quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Benedictus PP. XVI
Joseph Alois Ratzinger, eleito para suceder ao Papa João Paulo II no conclave de 2005 que terminou no dia 19 de Abril, em latim Benedictus PP. XVI, em italiano Benedetto XVI.
Pertenceu à Juventude Hitlerista durante a Segunda Guerra Mundial,foi uma organização paramilitar do partido nazista. Ela foi proscrita em 1923, mas recriada em 1926, um ano depois do reconhecimento do Partido Nacional-Socialista. Membros da Juventude Hitlerista usavam uniformes semelhantes aos do partido nazista.
"Em 1943, ainda no seminário, ele foi alistado aos 16 anos no corpo antiaéreo alemão", "em 1943, ele foi conscrito em uma unidade antiaérea que protegia a fábrica da BMW nos arredores de Munique", afirmou o biógrafo. Em seguida, ainda segundo o especialista, ele teria sido enviado para a fronteira da Áustria com a Hungria para construir armadilhas contra tanques. Com a aproximação das forças aliadas, Ratzinger desertou do Exército e se dirigiu para sua casa foi identificado como um soldado alemão e preso num campo para prisioneiros de guerra.
Ratzinger inicialmente chamou a atenção como um teólogo liberal, mas o marxismo e o ateísmo dos protestos estudantis de 1968 na Europa o levaram a adotar posturas mais conservadoras para defender a fé contra um crescente secularismo.

Após períodos como professor de teologia e depois como arcebispo de Munique, Ratzinger foi nomeado para chefiar a Congregação para a Doutrina da Fé (onde exerceu o cargo durante 23 anos, até a morte de João Paulo II), que tomou o lugar do Tribunal da Santa Inquisição, em 1981, que foi renomeado em 1908 pelo papa Pio X.

Ele também presidiu as comissões bíblica e pontifícia internacional teológica.

Ele e o papa João Paulo II concordavam que, após um período de experimentações, era importante resgatar a doutrina e a teologia tradicionais.

Como chefe da Congregação, Ratzinger começou voltando suas baterias contra a Teologia da Libertação, muito popular na América Latina. Foi especialmente criticado em 1985 por condenar seu ex-aluno brasileiro Leonardo Boff a um ano de silêncio, devido a escritos tidos como marxistas.
Suas opiniões tradicionalistas encantam outros conservadores, mas horrorizam alguns católicos liberais e membros de outras religiões.
Seu lado combativo ficou claro em 2000, numa polêmica em torno de um documento da Congregação da Doutrina da Fé intitulado Dominus Iesus, que acusava outras religiões cristãs de serem deficientes ou de simplesmente não serem igrejas de verdade..
Líderes anglicanos, luteranos e de outras denominações protestantes, que durante anos mantiveram um diálogo ecumênico com o Vaticano, ficaram chocados.

Sua irritação aumentou ainda mais quando Ratzinger qualificou de "absurdos" os protestos dos luteranos.

Ratzinger, tido por seus auxiliares como alguém supremamente autoconfiante, emitiu uma dura crítica do Vaticano à homossexualidade e ao casamento gay em 1986.

Na década de 1990, ele exerceu pressão sobre teólogos, especialmente asiáticos, que viam as religiões não-cristãs como parte dos planos de Deus para a humanidade.

Em um documento de 2004, atacou rispidamente o "feminismo radical", por ser uma ideologia que, segundo ele, prejudica a família e ignora as diferenças naturais entre homens e mulheres.Por isso críticos do ex-cardeal o acusam de ter impedido discussões internas em questões como celibato clerical, controle da natalidade, sexualidade e papel das mulheres na Igreja.

A escolha do nome não foi por acaso, após as invasões bárbaras, os mosteiros de São Bento foram responsáveis pela manutenção da cultura latina e grega e pela evangelização da Europa. A escolha do nome deste Santo representaria, portanto, que uma das prioridades do papado de Bento XVI será a "recristianização da Europa".

Teólogos do mundo inteiro expressaram sua decepção, pois esperavam um papa mais liberal e flexível nas questões dogmáticas e de moral e costumes. "Em parte estou decepcionado, deveria ter sido de um país católico da América Latina, eu pensava que do México ou da Argentina", disse Juan Méndez.

"Eu preferia um papa latino, porque na Alemanha há muito racismo", disse Filomena Gonzalez, Na Argentina, Ruben Dri, filósofo, teólogo e professor da Universidade de Buenos Aires, considerou que a eleição de Ratzinger vai provocar uma crise na América Latina."Amplos setores da Igreja, em nível dos sacerdotes, estavam esperando outra coisa, pelo menos um determinado espaço de abertura", disse ele à Reuters.
Dri acrescentou que os fiéis continuarão abandonando a Igreja Católica na América Latina por sua falta de abertura, como ocorreu nas últimas décadas com o crescimento das igrejas evangélicas e suas seitas.
"É evidente que (a eleição) é o trunfo de uma direita completamente dogmática, capitalista".

Ratzinger expressa diretamente a inquisição, a censura."Aqui no Brasil recebeu críticas do frei Leonardo Boff e até do carismático "Padre Zezinho" por algumas declarações feitas sobre a música Rock, "Nas mais diversas igrejas onde é permitido, tem aparecido artistas jovens dizendo de maneira jovem, para jovens que gostam dessa cultura, coisas muito profundas. Merecem nosso respeito. Se você não ouviu, não julge.", alfinetou Zezinho.
As aparições públicas do papa Joseph Ratzinger vêm se destacando pela luta sistemática pela intervenção da religião católica em todos os aspectos da vida social, em particular na busca para aumentar o poder da instituição no Estado.
Após sua visita aos EUA que, entre outras coisas, serviu como uma tentativa de fortalecer a Sé local diante das inúmeras denúncias de abuso sexual de crianças por padres, Praticamente nenhum dos sacerdotes acusados foi afastado, apenas transferidos para outras paróquias. Enquanto isso ocorria, o próprio Ratzinger punia e expulsava os sacerdotes que advogassem políticas de esquerda, mesmo moderadas. Ou seja, para o humanitário padre, punir os que abusam de crianças, não, esquerdistas sim.
O crime é pensar diferente do ex-chefe da Santa Inquisição. A operação para “reconquistar” fiéis é a primeira parte da operação montada para a ofensiva direitista da Igreja contra o aborto, o uso de contraceptivos, as pesquisas com células-tronco e a união civil entre homossexuais.
No entanto, este homem, que foi incapaz de perceber que o nazismo era uma monstruosidade, mesmo vivendo na Alemanha, quer agora dizer a toda a humanidade como viver as suas vidas e quer que as suas opiniões dogmáticas sirvam de base para o Estado. Na realidade, o mea culpa do Santo Padre é falso até a medula dos ossos. O que está em pauta na política da Igreja é a política monstruosa dos fascistas.
Os apelos dirigidos a voltar os católicos contra o laicismo, isto é, a independência do Estado da religião, o estabelecimento de regras e leis baseadas em uma norma jurídica e nas necessidades sociais reais e não em princípios morais dogmáticos são feitos escancaradamente e conseguem avançar justamente devido à infiltração da Igreja Católica na política e nas escolas, apoiadora do regime nazista alemão e fascista italiano e criadora de seu próprio regime de terror contra dissidências religiosas com a Inquisição.
Por decreto de 21 de janeiro de 2009 removeu a censura de excomunhão latae sententiae, contra quatro bispos ordenados em 1988 pelo falecido e tradicionalista arcebispo Marcel Lefebvre, com o rito da “bula de Pio X”, em desacordo com as regras estabelecidas pelo Concílio Vaticano II, ordenação considerada ilegítima pela Igreja Católica Dentre os quatro reintegrados com o levantamento da excomunhão está o bispo Richard Williamson, religioso inglês, que dirige um seminário lefebvriano na Argentina e nega o Holocausto. O Vaticano tornou público que o bispo Williamson, para ser admitido nas funções espiscopais na Igreja, terá de retratar-se de modo absoluto, inequívoco e público de sua postura sobre a Shoah, desconhecidas pelo Santo Padre no momento da remissão da excomunhão.

Bento XVI desvalorizou o papel de Maomé, dizendo que "Maomé não tinha trazido nada inovador excepto a ordem de espalhar a fé mediante a espada", o que revoltou os muçulmanos. Opções do Papa, como a de adoptar a missa tridentina de Pio V (em que os padres ficam virados para o altar e de costas para os fiéis) ou a de ressuscitar o latim como língua sagrada do catolicismo, são tidas pelo perito como "um pouco constrangedoras". A conhecida opinião do Papa na questão do celibato para os padres, a defesa da família tradicional e o facto de ter considerado o segundo casamento uma "praga", além das posições inflexíveis perante a eutanásia, aborto, utilização do preservativo e casamento entre homossexuais "Bento XVI estava a apagar meio século de história".
Em agosto-setembro de 2007, em documento da Congregação para a Doutrina da Fé, reafirmou que a Igreja Católica é a "única verdadeira" e a "única que salva", o que provocou muitas críticas de igrejas protestantes.

Escritor católico Vittorio Mesori, em entrevista sobre a contradição do Catolicismo, ao referir que os católicos não obedecem às normas morais da igreja em privado.
"Até vão à missa, mas não seguem os princípios de ética sexual"

Recentemente, ele irritou líderes judaicos ao revogar a excomunhão de um bispo de nega o Holocausto. acusaram Bento XVI de "acobertar" o genocídio nazista. Jornais reprovaram o papa por ele não ter se desculpado pelo o que muitos em Israel veem como a indiferença católica durante a Segunda Guerra Mundial. críticos israelenses que acusaram o pontífice alemão de não expressar remorso suficiente pelo Holocausto, criticaram o pontífice por não ter usado as palavras "nazistas" e "assassinato" em seu discurso. Jornais israelenses fizeram muitas críticas hoje. "Qualquer um teria esperado que os cardeais do Vaticano preparassem um texto mais inteligente para seu chefe", afirmou o colunista Tom Segev.

O papa do período da guerra, Pio XII, é criticado por judeus por ter feito pouco para evitar as mortes, uma acusação negada pela igreja. A história de vida de Bento XVI durante a guerra também causa desconforto em Israel, mesmo ele tendo afirmado que foi forçado a se juntar à Juventude Hitlerista e de ter desertado do Exército.

Bento XVI admira a acção de Pio XII, italiano, nascido Giovanni Pacelli, que chefiou o Vaticano entre 1939 e 1958. O processo de beatificação está praticamente parado há anos, sobretudo devido à controvérsia sobre as relações com a Alemanha nazi. Os responsáveis religiosos judaicos disseram “claramente” a Bento XVI que se este fizesse algo a favor da beatificação
“as relações entre a Igreja Católica e os judeus seriam comprometidas de forma permanente”.

Os judeus foram perseguidos pela igreja católica durante séculos. A igreja tradicionalmente os culpava por rejeitar e matar Jesus Cristo, opinião que foi revista nos anos 1960, quando houve rejeição ao antissemitismo e o início de diálogos com outras religiões.

Não se deve esquecer que, enquanto Ratzinger era “manipulado” pelos seguidores de Hitler, o então Papa Pio XII apoiava tanto Mussolini, como Franco, como Salazar e Hitler de maneira exaltada. Segundo o Pontífice, parece ter sido obra da Divina Providência o fato de um papa polonês (João Paulo II) ser substituído por um cidadão da Alemanha (ele próprio), onde o regime nazista "se manteve com grande virulência e atacou depois as nações vizinhas, entre elas a Polônia". Bento XVI defendeu que a condenação do comunismo ateu sirva para que todos os homens prometam basear-se no perdão, na reconciliação e na paz. Cada vez que uma ideologia totalitária massacra o homem, toda a humanidade está seriamente ameaçada", afirmou o Bispo de Roma.

Bento XVI rejeita a política marxista da Teologia da Libertação no terceiro mundo, quanto ao futuro pouca abertura nas relações com a Igreja Ortodoxa, mundo islâmico e China, apesar dos sinais de boa vontade.

Em encontro com bispos do Cáucaso (Armênia, Azerbaijão e Geórgia), o papa Bento XVI exortou-os a defender a família e a vida humana contra a "mentalidade inculcada" em sua sociedade no período comunista. "As famílias hoje, por causa da mentalidade inculcada no período comunista, encontram não poucas dificuldades e são marcadas por aquelas feridas e atentados contra a vida humana, que infelizmente se registram em tantas outras partes do mundo", disse o Papa.
"Seja sua tarefa, como primeiros responsáveis da pastoral familiar, ensinar os cônjuges cristãos a testemunhar o inestimável valor da indissolubilidade e da fidelidade matrimonial, que é um dos deveres mais preciosos e mais urgentes dos casais cristãos de nosso tempo", continuou.
Após o fim da União Soviética, "suas populações conheceram significativas mudanças sociais na estrada do progresso, mas ainda permanecem situações difíceis: muitos são os pobres, os desocupados e os refugiados, que as guerras afastaram de suas casas, deixando-os à beira da precariedade", declarou o Papa. O catolicismo (inteiramente católica e nada comunista) manteve sua presença no Cáucaso, mas "é preciso impedir que, onde o comunismo não conseguiu destruir a identidade católica, formas insidiosas de pressão possam fragilizar o senso de pertencimento eclesiástico", advertiu Bento XVI.

Na encíclica "Caritas in veritate" (A caridade na verdade), Bento XVI , divulgada em 07/07/09, o papa defende uma nova ordem política e financeira a nível mundial, através da reforma das Nações Unidas e da "arquitectura económica e financeira internacional". A nova instância mundial, com supervisão na globalização, teria como objectivos prioritários o governo da economia mundial, o desarmamento, a segurança alimentar, a protecção do ambiente e a regulação dos fluxos migratórios.

Sem dúvida Ratzinger deve sua eleição à João Paulo II, que mudou as diretrizes para a eleição de seu sucessor, alterando a Constituição Apostólica idealizando facilitar o processo do novo legatário, favorecendo a um Papa conservador. Entre essas mudanças, a mais significativa diz respeito à participação do Papa na escolha de seu sucessor. a eleição de Bento XVI não passou de um jogo de cartas marcadas!

A Cúria de Bento XVI demonstra a visão do Papa para a Igreja: unidade!E “unidade” é uma palavra herética para os progressistas. Eles vêem na unidade a sombra da “censura” porque não compreendem realmente o que ela significa e quão vital é para a Igreja.

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