críticas do frei Leonardo Boff e até do carismático "Padre Zezinho" por algumas declarações feitas sobre a música Rock, "Nas mais diversas igrejas onde é permitido, tem aparecido artistas jovens dizendo de maneira jovem, para jovens que gostam dessa cultura, coisas muito profundas. Merecem nosso respeito. Se você não ouviu, não julge.", alfinetou Zezinho.
As aparições públicas do papa Joseph Ratzinger vêm se destacando pela luta sistemática pela intervenção da religião católica em todos os aspectos da vida social, em particular na busca para aumentar o poder da instituição no Estado.
Após sua visita aos EUA que, entre outras coisas, serviu como uma tentativa de fortalecer a Sé local diante das inúmeras denúncias de abuso sexual de crianças por padres, Praticamente nenhum dos sacerdotes acusados foi afastado, apenas transferidos para outras paróquias. Enquanto isso ocorria, o próprio Ratzinger punia e expulsava os sacerdotes que advogassem políticas de esquerda, mesmo moderadas. Ou seja, para o humanitário padre, punir os que abusam de crianças, não, esquerdistas sim.
O crime é pensar diferente do ex-chefe da Santa Inquisição. A operação para “reconquistar” fiéis é a primeira parte da operação montada para a ofensiva direitista da Igreja contra o aborto, o uso de contraceptivos, as pesquisas com células-tronco e a união civil entre homossexuais.
No entanto, este homem, que foi incapaz de perceber que o nazismo era uma monstruosidade, mesmo vivendo na Alemanha, quer agora dizer a toda a humanidade como viver as suas vidas e quer que as suas opiniões dogmáticas sirvam de base para o Estado. Na realidade, o mea culpa do Santo Padre é falso até a medula dos ossos. O que está em pauta na política da Igreja é a política monstruosa dos fascistas.
Os apelos dirigidos a voltar os católicos contra o laicismo, isto é, a independência do Estado da religião, o estabelecimento de regras e leis baseadas em uma norma jurídica e nas necessidades sociais reais e não em princípios morais dogmáticos são feitos escancaradamente e conseguem avançar justamente devido à infiltração da Igreja Católica na política e nas escolas, apoiadora do regime nazista alemão e fascista italiano e criadora de seu próprio regime de terror contra dissidências religiosas com a Inquisição.
Por decreto de 21 de janeiro de 2009 removeu a censura de excomunhão latae sententiae, contra quatro bispos ordenados em 1988 pelo falecido e tradicionalista arcebispo Marcel Lefebvre, com o rito da “bula de Pio X”, em desacordo com as regras estabelecidas pelo Concílio Vaticano II, ordenação considerada ilegítima pela Igreja Católica Dentre os quatro reintegrados com o levantamento da excomunhão está o bispo Richard Williamson, religioso inglês, que dirige um seminário lefebvriano na Argentina e nega o Holocausto. O Vaticano tornou público que o bispo Williamson, para ser admitido nas funções espiscopais na Igreja, terá de retratar-se de modo absoluto, inequívoco e público de sua postura sobre a Shoah, desconhecidas pelo Santo Padre no momento da remissão da excomunhão.

Bento XVI desvalorizou o papel de Maomé, dizendo que "Maomé não tinha trazido nada inovador excepto a ordem de espalhar a fé mediante a espada", o que revoltou os muçulmanos. Opções do Papa, como a de adoptar a missa tridentina de Pio V (em que os padres ficam virados para o altar e de costas para os fiéis) ou a de ressuscitar o latim como língua sagrada do catolicismo, são tidas pelo perito como "um pouco constrangedoras". A conhecida opinião do Papa na questão do celibato para os padres, a defesa da família tradicional e o facto de ter considerado o segundo casamento uma "praga", além das posições inflexíveis perante a eutanásia, aborto, utilização do preservativo e casamento entre homossexuais "Bento XVI estava a apagar meio século de história".
Em agosto-setembro de 2007, em documento da Congregação para a Doutrina da Fé, reafirmou que a Igreja Católica é a "única verdadeira" e a "única que salva", o que provocou muitas críticas de igrejas protestantes.

Escritor católico Vittorio Mesori, em entrevista sobre a contradição do Catolicismo, ao referir que os católicos não obedecem às normas morais da igreja em privado.
"Até vão à missa, mas não seguem os princípios de ética sexual"

Recentemente, ele irritou líderes judaicos ao revogar a excomunhão de um bispo de nega o Holocausto. acusaram Bento XVI de "acobertar" o genocídio nazista. Jornais reprovaram o papa por ele não ter se desculpado pelo o que muitos em Israel veem como a indiferença católica durante a Segunda Guerra Mundial. críticos israelenses que acusaram o pontífice alemão de não expressar remorso suficiente pelo Holocausto, criticaram o pontífice por não ter usado as palavras "nazistas" e "assassinato" em seu discurso. Jornais israelenses fizeram muitas críticas hoje. "Qualquer um teria esperado que os cardeais do Vaticano preparassem um texto mais inteligente para seu chefe", afirmou o colunista Tom Segev.

O papa do período da guerra, Pio XII, é criticado por judeus por ter feito pouco para evitar as mortes, uma acusação negada pela igreja. A história de vida de Bento XVI durante a guerra também causa desconforto em Israel, mesmo ele tendo afirmado que foi forçado a se juntar à Juventude Hitlerista e de ter desertado do Exército.

Bento XVI admira a acção de Pio XII, italiano, nascido Giovanni Pacelli, que chefiou o Vaticano entre 1939 e 1958. O processo de beatificação está praticamente parado há anos, sobretudo devido à controvérsia sobre as relações com a Alemanha nazi. Os responsáveis religiosos judaicos disseram “claramente” a Bento XVI que se este fizesse algo a favor da beatificação
“as relações entre a Igreja Católica e os judeus seriam comprometidas de forma permanente”.

Os judeus foram perseguidos pela igreja católica durante séculos. A igreja tradicionalmente os culpava por rejeitar e matar Jesus Cristo, opinião que foi revista nos anos 1960, quando houve rejeição ao antissemitismo e o início de diálogos com outras religiões.

Não se deve esquecer que, enquanto Ratzinger era “manipulado” pelos seguidores de Hitler, o então Papa Pio XII apoiava tanto Mussolini, como Franco, como Salazar e Hitler de maneira exaltada. Segundo o Pontífice, parece ter sido obra da Divina Providência o fato de um papa polonês (João Paulo II) ser substituído por um cidadão da Alemanha (ele próprio), onde o regime nazista "se manteve com grande virulência e atacou depois as nações vizinhas, entre elas a Polônia". Bento XVI defendeu que a condenação do comunismo ateu sirva para que todos os homens prometam basear-se no perdão, na reconciliação e na paz. Cada vez que uma ideologia totalitária massacra o homem, toda a humanidade está seriamente ameaçada", afirmou o Bispo de Roma.

Bento XVI rejeita a política marxista da Teologia da Libertação no terceiro mundo, quanto ao futuro pouca abertura nas relações com a Igreja Ortodoxa, mundo islâmico e China, apesar dos sinais de boa vontade.

Em encontro com bispos do Cáucaso (Armênia, Azerbaijão e Geórgia), o papa Bento XVI exortou-os a defender a família e a vida humana contra a "mentalidade inculcada" em sua sociedade no período comunista. "As famílias hoje, por causa da mentalidade inculcada no período comunista, encontram não poucas dificuldades e são marcadas por aquelas feridas e atentados contra a vida humana, que infelizmente se registram em tantas outras partes do mundo", disse o Papa.
"Seja sua tarefa, como primeiros responsáveis da pastoral familiar, ensinar os cônjuges cristãos a testemunhar o inestimável valor da indissolubilidade e da fidelidade matrimonial, que é um dos deveres mais preciosos e mais urgentes dos casais cristãos de nosso tempo", continuou.
Após o fim da União Soviética, "suas populações conheceram significativas mudanças sociais na estrada do progresso, mas ainda permanecem situações difíceis: muitos são os pobres, os desocupados e os refugiados, que as guerras afastaram de suas casas, deixando-os à beira da precariedade", declarou o Papa. O catolicismo (inteiramente católica e nada comunista) manteve sua presença no Cáucaso, mas "é preciso impedir que, onde o comunismo não conseguiu destruir a identidade católica, formas insidiosas de pressão possam fragilizar o senso de pertencimento eclesiástico", advertiu Bento XVI.

Na encíclica "Caritas in veritate" (A caridade na verdade), Bento XVI , divulgada em 07/07/09, o papa defende uma nova ordem política e financeira a nível mundial, através da reforma das Nações Unidas e da "arquitectura económica e financeira internacional". A nova instância mundial, com supervisão na globalização, teria como objectivos prioritários o governo da economia mundial, o desarmamento, a segurança alimentar, a protecção do ambiente e a regulação dos fluxos migratórios.

Sem dúvida Ratzinger deve sua eleição à João Paulo II, que mudou as diretrizes para a eleição de seu sucessor, alterando a Constituição Apostólica idealizando facilitar o processo do novo legatário, favorecendo a um Papa conservador. Entre essas mudanças, a mais significativa diz respeito à participação do Papa na escolha de seu sucessor. a eleição de Bento XVI não passou de um jogo de cartas marcadas!

A Cúria de Bento XVI demonstra a visão do Papa para a Igreja: unidade!E “unidade” é uma palavra herética para os progressistas. Eles vêem na unidade a sombra da “censura” porque não compreendem realmente o que ela significa e quão vital é para a Igreja.

terça-feira, 11 de agosto de 2009


“A cruzada sanguinária” de Bush

Na verdade, toda esta encenação religiosa serve aos propósitos dos republicanos ultraconservadores. De há muito que o Partido Republicano sofre enorme influência da direita religiosa dos EUA, dos chamados theocons. Nela militam não apenas reverendos fascistas, como Pat Robertson e Jerry Falwell, mas vários advogados com notável dedicação às campanhas moralistas.

O grupo teve muito poder nos dois mandatos de Ronald Reagan, sendo baluarte da luta contra o comunismo, e também no governo de Bush-pai. Mas depois caiu no descrédito, sendo responsabilizado pelas duas derrotas consecutivas dos republicanos.

Na gestão de Bill Clinton, os theocons lideraram a campanha moralista pelo impeachment do presidente.

O atual presidente usou, de forma oportunista, de toda a carga religiosa e das contribuições dos theocons para decretar sua “guerra santa ao terrorismo” e para proclamar o “choque de civilizações” como forma de justificar as criminosas ocupações do Afeganistão e, depois, do Iraque.Ele se postou como “mensageiro de Deus” nesta “cruzada” sanguinária. A direita religiosa também conseguiu emplacar a sua política contra as liberdades civis, o direito ao aborto e o homossexualismo nos EUA.

Após a “reconversão”, ele se tornou governador do Texas, em 1993 (reeleito em 1977), e presidente dos EUA, em 2000.
Daí ele afirmar, com uma convicção hipócrita e oportunista, que é um predestinado, um
“enviado de Deus na terra”.

George W. Bush é um ativo partidário da intolerância e do fanatismo religioso. Ele jura que é um
“enviado de Deus na terra”

Na sessão conjunta do Congresso de setembro de 2001, quando decretou sua “guerra infinita”, o atual presidente dos EUA esbravejou:
“Ou você está conosco, ou está com os terroristas. De hoje em diante, qualquer nação que continuar a acolher ou apoiar o terrorismo será encarada pelos EUA como regime hostil”. Foi nesta ocasião que Bush pregou a “cruzada contra o terrorismo”, numa versão cristã da Jihad, a guerra santa dos mulçumanos.

Poucos dias depois, o pastor Jerry Falwell, um de seus “conselheiros espirituais”, aproveitou o clima de histeria decorrente dos atentados de 11 de setembro para afirmar que “Maomé é terrorista”.

Já o reverendo Pat Robertson disse que aquele ataque fora “um castigo de Deus por causa da legalização aborto e da ação das feministas e gays”.

E a jornalista Ann Coulter, entusiasta da “guerra santa”, escreveu: “Devíamos invadir o país deles, matar os líderes deles e convertê-los ao cristianismo”.

Diante deste cenário apocalíptico, Huntington sugere que o “mundo ocidental” deve usar meios militares para desestabilizar as “civilizações hostis” e preservar a sua hegemonia.

“Um mundo sem o primado americano terá mais violência e desordem, menos democracia e crescimento, do que um mundo no qual os EUA continuem a ter mais influência do que qualquer outro país na formação dos negócios globais”. Os atentados de 11 de setembro seriam a prova cabal do acerto desta “teoria”.

É nela que o fundamentalista George W. Bush se baseia para justificar as suas agressões terroristas no planeta.

Na eleição de 2000, George Bush teve apoio ativo dos pastores ultraconservadores, como Pat Robertson, Jerry Falwell e do midiático Billy Grahan. Os seus cabos eleitorais foram os fanáticos das organizações religiosas de extrema direita dos EUA, como a Maioria Moral e a Coalizão Cristã, secretariada por Ralph Reed.

Este só não pode participar mais ativamente da campanha eleitoral porque foi revelada sua atuação ilegal e criminosa de lobista da Microsoft e da corrupta Enron.

Para colegas evangélicos, o “pastor” Reed jurava que “Deus escolheu Bush porque sabia de suas qualidades de líder vigoroso e resoluto”.

A agressividade dos tele-evangelistas contra as “civilizações hostis”, as liberdades democráticas, o aborto e o homossexualismo acabou rendendo votos entre o eleitorado mais conservador e chauvinista dos EUA. Além disso, ela foi apimentada pelo falso moralismo destas seitas.

Já Pat Robertson, criador da Coalizão Cristã, detém postos de comando no Partido Republicano e possui milionários negócios, como a exploração de minas de ouro na Libéria e uma influente rede de televisão – Cristian Broadcasting Network (CBN). Seu programa diário na TV é famoso pelas agressivas campanhas contra o aborto e o casamento gay, pela obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas e pela defesa dos “valores da família”. No ano passado, causou celeuma no país ao pregar o assassinato do presidente Fidel Castro. A Coalizão diz possuir um milhão de adeptos e se vangloria de ter já elegido vários deputados, senadores e governadores. Ela tem um luxuosa sede em Washington que serve para sua lobista.


Mistura de Deus e guerra no discurso de Bush irrita europeus

O tom religioso dos discursos do presidente norte-americano George W. Bush vem se tornando cada vez mais irritante para muitos ouvidos na Europa, onde líderes que invocam Deus em tempo de guerra em geral são suspeitos de abusar da fé para fins políticos.

Ninguém menos que o presidente da Alemanha, o primeiro-ministro francês e o ministro do Exterior da Bélgica se juntaram a líderes religiosos na expressão de sua preocupação quanto às crenças de Bush e ao papel da religião na política dos Estados Unidos.

Os comentaristas da mídia, especialmente em países do norte da Europa, de tradição protestante, classificam as visões evangélicas de Bush como fundamentalismo cristão, e há até quem as compare ao fundamentalismo islâmico de Osama bin Laden.

A discussão reflete tanto a muito difundida oposição à guerra na Europa quanto uma cisão mais profunda entre um continente onde a fé religiosa está em baixa e os Estados Unidos, país no qual os valores religiosos têm hoje, provavelmente, um papel político mais importante que nunca.

O presidente alemão Johannes Rau, filho de um pastor protestante e ele mesmo num homem declaradamente religioso, reagiu com aspereza esta semana, em entrevista na TV, a informações na imprensa de que Bush acreditava que derrotar o presidente iraquiano Saddam Hussein era parte de um plano divino.
"A mensagem de George Bush é completamente unilateral. Não creio que as pessoas recebam um sinal de Deus para que libertem outras pessoas", disse. "Em ponto nenhum da Bíblia há um apelo por cruzadas".


O ministro do Exterior belga Louis Michel, crítico declarado da guerra, disse antes do começo das hostilidades, no mês passado, que via um avanço do fundamentalismo cristão em Washington, acrescentando que "isso evidentemente é um ponto de partida perigoso."

O primeiro-ministro francês Jean-Pierre Raffarin, perguntado sobre a matéria de capa de uma revista semanal norte-americana, cujo tema era Bush e Deus, respondeu à revista Le Point que "de maneira alguma se pode pedir a Deus um voto de confiança."

"Creio que as crenças religiosas de George Bush sejam genuínas", disse o cardeal Karl Lehman, que preside a Conferência dos Bispos Alemães, a uma publicação católica. "Mas a maneira descuidada com que ele usa linguagem religiosa não é mais aceitável no mundo moderno".

Na sua “guerra infinita” contra o “eixo do mal”, o presidente George W. Bush tenta estigmatizar todas as demais culturas e religiões do mundo. Apresenta-as como se fossem coisas “demoníacas” de “fanáticos”.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009




Uma teoria da conspiração é uma teoria de que um grupo de pessoas ou organizações tenha manipulado um evento ou uma série de eventos para obter um determinado resultado. As teorias de conspiração também chamadas de ‘encobrimento’, são secretas e escondidas do domínio público.
"Em política, nada ocorre por acaso. Cada vez que um acontecimento surge, pode-se estar seguro que foi previsto para levar-se a cabo dessa maneira."
Franklin D . Roosevelt - Presidente dos Estados Unidos (1933 a1945)

A Nova Ordem Mundial

De acordo com teóricos de conspiração, a Nova Ordem Mundial, ou Illuminati, é um grupo que vem manipulando eventos mundiais há centenas de anos.

O Illuminati Bavário foi fundado por Adam Weisshaupt em 1776, com o objetivo de dominar o mundo. Hoje teóricos afirmam que a Nova Ordem Mundial é composta de líderes mundiais, figuras religiosas, magos dos negócios, financistas e celebridades de todo o globo.

Adam Weishaupt ( 1748-1830) era um maçom de ascendência judia .Fundou em Maio de 1776, na Alemanha, a ordem dos Iluminati, sociedade que representaria os ideais compartilhados por maçons e rosacruzes.
Aparentemente os objetivos da Nova Ordem incluem a união do mundo sob um governo, reduzindo a população em dois terços e diminuindo a escala da tecnologia industrial para reduzir a poluição.
Cépticos duvidam, entretanto, que a Nova Ordem Mundial seja possível porque todo governo tem seus próprios interesses, além de ser muito egoísta para organizar um grupo único para controlar todas as nações.

O fato chocante da história é que a sociedade secreta Mestres dos Illuminati criou o comunismo para ser a exata Antítese para o capitalismo Ocidental. Após Karl Marx e Friedrich Engels terem publicado o Manifesto Comunista em 1848, o cenário político foi teoricamente configurado para iniciar a batalha planejada entre Tese e Antítese. Além disso, os capitalistas ocidentais estavam satisfeitos com esse novo sistema, e estavam prontos para apoiá-lo com o dinheiro que fosse necessário para criar sua cobiçada Síntese, a Nova Ordem Mundial. O autor Antony Sutton em seu livro Wall Street and the Bolshevik Revolution reimprime o desenho feito pelo cartunista Robert Minor, e que foi publicado no jornal St. Louis Dispatche, em 1911. Observe que em 1911 o comunismo ainda era uma teoria; o czar ainda governava a Rússia.

Os capitalistas ocidentais apoiaram as teorias de Karl Marx sobre o comunismo. Por que? Porque agora tinham criado a Antítese perfeita para a Tese Ocidental, e assim poderiam começar a criar seu sistema híbrido, a Síntese, melhor conhecido como Nova Ordem Mundial, está planejada para ser um sistema econômico fascista, em que os meios de produção e a distribuição dos produtos serão controlados pela iniciativa privada. O governo controlará quantas empresas poderão fabricar o mesmo tipo de produto e quanto de cada produto será produzido. Claramente, para que esse sistema funcione para o benefício da iniciativa privada, o ditador do governo sempre precisava ser um homem de negócios, que tomaria todas suas decisões em favor dos negócios. Esse novo sistema negócios-governo criará enormes lucros.

Agora, de volta à parte inicial do século XX. O requisito número um para esse conceito funcionar era que o governo de uma grande nação fosse derrubado e substituído por um governo que seguisse a Antítese, o comunismo. Como os EUA eram os líderes inquestionáveis do sistema da Tese (capitalismo), foi absolutamente necessário que a nova Antítese (o comunismo) fosse liderada por uma nação que fosse similarmente dotada de território amplo, uma população grande e rica em recursos naturais.
Os Planejadores da Nova Ordem Mundial decidiram, no início de 1900, que essa nação seria a Rússia. Assim, dinheiro ocidental fluiu continuamente para Lenin para ajudá-lo a derrubar os czares da Rússia. Novamente, Nesta Webster capta esse fato histórico em seu "Diagrama da Revolução Mundial". Webster mostra os Illuminati trabalhando por meio de generais alemães para suportar Lenin em sua revolução. Uma vez que o comunismo chegou ao poder, dinheiro ocidental, crédito e suporte político evitou que ele entrasse em colapso logo no início, devido às suas ineficiências e imperfeições.Uma vez que a Rússia tornou-se comunista, a próxima fase do plano foi introduzida.

Essa fase requer a ameaça de conflito entre os EUA e a Rússia, sem que nenhum lado derrote militarmente o outro. Assim, após a Segunda Guerra Mundial, a Rússia emergiu como uma superpotência por causa da ajuda recebida após a Segunda Guerra, e os povos do mundo ficaram expostos a uma crise após a outra entre os EUA e a Rússia. Como resultado de mais de 40 anos de conflito planejado entre Tese (EUA) e Antítese (Rússia), o tempo chegou para a fusão planejada na nova Síntese, a Nova Ordem Mundial. Durante o tempo todo, os líderes do comunismo foram participantes no Plano para criar a Nova Ordem Mundial. Eles foram soldados leais à causa, juntamente com os capitalistas ocidentais e os líderes políticos do Ocidente. A declaração de Gorbatchev revela claramente a verdade desse cenário. Os Mestres dos Illuminati, trabalhando com os capitalistas ocidentais, criaram o comunismo, e acham que ainda o controlam.

Encontro histórico em Yalta, em 1944,
"Ali, três homens, constituindo um triângulo básico, reuniram-se com boa vontade e se esforçaram para preparar o terreno para os futuros acontecimentos mundiais"

- O presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt
- O primeiro-ministro britânico Winston Churchil
- O ditador comunista Josef Stalin

Esses três homens eram líderes iguais na condução para o objetivo da Nova Ordem Mundial! Como mencionei anteriormente, os Mestres dos Illuminati e outras sociedades secretas, apoiados monetariamente pelos líderes mais poderosos do mundo, criaram o comunismo como a Antítese perfeita ao capitalismo (Tese) para que a luta prolongada produzisse um sistema novo e diferente, a Síntese, a fascista Nova Ordem Mundial.

1776 -- A sociedade Mestres dos Illuminati é criada com o objetivo de estabelecer a Nova Ordem Mundial.
1823 -- Apresentação da Teoria de Hegel (Tese x Antítese = Síntese)1848 -- Karl Marx cria o comunismo, a Antítese perfeita para o sistema de tese do capitalismo.
1875 -- O movimento de Nova Era é estabelecido como a sociedade secreta.

1917 -- O comunismo torna-se o sistema de governo da Rússia, criando na realidade a Antítese à Tese do Mundo Ocidental, liderado pelos EUA.
1917-1945 -- As potências ocidentais concedem crédito abundante à Rússia, fazendo-a atingir o status de superpotência.
1945-1989 -- A URSS ameaça conflito potencial com os EUA, especialmente com o cenário aterrorizador de guerra nuclear. O conflito real é evitado.1975 -- Os espíritos-guia dizem aos líderes da Sociedade Teosófica que chegou a hora de tornar-se pública, mudando o nome para Movimento de Nova Era.
1990 -- O presidente norte-americano George Bush anuncia a Nova Ordem Mundial em agosto, após a invasão do Kuwait pelo Iraque.

1990 -- O comunismo muda de roupagem para tornar-se Nova Era e iniciar sua planejada dissolução.

BREVE -- Fusão entre o Ocidente e o Oriente, isto é, EUA/Rússia em um Governo Mundial por meio das Nações Unidas.

Declaração reveladora de Gorbatchev,
"uma alternativa entre capitalismo e comunismo será oferecida em um futuro próximo...".

O Governo Global produzirá a paz que é tão necessária para os negócios progredirem. Logicamente, essa paz será obtida à custa das nossas liberdades individuais, mas nenhum líder da Nova Ordem Mundial está interessado em liberdades individuais. A paz global produzirá bons lucros.
Isso significa que a ruptura da URSS não foi um acidente da história, nem foi o resultado das políticas do presidente Reagan; ao contrário, é simplesmente parte do plano. Como o mundo está prestes a ser unificado na Nova Ordem Mundial, um dos combatentes precisa desaparecer, encerrar a encenação de luta, e entrar no sistema da Síntese.

"A Terceira Guerra Mundial vai acontecer, gostemos ou não... 11 de setembro foi apenas o começo..."
(Declaração do Assessor do primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, em 27/4/2002)

Igualmente neste período deverá acontecer os desastres combinados:

1) Ataques Terroristas Maciços Contra as Cidades do Mundo.
2) Colapso Econômico Mundial (bancos e bolsa de valores)
3) Aumento de doenças contagiosas. (que surgem misteriosamente)

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

W T C

Os eventos de 11 de Setembro de 2001 estão cravados no inconsciente colectivo. Imagens emotivas do colapso das torres do World Trade Center, das colisões dos aviões, de pessoas a caírem para a morte, receberam tanto destaque dos média internacionais, definindo o tom da década - uma década que se lançou numa guerra permanente e nebulosa, com encarceramentos indefinidos e justificação de torturas ilegais.

Mas a linha oficial seguida pelos meios de comunicação globais não passou sem ser questionada por um público cada vez mais descrente e com cada vez mais recursos.

Os edifícios do World Trade Center foram preparados para cair por ordem, com as melhores ferramentas e uma aproximação típica duma demolição perfeita e controlada.

Em termos simples, então, a Teoria da Demolição Controlada é fundada no princípio de que a forma das Torres do World Trade Center caírem, e a natureza das explosões que tiveram lugar dentro delas, apenas eram possíveis através da utilização de demolição controlada planeada cuidadosamente e executada inteligentemente.

A CRIAÇÃO DE UM INIMIGO QUE AMEASSE A SEGURANÇA NACIONAL É UM ARTIFÍCIO PARA OS CHEFES DE ESTADO ACUMULAREM PODER

No ano 2001 assume o poder nos Estados Unidos o presidente George Walker Bush, numa eleição fraudulenta decidida pela Justiça norte-americana. O novo presidente assume numa época de crise na economia, com algumas empresas gigantescas indo à falência.

George W. Bush, a serviço das indústrias de petróleo e de armas, precisava de uma saída para essa crise econômica e também garantir o controle absoluto do imperialismo norte-americano no mundo, e – tal como os nazi-fascistas – não admitindo nenhum pensamento contrário ao seu: a doutrina da globalização neoliberal sob sua capitania.

Com a popularidade em baixa e sem força para implantar seus planos, vem dos céus, como uma bênção, na manhã de 11 de setembro de 2001, quatro aviões que aterrorizam Nova York e Washington, acertando em cheio a aérea mais protegida militarmente no mundo.

Rapidamente a grande mídia mundial – que é uma espécie de apêndice da propaganda oficial do Estado Norte-Americano , trata de divulgar incessantemente as imagens das cenas da tragédia, carregadas de forte emoção, manipulação e engodo.

Pesquisas de opinião mostram a elevação da popularidade de Bush, depois de seus comentários cínicos nos meios de comunicação hollywoodianos. O FBI, a CIA e lógico, a mídia correm atrás dos culpados, que depois do fim da Guerra Fria têm sido os povos árabes e os muçulmanos.

Está instaurado assim o que Bush precisava: para dentro do país um regime mais policial ainda que vigia o povo e que não aceita oposição; para fora um regime mais militarista que antes e que segue o lema que “quem não está conosco está contra nós”.

Quem provoca a guerra sempre necessita de um pretexto para conseguir o consentimento da população e justificar as grandes operações militares perante o mundo. Para conseguir a aprovação dessas operações, freqüentemente insensatas, e sempre cruéis e custosas em suas conseqüências, é indispensável influenciar psicologicamente a opinião pública de modo sistemático e constante.

Quando o primeiro avião se arrebentou contra o arranha-céu direito do World Trade Center, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush encontrava-se na escola elementar Emma E. Booker, na Flórida , quando seu chanceler-chefe, Andrew Carl, lhe sussurrou ao ouvido a má notícia. "Ele já sabia!"

Os atentados de 11 de setembro e a chamada "guerra contra o terrorismo de alcance global" oferecem aos Soberanos Invisíveis a possibilidade de progredir na criação de uma Nova Ordem Mundial sob controle ditatorial:

Depois dos ataques de 11 de setembro de 2001, David Rockefeller disse: "Encontramo-nos perante uma iminente transformação mundial. Tudo o que necessitamos é precisamente uma crise que envolva tudo para que as nações venham a aderir à Nova Ordem Mundial" .

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

George Walker Bush
Bush tornou-se presidente dos Estados Unidos em 20 de janeiro de 2001, sendo vitorioso em uma das mais acirradas eleições gerais da história dos Estados Unidos, derrotando o Vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore, do partido Democrata, por apenas 5 votos do colégio eleitoral. Gore venceu no voto popular com uma vantagem de mais de 500 000 votos. O resultado foi definido por uma maioria de apenas centenas de votos populares na Flórida, estado governado na época por Jeb Bush, irmão de George W., e até a validade de votos foi centro de disputas judiciais.
A seguir aos atentados de 11 de Setembro de 2001, o Presidente Bush atingiu os mais altos índices de apoio da história, acima dos 90 por cento, de acordo com a maioria das sondagens. Altos índices de apoio são comuns para os Presidentes em tempo de guerra, mas Bush conseguiu mantê-los durante um ano após os atentados.
Em Novembro de 2002, Bush tinha índices de apoio mais altos do que qualquer outro Presidente durante eleições intercalares desde Dwight Eisenhower.
Nas eleições intercalares de 2002, o Partido Republicano retomou o controlo do Senado dos Estados Unidos e aumentou sua maioria na Câmara de Representantes, contrariando a tendência histórica. Historicamente, o partido na Casa Branca perde lugares nas eleições intercalares. Constituiu apenas a terceira vez desde a Guerra Civil Americana que um partido à frente da Casa Branca tenha ganho lugares em ambas as câmaras do Congresso em eleições intercalares (as outras vezes foram em 1902 e em 1934). Houve quem sugerisse que a vitória histórica fosse devida à popularidade de Bush e à sua vigorosa campanha a favor dos Republicanos em muitos círculos duvidosos.
Quando George W. Bush chegou ao poder no início de 2000, a sua intenção declarada era de conduzir os EUA a uma posição mais recuada no Médio Oriente. O 11 de Setembro alterou todos estes cálculos. A «guerra contra o terror», passou a ser a orientação central da política externa americana. A coberto deste slogan, de tom panfletário, a Administração, ao longo dos seus dois mandatos, desenvolveu uma política agressiva e determinada no Médio Oriente, cujos resultados foram, no mínimo, controversos.
A direita o elegeu. Um bom naco da direita, aqui nos EUA, é libertária ou liberal. Quer um Estado pequeno e respeito máximo aos direitos individuais. A estes seus eleitores, Bush virou as costas. Seu governo argumentou que não podia precisar de autorização judicial para investigar cidadãos, ouvir suas conversas, checar o que leem na biblioteca. Aumentou a autoridade do Poder Executivo. Aumentou o governo: pegou o dinheiro que pode e investiu em ongs religiosas. Quis que entidades religiosas assumissem funções governamentais. Quis, e muitas vezes conseguiu, impor valores religiosos nas decisões de governo.
Outra parte da direita nos EUA é a direita religiosa. A estes, Bush ofereceu o que quiseram.
Segundo várias pesquisas citadas pela imprensa, os fiéis evangélicos brancos votaram em massa nos republicanos, direita religiosa norte-americana, feudo tradicional do eleitorado de George W. Bush, um rancheiro conservador de meia-idade do Texas, apegado a armas, favorável à pena de morte e geralmente contra o casamento gay. Questões como a do aborto motivaram esses texanos a rumar para as urnas com a determinação com que caçam seus cerdos.
Bush acredita que um casamento só pode ser realizado entre um homem e uma mulher. E, de fato, os 11 estados americanos que votaram sobre a questão optaram pelo banimento do casamento gay.
Valores morais, foram a maior preocupação dos eleitores, em nível nacional. Em segundo lugar, economia e emprego. Em terceiro, o terrorismo. Em seguida, na ordem, Iraque, sistema de saúde, impostos e educação.
De onde vem essa direita, também conhecida como “direita moral”?

Com 200 canais de televisão e 1.500 estações de rádio cristãs, os Estados Unidos são um país essencialmente religioso. Metade da população reza antes das refeições. Muitos entre os donos do poder, inclusive Bush, acreditam que seu país tem uma missão divina. Nesse contexto, Bush estaria fazendo, da Casa Branca, o trabalho de Deus.
Essa religiosidade, que remonta à chegada dos puritanos ao Novo Mundo, associada ao senso de destino, individualismo e populismo exacerbados, é a raíz do chamado “excepcionalismo americano”, segundo John Micklethwait e Adrian Wooldridge, autores britânicos do excelente livro The Right Nation: Why America Is Different
O conservadorismo norte-americano remonta à primeira Constituição. Nela, os míticos Pais Fundadores reconheceram que os homens são diferentes uns dos outros e querem enriquecer. E para evitar que o poder caia nas mãos de uma elite, ele tem de ser diluído. Liberdade, não igualdade, eis a diferença entre a prioridade dos EUA (liberdade) e da Europa (igualdade), lemos em The Right Nation.
O problema é que a liberdade norte-americana gerou desigualdades sociais atrozes. Mais: o número de presos nos EUA é cinco vezes superior ao do Reino Unido, o país mais duro em termos de sentenças na Europa. A pena de morte não existe do outro lado do Atlântico. Porém, do lado de cá, até Clinton, um democrata, é a favor. E ao mesmo tempo os norte-americanos precisam de cruzadas: contra a bebida, os comunistas, os fundamentalistas islâmicos...
É a mentalidade simplista do mocinho, ou seja, os EUA, que salvam o mundo do bandido, Osama bin Laden, ou quem quer que seja. Como ser mocinho sem bandido?
Os republicanos, disseram que é pelo fato de Bin Laden estar vivo que os norte-americanos precisam de Bush, o único candidato que poderia lidar com ele.

A nova onda de conservadorismo começa com Ronald Reagan, pioneiro da tese “menos impostos, menos Estado”. Se firma com Bush pai e degringola com Bush filho, que quis o W. no seu nome para não ser chamado de júnior, talvez com alguma razão.
No início do primeiro mandato de W., havia quem sustentasse que ele seria, quem sabe, um centrista. Mas, após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, começou a guinada para a direita, apoiada por eminências pardas ultraconservadoras.
Surgiu, assim, o Patriot Act, que reduz liberdades públicas não somente em Guantánamo Bay. Aumentaram as privatizações progressivas dos sistemas de educação, saúde e pensões. A ala religiosa, comandada, entre outros, por Ralph Reed, ex-diretor da Christian Coalition e homem-chave nas campanhas de Bush, empolgou-se com os debates como aquele antiaborto.
Bush aproveitou, mesmo em tempo de despesas com a guerra, para fazer a maior redução de impostos da história dos EUA (cerca de US$ 2 trilhões). Resultado de sua política econômica: um aumento do déficit público e nas contas correntes. O próximo passo de Bush será a abolição do imposto progressivo, em troca de um imposto com taxa fixa. Ou seja: o fim da redistribuição, para o deleite dos mais endinheirados.
Bush está no topo do mundo.
Reina, dentro do país, a supremacia de uma ideologia evangélica e anglo-saxônica sobre todas as minorias. A partir de agora teremos a demonização do outro. Venceram os lobbies antiaborto, antigay, a favor da pena de morte. É a supremacia dos anglo-saxões , a força de Bush reside nas bases religiosas. Christine Sierra
A reeleição de Bush em 2004, ameaça aos povos do mundo, à soberania das nações, ao equilíbrio de forças no planeta. Em seu primeiro discurso,proclamou que “não há limite para a grandeza da América”, falou do Iraque e do Afeganistão, os dois primeiros alvos de sua estratégia de “guerras preventivas” e retomou o tema recorrente de sua gestão e da campanha eleitoral – a “guerra ao terror”. Disse que irá “democratizar” aqueles países e que os Estados Unidos “espalharão liberdade pela humanidade”. Na verdade, o imperialismo Americano espalha horror e devastação, um tempo de violências e insegurança.
Não se tratou de uma vitória abismal, a de Bush, mas foi decisiva. Não somente desta vez ele se elegeu sem recorrer à Suprema Corte ultraconservadora, mas o Partido Republicano também conta agora com maiorias ainda mais confortáveis em âmbas as câmaras do Congresso. George W. Bush tem credibilidade para seguir sua política messiânica em termos domésticos e globais.
E com o apoio maciço dos protestantes e dos católicos.
61% das pessoas que vão à missa semanalmente votaram em Bush,

“ocorreu a consolidação da ideologia de uma direita cristã evangélica. E eis a questão: você quer ou não aderir a essa tendência?’’

“Bush misturou política com religião, e o deus dele não é o meu’’. Aos domingos, Darienne é professora voluntária na igreja presbiteriana do bairro.

Bush – que usou como principal carta o argumento de ser o único a poder defender os americanos contra o terrorismo
A retomada do bordão da “guerra ao terror” no primeiro pronunciamento após a reeleição é a reafirmação de um propósito, assumido reiteradamente nos últimos tempos e já oficializado na plataforma do Partido Republicano e em documentos de governo: “Os terroristas declararam guerra à América, agora a América declara guerra aos terroristas. Defendemos a paz perseguindo e combatendo o inimigo fora de nossas fronteiras para não termos de combatê-lo em casa”.
Estrategicamente, estão na alça de mira da Casa Branca e do Pentágono a investida contra países suspeitos de possuir armas de destruição em massa, a consolidação do poderio político, diplomático e militar dos EUA, sem concorrentes de médio e longo prazo, a realização de uma política externa que é a negação da diplomacia e dos organismos multilaterais, a começar pela ONU, já considerada irrelevante, o combate aos países do “eixo do mal” e a “reestruturação democrática” do Oriente Médio, ocupação criminosa e neocolonialista no Iraque.
Foi um presidente anti-ciência. Impôs tantos obstáculos quanto pode sobre o estudo de células tronco embrionárias. Defendeu o ensino do ‘design inteligente’ nas aulas de ciência. E durante quase todo seu governo, não fez rigorosamente nada a respeito da mudança climática. Durante seis anos de oito, negou que a queima de combustível fóssil tivesse qualquer coisa a ver com isso. Mesmo quando reconheceu os estudos científicos a esse respeito, permaneceu sem fazer nada.
Do ponto de vista do progresso da ciência, foi um obscurantista.
George W. Bush foi talvez o primeiro presidente dos EUA a relativizar os ideais iluministas da Revolução Americana no discurso. Muitos o fizeram de fato – nenhum falava sobre isso abertamente. Defendeu a tortura: lutou para que oficiais dos EUA tivessem autoridade para infligir castigos físicos sobre prisioneiros sugerindo que isto não fosse tortura. Criou uma prisão sobre a qual o Estado de Direito não chegava. Uma prisão na qual homens não tinham direitos.
George W. Bush pegou um país com superávit fiscal, com reservas suficientes para pagar a imensa dívida da previdência, e o entrega oito anos depois na pior crise econômica desde a Crise de 1929.
O governo de George W. Bush foi um desastre. Tudo poderia ter sido muito diferente: afinal, em novembro de 2000, outro homem foi eleito à presidência. A recontagem de todos votos na Flórida, feita por uma consultoria, provou isso. Mas a recontagem não ocorreu.
Na reeleição ouve aspectos prévios que, diferenciaram esta eleição da anterior .
  • Em primeiro lugar a alta taxa de concorrência às urnas. Cerca de 60%, para os norte-americanos, é uma percentagem muito elevada e que não se verificava desde os anos 60, quando foi eleito John F. Kennedy. A aposta Kerry a contar com a presença maciça do voto jovem fracassou mas, por outro lado, contou com uma enorme maioria dos votos dos latinos e afro-americanos.
  • Em segundo lugar, diferentemente das eleições anteriores, Bush Jr. ganhou por uma clara maioria, sem necessidade de recorrer a nenhum processo fraudulento.
As eleições norte-americanas de 2008 marcam o fim da "Era Bush" (2001-2009), que começou com o maior ataque terrorista cometido em solo americano e termina com uma crise financeira histórica, comparável, para alguns, com o crack da bolsa de 1929.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009


Fundamentalismo



Designa-se assim todo e qualquer movimento religioso, de qualquer que seja a religião, que tende a interpretar a realidade de hoje através dos olhos de antigos preceitos religiosos e que renega os valores da modernidade. Para o fundamentalista o fiel deve seguir à risca as páginas dos textos sagrados da sua religião. As Escrituras (sejam elas a Bíblia, o Talmude, o Corão, ou o Hadith dos hindús) foram traçadas por Deus, logo devem ser interpretadas como a Sua vontade.


Naturalmente que os fundamentalistas não aceitam o criticismo, isto é, o movimento intelectual teológico moderno (pelo menos desde Spionza para cá) que diz que elas, as palavras sagradas, devem ser interpretadas de acordo com a época e as circunstâncias em que foram escritas e que abrigam uma enorme distância da realidade atual.Portanto, fundamentalismo é tomar as palavras sagradas em seus fundamentos, integralmente, “retornar aos artigos fundamentais da fé” sem nenhuma alteração, sem nenhuma concessão.


O fundamentalismo americano surgiu no século passado nos Estados Unidos, na medida em que a sociedade americana passava por um acelerado processo de modernização e rápida alteração de hábitos e costumes. A expansão da modernidade, da democracia e do liberalismo, e a adoção da concepção darwiniana da natureza trouxeram um afrouxamento dos costumes religiosos e uma aceitação prazerosa da modernidade, cultivando a civilização do conforto. As mulheres iniciaram a sua emancipação, os jovens deixavam cedo sua casa para tratar de levar uma vida independente e os divertimentos se multiplicavam.


Foi contra isto tudo que os fundamentalistas se ergueram fundando a WCFA (World’s Christian Fundamentals Association), em 1919. Os pastores das igrejas batistas, presbiterianas, episcopais e adventistas apontaram seu dedo acusador para o pecado da modernidade.

Defendiam, em substituição ao Milenarismo (que, apocalíptico, predizia o fim do mundo para breve), o chamado 2º Advento de Cristo. Cristo estaria em breve entre nós. E, perguntavam eles, o que Cristo encontraria?


Os novos tempos estavam destruindo os valores mais profundos da comunidade religiosa. Corroíam as famílias, fazendo com que os fiéis abandonassem o culto semanal e adotassem modos de vida não condizentes com um verdadeiro cristão.


Era preciso retornar aos antigos costumes, aos antigos ensinamentos, apegar-se à Bíblia como a única salvação num mundo dominado pelo materialismo, pelo ateísmo e pelo descaso para com as coisas da fé. Desta forma Cristo, ao retornar, reconheceria a sua obra. Cabia pois aos pastores expulsar os vendilhões (os costumes modernos) do Templo.


Os fundamentalistas passaram pois a repelir todas as inovações nos costumes. Atribui-se a eles a aprovação da conhecida Lei Seca de 1920 que proibiu a bebida alcoólica nos EUA.Depois de alguns anos em ocaso, eles voltaram revigorados devido ao cenário criado pela guerra fria (1947-1989) graças a sua militância anticomunista.


Vários pastores fundamentalistas alcançaram espaço nos meios de comunicação para doutrinar a população americana na luta contra o “Império do Mal”. Apoiados por crentes novos ricos e por direitistas endinheirados, estes pastores fundamentalistas exerceram enorme influência no quadro eleitoral americano, muitos deles tornando-se íntimos do poder, como foi o caso de Bill Graham.


Hoje, passada a guerra fria, os fundamentalistas americanos concentram-se na luta contra o direito ao aborto (cometeram vários atentados e assassinatos contra funcionários e médicos de clínicas de aborto), contra a Emenda de Emancipação da mulher, contra os direitos do homossexuais, e a favor da introdução da reza obrigatória nas escolas públicas. As bases deles são os Institutos da Bíblia e as cadeias de rádio e de televisão do interior do país, tendo como meta a preservação do mundo caipira, que eles pretendem puro, ainda não corrompido pela besta da modernidade urbana. No campo da idéias lutam para que as escolas ensinem o criacionismo, preso à interpretação literal do Gênesis bíblico, que afirma ser a natureza um ato de criação divina e portanto intocável pelo homem.


Neste campo seu inimigo é a teoria da evolução de Darwin que eles entendem como demoníaca.Quem mais lhes deu espaço, a autodesignada Maioria Moral, foi o presidente Ronald Reagan (1981-89) que os considerava úteis na mobilização anticomunista, e também como contra a as leis liberalizantes dos seus adversários do Partido Democrata.

Por extensão de sentido o termo "fundamentalismo" passou a ser usado por outras ciências para significar uma crença irracional e exagerada, uma posiçãodogmática ou até um certo fanatismo em relação a determinadas opiniões.

O catolicismo possui também seu tipo de fundamentalismo.

Apesar de considerar-se o integrismo com um sinônimo do fundamentalismo, eles têm origens diferentes. Se o fundamentalismo, como expressão do radicalismo protestante, difundiu-se nos EUA a partir dos anos vinte, o integrismo vem da Espanha do século 19 e hoje, seus ativistas, rejeitam as relações da Igreja Católica com o mundo moderno estabelecidas pelo Concilio Vaticano II.


Ele vem sob o nome de Restauração e Integrismo. Procura-se restaurar a antiga ordem, fundada no casamento (incestuoso) do poder político com o poder clerical. Visa-se uma integração de todos os elementos da sociedade e da história sob a hegemonia do espiritual representado, interpretado e proposto pela Igreja Católica (seu corpo hierárquico encabeçado pelo Papa). O inimigo a combater é a modernidade, com suas liberdades e seu processo de secularização. Expressões do Integrismo é modernamente o Cardeal Josef Ratzinger, presidente da antiga Inquisição, que sustenta ainda a tese de que a Igreja Católica é a única Igreja de Cristo, também a única religião verdadeira, fora da qual não todos correm risco de perdição. Ou o arcebispo Marcel Lefebvre, que fundou sua Igreja paralela, considerada a fiel detentora da Tradição e da fé verdadeiras. Características fundamentalistas se encontram também em setores importantes do pentecostismo, também católico e nas igrejas evangelicais populares.