terça-feira, 17 de fevereiro de 2009


A Psychobilly Corporation orgulhosamente apresenta o Psycho Carnival 2009, décima edição do maior encontro de Psychobilly do Brasil! Este ano, mais do que nunca, caprichamos na programação, indo muito além do que fizemos nos outros anos! Palestras, workshops e oficinas de musica são algumas da novidades que preparamos para todo o público que vem de toda as partes do Brasil para confraternizar no Psycho Carnival! Mudamos de local também, para poder assegurar que todos que venham ao Psycho Carnival tenham conforto e uma excelente estrutura para aproveitar o festival ao máximo! O novo local, o Clube Operário, conta com palco e hall amplos e tem toda comodidade e segurança de uma grande casa de eventos, com a facilidade de ser bem no centro da cidade. O preço também está sensacional: R$ 10,00 + uma lata de leite em pó, que será doada ao Instituto Pró-Cidadania de Curitiba.
Com o apoio da Fundação Cultural de Curitiba, através do edital para festivais independentes, e com muito trabalho e esforço, essa evolução se tornou possível. Também contamos com apoios importantíssimos, como do Instituto Goethe, da Fnac e da Abrafin.
A escalação de bandas está sensacional! Da Inglaterra, trouxemos uma da mais importantes bandas de psychobilly da atualidade: KLINGONZ!!! Depois de mais de 20 anos em atividade, finalmente esses lunáticos chegam ao Brasil! Com certeza, um show que nenhum psycho pode perder!!!
Outra grande atração do evento - e, com certeza, um dos melhores shows no Brasil - é a banda FRANTIC FLINTSTONES, que logo após o festival já faz as malas e segue em turnê pela Europa, levando na bagagem o CD recém gravado no Brasil “Psycho Samba My Way”!!!
O festival traz também velhos conhecidos de outros carnavais!!! CHIBUKU(Alemanha) e THE CENOBITES (Holanda) voltam ao Brasil e ao festival mais uma vez, trazendo suas versões de um psychobilly rápido e nervoso e muitas novidades para os seus fãs brasileiros!
E não acabam por ai as atrações estrangeiras: WRECKING DEAD (Dinamarca+EUA) traz sua mistura de psychobilly com punk rock para o festival, LOS PRIMITIVOS (Argentina) nos levam de volta à raiz com seu rockabilly original!
Muitas atrações nacionais participam do evento!
OVOS PRESLEY,sempre um dos melhores shows do festival! SICK SICK SINNERS, preparando a sua turnê européia em abril! HILLBILLY RAWHIDE, com seu “psyho hillbilly” conquistando cada vez mais fãs no Brasil! AS DIABATZ, que também já estão de malas prontas para a Europa novamente! BIG NITRONS preparando disco novo, THE BROWN VAMPIRE CATZ lançando disco novo!
Este ano teremos várias novidades, bandas como os gaúchos do DAMN LASER VAMPIRES, com seu psychobilly/garage que vem chamando atenção por onde passa, DEADROCKS, surf music de primeira vinda de São Carlos, o curitibano LENDÁRIO CHUCROBILLYMAN, que hoje é uma das principais atrações em festivais em todo o Brasil, e, de Florianópolis, AMBERVISIONS, trazendo seu surf punk!
Teremos uma palestra com os nomes mais importantes no meio dos festivais independentes, Fabrício NobrePablo Capilé, presidente e vice-presidente da ABRAFIN (Associação Brasileira de Festivais Independentes), que vão falar um pouco sobre a cena independente hoje no Brasil, a questão dos festivais, sobre a ABRAFIN e muito mais. Vale a pena conferir! Teremos também oficinas de musica, workshops e bazar.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Abuso sexual nos presídios masculinos


Milhares de jovens e adultos homossexuais e heterossexuais diariamente são violentados sexualmente nos presídios do país.
Desde a década de 90 a Human Rights Watch vem denunciando gravíssimos abusos sexuais no sistema carcerário brasileiro: “Prisioneiros homossexuais e transexuais enfrentam dificuldades particulares, na medida em que a discriminação contra eles é intensificada na sociedade hierárquica das prisões masculinas. Cada prisão, e cada pavilhão nas casas de detenção, tem algum tipo de regra diferente para os homossexuais, mas elas são todas similarmente degradantes e discriminatórias. Um preso homossexual denunciou: ‘Eles dizem que nós não temos dignidade, honra e direitos. Eles são orgulhosos de serem homens, bandidos; eles são durões...Eles vêm os ‘viados’ como objetos para serem usados. Se há uma rebelião, nós somos os que sofrem. Os guardas não têm controle da situação aqui dentro. Muitos prisioneiros homossexuais sobrevivem lavando roupas para outros prisioneiros e fazendo outros tipos de "serviços femininos", incluindo prostituição. Muitos têm de trabalhar para os outros presos como escravos, incluindo escravidão sexual: ‘Nós cumprimos duas sentenças aqui: uma imposta pelo juiz e outra imposta pelos prisioneiros.”
Número incontável de presidiários mais jovens, de aparência ou compleição mais delicada, são sodomizados a força e obrigados a fazer sexo oral com o líder da cela, às vezes, com dezenas de outros homens. Em sua maior parte tais violentadores são heterossexuais que devido ao confinamento presidial, praticam o “homoerotismo ocasional ou de substituição”, abusando com violência dos mais frágeis. O mesmo ocorre nas instituições que abrigam adolescentes infratores, onde crianças e jovens mais frágeis ou efeminados sofrem cruéis abusos sexuais, correndo alto risco de ser contaminados pela Aids e demais doenças sexualmente transmissíveis.
Se os machos brasileiros evitam, o quanto podem, submeter-se ao temido exame de toque na prevenção do câncer de próstata, imaginemos o sofrimento físico e psicológico por que passam os presidiários sodomizados a força por seus colegas de detenção?!
Luiz Mott - Professor Titular de Antropologia da Universidade Federal da Bahia e Decano do Movimento Homossexual Brasileiro

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Indiazinhas viram escravas sexuais no Amapá

Meninas índias, em torno de 11 anos de idade, são seqüestradas, estupradas e vendidas ou trocadas por drogas na localidade de Tucano, na rodovia Perimetral Norte, região do município de Serra do Navio, no estado do Amapá, Amazônia Oriental.
Essas indiazinhas são usadas como escravas sexuais sem descanso, até morrerem estropiadas, às vezes, prisioneiras em prostíbulos na sede de municípios perdidos na imensidão continental do Inferno Verde. Essa é a Amazônia dos esgotos das cortes palacianas.
A jornalista Alcinéa Cavalcante, de Macapá, deu publicidade ao caso. “Homens brancos, principalmente garimpeiros, ainda não se sabe como, tiram as meninas das aldeias e levam para Tucano, onde elas sofrem todo tipo de exploração, são abusadas sexualmente e usadas como moeda de troca", afirmou o deputado Paulo José. Ele conversou sobre o assunto com o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Amapá, deputado Camilo Capiberibe.
“Homens brancos, principalmente garimpeiros, ainda não se sabe como, tiram as meninas das aldeias e levam para Tucano, onde elas sofrem todo tipo de exploração, são abusadas sexualmente e usadas como moeda de troca".
O tráfico de crianças para alimentar a escravidão sexual é intenso entre o Amapá, o Pará, a Guiana e o Suriname. Autoridades de Brasília têm conhecimento da situação, inclusive a identificação das rotas. Mas a Amazônia continua relegada à retórica e o governo nada faz para extirpar o câncer da prostituição e o tráfico de crianças na fronteira.
As meninas soldados outra face da exploração sexual e da violência de gênero
Embora na América Central e na América Latina o problema não seja tão difundido ou pernicioso quanto é na África e na Ásia, desde os anos de 1960, tanto grupos guerrilheiros quanto paramilitares incorporaram a suas fileiras crianças soldados—inclusive meninas, principalmente de grupos camponeses e indígenas—por sedução ou imposição.
Nos anos de 1980 e 1990, o movimento guerrilheiro Sendero Luminoso, do Peru, teve significativo contingente de mulheres jovens, algumas recrutadas à força; e os diversos grupos revolucionários e guerrilheiros em El Salvador, Guatemala, Honduras e Nicarágua incluíram meninas soldados. Com o fim das insurgências, muitas das meninas passaram para gangues juvenis. Em certo número de casos, essas meninas podem ter sido recrutas voluntárias, atraídas por uma causa popular ou em busca de fugirem da pobreza geral, do conflito e/ou de vinganças das forças de segurança do Estado e dos paramilitares. Contudo, o alistamento voluntário nem sempre as protege do abuso e da exploração, nem estavam elas livres para irem embora.
Infelizmente, é difícil compilar estatísticas, uma vez que os líderes das forças e exércitos irregulares não anunciam o papel das crianças soldados, menos ainda das meninas, por medo de serem processados por crimes de guerra.
Na Colômbia, após o surgimento de movimentos guerrilheiros importantes nos anos de 1960 e 1970, um número crescente de meninas soldados e um quadro de mulheres ingressaram ou foram forçadas a ingressar nas tropas de grupos guerrilheiros, narco-terroristas e paramilitares. Os mais notórios grupos armados incluem os rebeldes anti-governistas das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), do ELN (Exército de Libertação Nacional) e as forças pró-governamentais das AUC (Autodefesas Unidas da Colômbia), respectivamente. Entre as aproximadamente 14.000 crianças soldados recrutadas pelos grupos paramilitares e pelos grupos armados da oposição, é bastante alto o número de mulheres e meninas. Por exemplo, nas fileiras das FARC e do ELN, as mulheres e meninas constituem 50 por cento de todos os recrutas. Em 2001, um funcionário das Nações Unidas criticou o uso de mais de 2.500 meninas soldados, principalmente nas FARC, e seu estupro e abuso sexual pelos comandantes. Embora os paramilitares tendessem a ter menos mulheres e meninas em suas fileiras, meninas soldados ligadas a grupos armados de todas as partes da guerra civil foram tratadas muito mal e narra-se que eram forçadas, muitas vezes, ao uso de contraceptivos e a abortos.
Todos os lados na guerra civil colombiana de 40 anos proclamam respeitar as normas internacionais de direitos humanos, inclusive as que dizem respeito a mulheres e crianças; todavia, a própria tática da guerra irregular erodiu a distinção entre combatentes e civis. Além disso, os camponeses e indígenas indefesos (até os dos países vizinhos) têm sido vítimas de exércitos privados turbulentos em busca de conquistar e apropriar-se de territórios e recursos. Tem havido massacres de todos os lados—especialmente de mulheres e crianças—e há milhões de colombianos desalojados, tanto refugiados internos quanto em campos, em países fronteiriços. Destes, mais da metade tem menos de 18 anos e segundo as normas atuais de direitos humanos podem considerar-se crianças. Durante os piores dias das guerras de drogas na Colômbia, eram recrutadas crianças para formarem gangues juvenis de sicários (ou meninos assassinos) para servirem de “bucha de canhão para o cartel de Medellín) e fornecerem apoio logístico, de inteligência e propaganda. Os paramilitares continuaram com esta prática e recrutaram sistematicamente crianças soldados para suas milícias humanas, muitas das quais tornaram-se gangues de drogas do tipo da máfia. Também, ondas de violentas campanhas de “limpeza social” tiveram como alvos delinqüentes e meninos de rua, inclusive meninas forçadas à prostituição. Após o aumento do seqüestro nos anos de 1990, mulheres e meninas que as guerrilhas colombianas mantiveram presas por meses e anos como forma de extorsão e para financiar suas causas, tornaram-se, às vezes recrutas, bem como parceiras sexuais e “esposas” de soldados e comandantes.
O desarmamento e a reabilitação de meninas soldados têm sido lentos e difíceis na Colômbia. Um pesquisador concluiu que, entre 1988 e 1994, cerca de 25% de guerrilheiros reabilitados eram mulheres, embora número menor delas tivesse participado de combates e exercido funções de alto risco. Embora o número de meninas soldados e mulheres que morreram na guerra civil seja menor, mais mulheres foram desalojadas e tornaram-se vítimas triplas. Sofreram violências contra si próprias ou suas famílias, passaram pela perda de seus meios de subsistência e foram submetidas à perda das raízes sociais e emocionais. Como acontece com as meninas soldados e vítimas femininas em outros lugares, esta vitimização tornou especialmente difícil desmobilizá-las e reintegrá-las à sociedade. Qualquer que seja a razão, as mulheres eram mais sujeitas a serem estigmatizadas pela sociedade como “responsáveis por sua própria desgraça”.
Segundo o relatório, muitas meninas ficam “apavoradas demais para ficarem e apavoradas demais para deixarem” grupos armados, e muitas não têm escolha.
As famílias e as comunidades as rejeitam como “impuras”, “imorais” ou até como “vadias” que macularam a honra da família e da comunidade. Se essas meninas voltam com filhos enfrentam ainda maior repúdio e isolamento em suas comunidades. Sendo as meninas estigmatizadas como promíscuas e problemáticas, sem um meio de vida ou uma rede de apoio social, é freqüente que continue o ciclo de vitimização por gênero, e as meninas que antes eram crianças soldados são compelidas ao comércio sexual para sobreviverem. Sem a proteção da comunidade e/ou a intervenção internacional, elas ficam em maior risco de recrutamento por grupos armados.
Em última análise, a crise das meninas soldados é extensa, complexa e de longo prazo, ela representa parte integral da violência de gênero e da militarização de sociedades.
Não há comunidade ou sociedade imune; até os países desenvolvidos e relativamente isentos de conflitos têm sido criticados pelo recrutamento de meninas menores de 18 anos pelas forças armadas do Estado. Resolver a exploração de meninas soldados exigirá não apenas sensibilidade e compreensão, mas, também, um compromisso consistente, financeiro e jurídico, dos governos e da comunidade internacional mais ampla, no sentido de fazer valer as normas e processar os infratores. Além disso, na raiz do problema das meninas soldados estão o conflito endêmico e a ausência de alternativas de vida; até que a maioria dos países alcance a estabilidade socioeconômica, muitas soluções permanecerão tentativas.
Dr. Waltraud Q. Morales é professora de ciência política na Universidade da Flórida Central.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009


CRIMES DE GUERRA-ABUSO SEXUAL


Soldados de todos os países, em sem exceção, praticaram abusos sexuais contra as mulheres de territórios ocupados – o que, aliás, é uma tradição que se perde na história.
Na Segunda Guerra, os japoneses se destacaram como senhores de ‘escravas’ – um fato histórico que só agora o povo japonês começa a debatê-lo – era tabu.
Recentemente o governo japonês admitiu a existência de escravas sexuais – e ainda assim porque foi forçado por países que estiveram ocupados por seus soldados, como as Coréias, China, Vietnã e Malásia, as mulheres foram forçadas, segundo as autoridades, a servir de escravas sexuais ao Exército japonês durante a II Guerra Mundial.
Kiyoko Furusawa conta histórias de terror que ainda hoje assombram as mulheres de Timor-Leste, como a de Marta Abu Bere que, durante a ocupação japonesa do país (1942 a 1945), chegou a ser violada por dez militares diferentes por noite, todas as noite. Destino idêntico - a escravidão sexual - tiveram pelo menos 270 mulheres de Timor-Leste levadas pelo exército."Muitas delas eram muito jovens, nem sabiam o que era o sexo e por isso tinham muito medo. Para além de terem relações com os soldados durante a noite, eram forçadas durante o dia a construir estradas, a trabalhar na agricultura e a fazer comida", contou a professora da Universidade Cristã das Mulheres de Tóquio ao jornalista da Lusa, Rui Boavida. "A 'avó' Marta disse que nessa altura até tinha inveja dos animais domésticos. Eles podiam dormir durante a noite", refere Furusawa. "Diversas mulheres que recusaram a escravidão e as torturas sexuais foram executadas."

Durante conflitos armados, garotas e mulheres são ameaçadas de estupro, violência doméstica, exploração sexual, tráfico, humilhação e mutilação sexual. O uso do estupro e de outras formas de violência contra mulheres têm se tornado uma estratégia de guerra de todos os lados envolvidos num conflito.
Relatórios produzidos depois do genocídio de Ruanda, em 1994, concluíram que praticamente todas as mulheres acima de 12 anos que sobreviveram foram estupradas.Nos conflitos armados na ex-Iuguslávia, mais de 20 mil mulheres sofreram abuso sexual. Os conflitos também destruíram famílias, aumentando o peso econômico e emocional sobre as mulheres.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) está à procura do líder rebelde ugandês e comandante-em-chefe do Exército de Resistência do Senhor (LRA), Joseph Kony, pelo rapto de 50 raparigas utilizadas como escravas sexuais, indicou a procuradora adjunta desta instância judiciária, Fatou Bensouda. "Os inquéritos mostraram que o LRA não apenas raptava as raparigas para as violar e fazer delas escravas sexuais, mas igualmente que Kony controla todos os aspectos do rapto, da atribuição das raparigas a comandantes e a sua redução à escravidão", indicou Bensouda. "As mulheres são consideradas armas de guerra legítimas, com o gado e os outros bens. Na Idade Média, o acesso sexual sem restrição às "mulheres conquistadas" era utilizado como uma medida de incitação à tomada duma cidade", declarou Bansouda na conferência da FAS.
Crianças-soldado são usadas como combatentes, mensageiras, carregadoreas, cozinheiras e escravas sexuais. Algumas são recrutadas à força ou seqüestradas; outras são levadas a aderir aos exércitos por causa da pobreza, abuso e discriminação, ou em busca de vingança pela violência praticada contra elas e suas famílias. Na República Democrática do Congo (RDC), mais de 200 mil mulheres e garotas sofreram abuso sexual nos últimos 10 anos. Só entre janeiro e outubro deste ano, apenas a organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF) atenderam a 5.700 casos de abusos sexuais.
Na RDC, todos os lados estão violentando mulheres e crianças: exército, rebeldes, milícias e até a população civil. - Marcos Batista
Exploradas sexualmente

O tráfico de seres humanos é um assunto sério e ainda é um problema em muitos países,o tráfico de mulheres e crianças é uma forma moderna de escravatura.

Todos os anos muitos milhares de mulheres e crianças são levados de um país para outro, frequentemente da África,Asia, América Latina e do Leste Europeu para a Europa Ocidental, como parte do comércio de seres humanos. Embora o principal objectivo deste comércio seja a exploração sexual, serve ainda como fonte de trabalho ilegal. O tráfico representa uma forma agravada de violência sexualizada que é incompatível com o princípio da igualdade entre sexos. As mulheres e crianças atingidas pela pobreza são particularmente vulneráveis aos traficantes, que têm como motivação o lucro e, em muitos casos, estão envolvidos no crime organizado. O tráfico de seres humanos é uma forma grave de crime organizado e constitui uma grave violação dos direitos humanos. Algumas com apenas 14 anos, são traficadas para o Reino Unido obrigadas a trabalhar como prostitutas, noticia a Sky News, que cita um relatório da polícia britânica.
Os membros dessas redes de tráfico são geralmente muito violentos e chegam a obrigar as jovens a terem relações sexuais com 40 homens no mesmo dia.
O tráfico de mulheres gera receitas anuais de 32 mil milhões de dólares (cerca de 24,7 mil milhões de euros) em todo o mundo, sendo que 85% daquele montante deriva da exploração sexual.
Mulheres eram levadas aos Emirados Árabes

A polícia iraniana informou ter desmantelado uma rede internacional de tráfico de mulheres do centro asiático. Na ação, foram presas 25 pessoas, que atuavam na cidade de Karaj, ao oeste de Teerã, informou a agência Fars. Os membros dessa rede, liderada por um cidadão iraniano, facilitavam a entrada de mulheres de países asiáticos no Irã pela fronteira setentrional e dali as enviavam aos Emirados Árabes Unidos, onde eram exploradas sexualmente, informou a polícia. Os detidos são 15 mulheres, a maioria é do Uzbequistão e do Azerbaijão, e dez homens de nacionalidade não revelada.

O grupo trazia suas vítimas, mulheres e meninas jovens, ao Irã sob o pretexto de fazer a peregrinação [aos lugares santos xiitas no Irã], mas as levavam diretamente do aeroporto para uma residência em Karaj, segundo a polícia iraniana. As vítimas eram utilizadas em Teerã em diferentes festas, antes de serem levadas ao sul do país para seu trânsito ilegal aos Emirados Árabes. - AE - Sky News

70 mil brasileiras escravas sexuais


Cerca de 70 mil brasileiras, a maioria vítimas do tráfico internacional de seres humanos, trabalham como profissionais do sexo em outros países sul-americanos e em lugares distantes como a Espanha e o Japão. O número, apontado pelo Departamento de Estado norte-americano, consta do relatório divulgado ontem pelo Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA, sigla em inglês), que alerta para o desrespeito aos direitos humanos das mulheres migrantes no mundo. Constituindo quase metade — 49,6% — do total de pessoas que migram, as mulheres estão mais vulneráveis à violência e sofrem pela falta de amparo legal e trabalhista dos países de destino. “Uma das vulnerabilidades das mulheres é que cada vez mais elas estão migrando sozinhas, enquanto antes migravam acompanhando os seus maridos. Como muitas vezes não há mecanismos de fazer a migração de forma legal, acabam exploradas pelas próprias organizações que as ajudaram a migrar”, disse a especialista Tânia Patriota, responsável interina pelo escritório do UNFPA no Brasil. Segundo Patriota, as migrantes são muitas vezes vítimas de violência sexual e, quando chegam aos seus países de destino, não possuem direitos trabalhistas nem mesmo assistência à saúde. “Em casos mais graves, algumas têm os passaportes confiscados e tornam-se trabalhadoras escravas para pagar a dívida adquirida durante a viagem”, acrescenta. O estudo do UNFPA, intitulado Uma passagem para a esperança: mulheres e migração internacional, aponta avanços nas políticas públicas brasileiras de combate à exploração sexual e ao tráfico de mulheres. “No Brasil, governo iniciou campanha com cartazes fixados em aeroportos, para alertar as mulheres que partem de estados onde a ocorrência de tráfico é alta”, cita o relatório. Mas os avanços, segundo a agência da ONU, ainda são insuficientes. “O problema continua e tende a aumentar porque as redes criminosas são muito poderosas e essa é uma atividade muito lucrativa”, estima a responsável pelo escritório da UNFPA no Brasil. - www.direitos.org.br

Lembranças da vida sexual nas senzalas - Corpos sem almas


Durante a escravidão, os portugueses (e portuguesas) podiam exercer - sem nenhuma censura - qualquer espécie de manifestação de luxúria sobre o corpo dos escravos. O 'direito de propriedade' era extensivo às emoções e aos sentimentos dos cativos. O processo foi 'aperfeiçoado'com o tempo.Para satisfazer a necessidade de povoar um país tão grande, nada melhor do que a promiscuidade nos navios negreiros. Quando as negras engravidavam, o patrimônio de seus senhores aumentava porque, segundo as leis da época, o senhor não pagava pelo feto no ventre da mãe.


Máquinas de fazer sexo


O caráter lúbrico da escravidão existia na própria organizacão hierárquica: para preservar a honra das moças de família - futuras sinhazinhas - os senhores estimulavam a iniciacão sexual de seus filhos com as escravas adolescentes. As esposas brancas eram usadas apenas para reprodução, enquanto as escravas serviam para a satisfação dos verdadeiros desejos. http://www.fgf.org.br/



segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009


Mutiladas


São uns 6.000 casos por dia - perto de dois milhões por ano - de meninas e adolescentes expostas à prática. Cerca de 135 milhões de mulheres já foram submetidas a alguma das três formas de mutilação genital feminina.
Na clitoridectomia, ocorre a extirpação total ou parcial do clitóris.
Na excisão, se extirpam o clitóris e os lábios menores total ou parcialmente.
Na infibulação, se extirpam TODOS os genitais externos e se costura quase todo o orifício vaginal. Geralmente a mutilação se pratica entre os quatro e os oito anos de vida da menina, mas as idades oscilam entre o nascimento e a primeira gravidez.
A ferramenta pode ser um pedaço de vidro, a tampa de uma lata, uma tesoura ou uma navalha. Na infibulação se usam espinhos para juntar os lábios vaginais maiores e as pernas podem permanecer amarradas por até 40 dias. O praticante pode ser um médico, uma parteira, um barbeiro ou uma curandeira. A menina é imobilizada com as pernas abertas e se utiliza a anestesia local ou apenas água fria para intumescer a parte do corpo.
Os possíveis efeitos imediatos são muita dor, hemorragias e ferimentos na região do clitóris e dos lábios. Depois há o risco de infecções urinárias crônicas, abscessos, pedras na bexiga e na uretra, obstrução do fluxo menstrual e cicatrizes proeminentes. A primeira relação sexual só é possível depois da dilatação gradual e dolorosa da abertura que resta. O tecido cicatricial pode ser rasgado no parto.
A investigação científica das seqüelas psicológicas é mais difícil. Apesar da falta de provas, os relatos pessoais indicam sentimentos de ansiedade, terror, humilhação e traição, com prováveis efeitos negativos de longo prazo. A mutilação genital feminina é prática comum na África e em alguns países do Oriente Médio. Também ocorre em comunidades de imigrantes em países latino-americanos, asiáticos, europeus, Canadá e EUA. É associada à castidade e à crença de que diminui o desejo sexual e reduz o risco de infidelidade (na infibulação, a mulher "costurada" só é "aberta" para o marido). Invocam-se também supostos motivos de higiene e estética, com a genitália feminina tida como feia e volumosa. Em algumas culturas, às mulheres não mutiladas é vedado o manuseio de alimentos e água. É desconhecida a origem da mutilação. Precedeu o cristianismo e o islamismo, era praticada pelos "falashas" (judeus etíopes), não é preceito de nenhuma das chamadas grandes religiões.
ONG angolana insta África a combater mutilação genital feminina

Luanda, Angola (PANA) - A Organização não Governamental angolana "Rede Mulheres" pediu segunda-feira aos governos africanos um maior empenho na luta contra a mutilação genital feminina como uma das formas de violação dos direitos humanos.De acordo com a presidente da Rede Mulheres, Júlia Ornelas, esta prática continua a afectar milhões de jovens raparigas em todo o continente africano.Convidando a União Africana (UA) a condenar com rigor o fenómeno, Ornelas sublinhou que a mutilação das mulheres "não pode ser usada para justicar a violação dos direitos básicos de uma parte da população".Júlia Ornelas falava durante a abertura das jornadas africanas da mulher alusivas ao Dia da Mulher Africana asinalado anualmente a 31 de Julho. O objectivo destas jornadas é reflectir sobre a situação das mulheres no continente e aprofundar o diálogo entre as diferentes organizações, associações e grupos nacionais ligados à questão do género para estimular a sua participação em todos os processos de desenvolvimento do país, segundo as organizadoras.Entre os temas a ser debatidos, constam a contínua formação da mulher nas sociedades africanas como uma forma segura de lutar contra a pobreza e a inclusão da mulher na esfera política e de tomada de decisão.O Dia da Mulher Africana foi proclamado a 31 de Julho de 1962 por um grupo de mulheres que se reuniram na Tanzânia para reflexões sobre a sua participação nas lutas pela independência nacional nos seus países quando grande parte do continente africano ainda se encontrava sob jugo colonial.O encontro marcou o surgimento da Conferência das Mulheres Africanas, que mais tarde deu lugar à Organização Panafricana das Mulheres (OPM).

Fonte:www.webartigos.com

sábado, 7 de fevereiro de 2009

POBRES PRAZERES - Rumo ao turismo sexual de massa

Enraizado no universo antigo da prostituição, o turismo sexual avança com a pressão por mobilidade e a globalização turística. O mundo caminha para ser um gigantesco parque de diversões?

Na esteira do que ocorreu com o turismo clássico, chegou agora a vez do turismo sexual viver uma “democratização”. Cada vez mais, observa-se a expansão de uma prostituição “à la carte”, uma tendência que, em última instância, nada mais faz do que seguir aquela das viagens “à la carte”... Deixou de ser raro encontrar, em Phuket ou em Ko Samui (para citar o caso da Tailândia), um viajante aventureiro ocidental acompanhado, na garupa da sua moto ou agarrada ao seu braço, por uma girlfriend, nome oficial e aceitável para a prostituta – que ele alugou para a semana ou o mês.
O turismo sexual conhece um efeito “bola de neve”, que não o deixa imune a uma massificação. Na Tailândia, os novos clientes são cada vez mais jovens ocidentais em busca de aventuras e sensações fortes. Eles substituem aos poucos os velhos turistas alemães, japoneses ou norte-americanos – que, por sua vez, já haviam sucedido os militares lá estacionados durante a guerra do Vietnã. Além do mais, uma nova clientela andou surgindo nas praias e nos bares: malásios, chineses, sul-coreanos…
A prostituição “turística” atinge muitos países do Sul: neles, as garotas (ou os rapazes) são jovens, pobres e pouco educados e, portanto, facilmente exploráveis. Elas aderem de maneira mais ou menos forçada à prostituição, uma “profissão” que não têm, contudo, nenhuma vontade de exercer. À procura de sexo fácil e barato, os turistas sexuais estrangeiros afluem, atraídos por essa carne fresca, disponível e submissa. Uma boa parte dentre eles, para se dar boa consciência, encontra todas as razões do mundo para se convencer de que não está abusando do desamparo desses jovens. Não estariam fazendo nada senão ajudá-los, sustentá-los, e até mesmo contribuir para o desenvolvimento do seu país…
Nesses Estados, depois da expansão do turismo de massa, o setor informal da prostituição desenvolveu-se com o afluxo mais importante de turistas individuais. Tornou-se possível estabelecer uma espécie de cartografia do turismo sexual: as mulheres vão a Goa, à Índia, à Jamaica, a Gâmbia, enquanto os homens preferem os países do sudeste asiático, o Marrocos, a Tunísia, Senegal, a República Dominicana, Cuba, Panamá, o Suriname, o México – sem esquecer o Brasil onde teriam sido recenseadas não menos de 500 mil crianças que praticam a prostituição
.

Uma perda de rumo inevitável?

Com isso, o turismo sexual de massa se desenvolve no universo das mobilidades turísticas. Para muitos ocidentais, ele representa uma forma de colonização nova e adaptada à nossa época. Alguns gostariam de estabelecer a todo custo uma distinção entre a prostituição forçada e a prostituição voluntária ou “livre”. O pretexto é que, em certas cidades do Norte – ou nos enclaves ricos dos países pobres – a prostituição de luxo, poderia permitir que certas garotas (que teriam escapado das pressões dos gigolôs) “disponham livremente do seu corpo”. Em contrapartida, admite-se que, na maioria dos países do Sul – assim como em enclaves de miséria nas cidades do Norte ou do Leste –, a prostituição é sempre uma atividade exercida sob efeito de coação (proxenetismo, violências, estupros) . Mas como combater a prostituição nos países pobres do Sul, quando se alega que, nos países ricos do Norte, ela resultaria de opções individuais?
Outros insistem para que não se confunda prostituição infantil com prostituição adulta. De tanto lançar mão desta diferença, ela torna-se suspeita. E quanto mais se estabelece um consenso para condenar o abuso sexual em crianças, tanto mais facilmente o abuso em adultos (mulheres e homens) parece ser admitido como uma perda de rumo supostamente inevitável do mundo no qual nós vivemos. A prostituição infantil horroriza todo mundo, enquanto cada um, finalmente, acaba acomodando-se com a prostituição “clássica”.
Num ambiente como este, o turismo sexual acaba, de certa forma, livrando-se de toda responsabilidade, de toda culpa. Ainda mais porque se apóia fortemente nas indústrias “clássicas” do sexo: pornografia e prostituição. Uma prostituição que não passa da tradução prática daquilo que a pornografia propõe
. Num contexto em que os dois universos se juntam para transformar os seres humanos em instrumentos, em ferramentas, e industrializar os corpos. Além de tudo, a máquina da mídia e da propaganda encarrega-se de preparar o terreno para reforçar o reconhecimento oficial da indústria do sexo. A violência sexual é celebrada ao ser exibida em toda parte pelos meios de comunicação, inclusive para ser denunciada. Trata-se de um paradoxo e de uma confusão que são reflexos exatos da nossa cultura do pornô chique e “soft”, que celebra a dominação do macho na hora em que a sua virilidade parece ser menos assumida.

Indústria alimentada pela pobreza

A demanda sexual é incentivada e estimulada por uma oferta cada vez mais atraente. O mercado amplia-se e vai se diversificando: uma internacionalização da oferta, com garotas cada vez mais novas, provenientes dos quatro cantos do globo, vem atraindo novos clientes . Com este afluxo de migrantes do sexo, alimentado pela sede de consumo, a rotação das garotas está garantida. Objetos de todo tipo de tráficos, os corpos são disponíveis e prestativos. Por tarifas cada vez mais baixas, conforme manda a concorrência.
Já o sucesso crescente do turismo sexual feminino mostra que, em relação a esses pontos, a mulher vem adotando um comportamento similar ao do homem, repetindo as mesmas representações sobre o poder, a dominação e a exploração. A este respeito, parece apropriado aproximar – no plano essencialmente simbólico – de um lado, o “turista organizado”, que entregou a organização da sua viagem a uma agência ou um “tour operator” e, de outro, o “turista sexual”.
Não raro o turista organizado exime-se de toda responsabilidade no exato momento em que pisa o solo do seu destino exótico. Foi o que deu a entender um viajante que, recém-desembarcado no aeroporto de Hanói no Vietnã, explicou o seguinte: “Pronto, eu acabo de aterrissar. Daqui para a frente, estou entregando meu destino dessas próximas semanas nas mãos do meu guia. Eu estou cansado demais por causa do meu trabalho. Durante essas férias, não quero mais pensar, mas apenas me deixar levar!”. É verdade que não havia nessas explicações nenhuma segunda-intenção sexual, mas outros turistas perceberão facilmente a ligação, e então darão o passo…
De fato, do outro lado do mundo tudo volta a ser possível – principalmente desafiar uma série de proibições. Outro exemplo: por mais que um turista perdido no meio do seu grupo possa eventualmente entregar seu destino ao guia ou à agência de viagens, ele se autorizará, ao mesmo tempo, práticas que costuma proibir a si mesmo em seu país. Por exemplo, banhar-se nu numa praia na Malásia, ao lado de pescadores muçulmanos melindrados, ou namorar uma menina novinha que sentou à sua mesa para lhe vender cigarros ou bugigangas num restaurante no Vietnã…

A sensação de fim da responsabilidade

É quase sempre desta forma que o turista ordinário, longe da sua casa, começa a praticar atos que seriam totalmente impensáveis em suas próprias terras. Esta aspiração à transformação de si é tanto mais fácil para os turistas – organizados ou não – quanto mais tiver se instalado em sua mente a perda de responsabilidade que ocorre durante a viagem… Para o turista organizado, o Outro – o “indígena”, diziam no tempo das colônias – é o servidor turístico, cujo papel consiste em ser explorado.
O turista sexual livra-se com freqüência de toda responsabilidade humana, uma vez que, por meio de uma transação financeira, sente-se liberado da necessidade de se preocupar com o Outro. Ele não se sente mais nem na obrigação de respeitar sua (ou seu) parceiro efêmero, nem de lhe proporcionar prazer. Ao pagar por um serviço – no caso, sexual – ele está comprando a liberdade de uma pessoa sobre a qual, por um tempo determinado, tem todos os direitos. Inclusive o de reduzir esta pessoa ao estado de “bem”, de mercadoria.
Ele não precisa poupar sua presa, forçada à submissão, da qual pode dispor como bem entende, sem ter medo de ser expulso ou castigado por uma autoridade. O cliente é rei. Em férias, muito particularmente. O cliente-turista é o único a mandar a bordo, uma vez que o Outro foi relegado à condição de escravo sexual, pouco importando, aliás, que ela (ele) seja bem ou mal tratada pelo seu mestre de plantão.
É patente, as diferenças entre o turista organizado e o turista sexual são grandes, mas a passagem de um para o outro por vezes vem a ser surpreendentemente fácil. “Em geral”, explica Paola Monzini, “o sexo pago tornou-se uma componente mais ou menos visível do turismo de massa
”.

Contudo, a maioria dos turistas sexuais opera de modo solitário. Essencialmente por duas razões: o medo de chamar a atenção e ser denunciado, e o egocentrismo evidente do abusador.
Pode um turista organizado transformar-se num turista sexual? Sim, caso ele se acomode com muito facilidade à tendência atual de ficar ligado na onda do momento – que celebra o culto do corpo e o do rejuvenescimento, tendo como pano de fundo a apetência sexual e o mal-estar da civilização
.

Encontramos, por exemplo, o arquétipo desse veranista chinfrim no personagem central do romance “Plataforma”, de Michel Houellebecq , no qual o mergulho no sexo e na viagem permite ao turista vulgar ter a impressão de ser alguém diferente daquele empregado submisso e homem sem qualidades que ele é na sua morna vida cotidiana. No Ocidente, o turismo sexual continua sendo representado de duas maneiras muito simplistas e incompletas demais: de um lado a miserabilidade, e de outro o angelismo.

No Sul, miséria econômica; no Norte, afetiva

Cinco causas principais estão na origem da expansão sem precedente do turismo sexual de massa: a pauperização crescente; a liberalização dos mercados sexuais, que incentiva mais ou menos diretamente o tráfico de mulheres para fins de prostituição; a persistência de sociedades patriarcais e sexistas; a deterioração da imagem da mulher, tendo como pano de fundo a violência sexual generalizada e banalizada; e a explosão do turismo internacional e dos fluxos de migrantes de todo tipo.
Esta expansão foi estimulada por duas características das nossas sociedades: em primeiro lugar, a "democratização" dos fluxos de viajantes (massas de turistas que circulam por todo lado); em segundo lugar, a hiper-sexualidade dos jovens, cultivada por meios de comunicação obcecados pela violência sexual. Ela também se alimenta do encontro entre a miséria e a beleza do mundo. Miséria e beleza atestam o corte que rege a ordem desigual do planeta. Uma miséria afetiva no Norte, uma miséria econômica no Sul e no Leste; “beleza” dos bens materiais de consumo no Norte, beleza das paisagens e das pessoas, assim como da espiritualidade, do modo de vida e das “tradições” no Sul e no Leste.
Em decorrência da publicação da Declaração da Organização Mundial do Turismo (OMT) sobre a prevenção do turismo sexual organizado ,
adotada no Cairo em outubro de 1995, que sensibilizou os atores do turismo e o conjunto dos clientes-viajantes para este flagelo global (que não diz respeito apenas às crianças), a luta contra “o turismo sexual de massa” começou a melhor se organizar.
Fonte:diplo.uol.com.br/
Jovem é estuprada e vídeo é colocado na internet
Um universitário e dois alunos de escolas particulares de Joaçaba, no interior de Santa Catarina, foram presos nesta quarta-feira (12) suspeitos de estuprar uma menina de 15 anos, durante uma festa ocorrida há três semanas. Os rapazes teriam gravado as cenas e colocado o vídeo na internet. A história do estupro se espalhou pela cidade, causando revolta entre os moradores, que pedem a punição dos responsáveis.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, nas imagens que circularam na internet, a adolescente parece desacordada. Treze amigos participavam da festa, entre eles três adultos, todos de classe média. Segundo a polícia, muitos beberam, inclusive a menina, que passou mal e procurou o banheiro, onde o crime aconteceu. A possibilidade dos participantes terem consumido drogas não foi descartada.


Preso em flagrante

Pai de sete filhos e avô de pelo menos 15 netos, Juvenal de Oliveira, 52 anos, foi preso em flagrante, nu, acompanhado de uma menina de 9 anos, dentro do seu carro. A prisão aconteceu por volta das 11h de ontem, na Rua Brasílio Cuman, no Butiatuvinha.
Ele foi encaminhado para o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) e autuado em flagrante por tentativa de estupro, atentado violento ao pudor e corrupção ativa, pois tentou subornar policiais oferecendo R$ 1 mil. A garota contou que ganhava doces do pedófilo.Os soldados Israel e Lindebeck, do 12.º Batalhão da Polícia Militar, patrulhavam a região, quando foram informados que havia um carro suspeito, parado em um local deserto. Ao se aproximar do Palio placa DDQ-7605, flagraram Juvenal e a garota sem roupas.

Jovem baleada e estuprada no Paraná

O crime ocorreu no sábado em uma trilha no morro do Boi, no município de Matinhos. Na ocasião, ela e o namorado pediram ajuda a um desconhecido para chegar à praia dos Amores. O homem, então, levou as vítimas a uma gruta, tirou uma arma do bolso e ordenou que entregassem dinheiro e tirassem as roupas. O casal reagiu e foi baleado. O rapaz, de 22 anos, morreu no local. O criminoso permanece foragido até a tarde desta segunda-feir.
A polícia afirma que após atirar contra o casal, o criminoso fugiu, mas voltou quatro horas depois para violentar a jovem, que estava imobilizada devido aos tiros que recebeu nas costas. As informações foram passadas pela própria vítima, que foi encontrada consciente.


Corpo de menina é encontrado dentro de mala na rodoviária de Curitiba

Segundo a polícia, a mala foi encontrada embaixo de uma das escadas do setor de transporte estadual, por uma família indígena, que estava morando no local havia duas semanas. Como estava atrapalhando o local onde dormiriam, os indigenas - que vieram de Ortigueira, no Centro-Oeste, para vender artesanato em Curitiba -, tentaram arrastar a bagagem.
O grupo estranhou o peso e chamou um fiscal da Urbanização de Curitiba (Urbs), que resolveu abrir a mala. Imediatamente o funcionário acionou a Polícia Militar (PM), que chamou o IML.
O corpo estava inteiro, ainda trajava o uniforme do Instituto de Educação, e apresentava sinais de estrangulamento e indícios de violência sexual. A família de indígenas disse, à polícia, estar com medo e ter a intenção de retornar a Ortigueira.
Rachel cursava a 4ª série no Instituto de Educação. Filha de pais separados, a menina morava com a mãe e os avós maternos na Vila Guaíra.

Menina de 8 anos é estuprada e morta
Castro - Dezessete horas depois de desaparecer, a estudante Alessandra Subtil Betim, 8 anos, foi encontrada morta num terreno baldio, a menos de 500 metros de sua casa, na Vila Cantagalo 2, em Castro, nos Campos Gerais. Alessandra levou uma pancada na cabeça e foi estuprada. A morte foi causada por traumatismo craniano, segundo o Instituto Médico-Legal (IML). A polícia ainda não anunciou se tem suspeitos do crime.
O corpo de Alessandra estava em um matagal de difícil acesso e foi encontrado pelo irmão mais velho, Adriano Subtil Betim, de 18 anos. O diretor interino do IML, João Carlos Simoneti, disse à imprensa que havia hematomas e dilacerações no corpo da estudante. Foi colhido material biológico para ser analisado no IML, em Curitiba, e o resultado do laudo sairá dentro de cinco dias.
Fonte: portal.rpc.com.br/gazetadopovo/
Um ancião das Testemunhas de Jeová foi preso por abuso de menores.
James Barrat, 45, de Rugby, Warwickshire, casado, pai de dois filhos, foi declarado culpado de assediar sexualmente dois adolescentes que o procuravam para estudo bíblico e aconselhamento.O julgamento revelou que Barratt, um ancião da igreja, abusou "sistematicamente", durante 10 anos, de dois ex-membros de sua congregação.A Corte de Warwick Crown soube que Barratt, um amigo de confiança das famílias dos garotos, usava os estudos bíblicos e as seções de aconselhamento como uma oportunidade para assediar sexualmente os adolescentes.Durante os quatro dias do julgamento, Barratt sustentou que ele tentava suprir a figura paterna para os garotos.Ao sentenciá-lo, o Juiz James Pike disse que ele havia recebido dois jovens vulneráveis sob seus cuidados. Ele era, disse o Juiz, um arqui-hipócrita!Barratt foi condenado a dois anos de prisão, com redução de 12 meses. Seu nome constará por 10 anos do registro de transgressores sexuais.Detetive Inspetor Jim Hill da polícia de Warwickshire: "Considero-o um indivíduo extremamente perigoso. Ele obtém acesso às vítimas por meio de seus pais".Ele cria com as famílias um forte vínculo e depois trai a confiança que lhe é depositada".Uma das vítimas, Gordon Grant, agora com 23 anos, disse que se decepcionou com a reação da igreja às acusações."Se alguém tiver esse problema, não vá aos anciãos ou aos líderes da igreja. Não os incomode com esse assunto. Vá direto para a polícia e deixe que o assunto seja tratado por gente com experiência e que saiba o que está fazendo".
Fonte: BBC

Pastor é preso suspeito de aliciar sexualmente adolescente

Um pastor evangélico de 52 anos foi preso em flagrante, na noite desta terça-feira em Rubim, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, suspeito de manter relações sexuais e aliciar um adolescente de 14 anos. De acordo com a Polícia Militar, a mãe do garoto desconfiou da situação quando viu o filho sair de carro, à noite, com o religioso.
A PM fez rastreamento pela região e encontrou o veículo estacionado em um matagal, na zona rural da cidade. “Os militares encontraram os dois nus dentro do carro”, explicou o cabo Charles Marques, do 44º Batalhão.
No veículo foram encontrados uma pistola, um revólver, munições. Na casa dele, afirma a polícia, também foi encontrada uma espingarda com dois cartuchos.
“Apuramos que o pastor já estava afastado há um ano por causa de rumores de que ele abusava de outras crianças”, completou o militar.
O adolescente foi interrogado na presença de conselheiros tutelares e afirmou que mantinha relações sexuais com o homem há cerca de dois meses. Em troca, ele disse que recebia dinheiro e presentes. A vítima foi encaminhada ao Conselho Tutelar, juntamente com a mãe, para acompanhamento.
O pastor está preso na Delegacia Regional de Almenara. O delegado responsável pelo caso, Hugo Jacinto, informou que ele deverá ser autuado ou pelo crime de exploração sexual de menores ou atentado violento ao pudor, além de porte e posse ilegais de armas de fogo.
Fonte: Terra

Pastor é suspeito de obrigar adolescente a fazer sexo oral

SÃO PAULO - Um rapaz 27 anos foi preso em flagrante na tarde de terça-feira (3), em Itaquera (zona leste de São Paulo), suspeito de ter obrigado um adolescente de 14 anos a fazer sexo oral nele.
O suspeito seria pastor da igreja Brasil para Cristo. O nome do rapaz não foi divulgado.
De acordo com a Secretaria Estadual da Segurança Pública, o pastor seguia em um carro –um Siena verde– quando parou e atraiu o adolescente com perguntas sobre um endereço. Ele, então, teria usado uma faca para obrigar o garoto a entrar no carro e a fazer sexo oral nele. Uma faca foi apreendida dentro do carro.
O caso foi descoberto por PMs que, ao passarem pelo local, estranharam o fato de o garoto estar agachado no carro. O suspeito preso foi autuado em flagrante por atentado violento ao pudor.
Fonte: iParaiba
O papa e o escândalo dos abusos sexuais na Igreja
Os escândalos de pedofilia que abalaram a Igreja Católica nos últimos anos ocorreram praticamente em todas as dioceses dos Estados Unidos e envolveram mais de 1,2 mil sacerdotes, que abusaram de mais de quatro mil crianças.
Uma extensa investigação realizada pelo jornal The New York Times revela que 4.268 pessoas denunciaram publicamente ou à Justiça terem sido objeto de abusos de sacerdotes, embora vários especialistas afirmem que muitas mantiveram silêncio. A partir de registros judiciais, informes, documentos eclesiásticos e entrevistas, o Times encontrou acusações de abusos em 161 das 177 dioceses dos Estados Unidos.
A grande quantidade de denúncias de abuso sexual documentada por pesquisadores em Boston parece sem precedentes, mesmo em meio de um escândalo que afetou a igreja em quase todo estado e fez com que cerca de mil pessoas formulassem acusações a nível nacional durante o ano passado. "O abuso a crianças foi tão grande e tão prolongado que chega a ser incrível", disse Reilly na carta de apresentação anexada ao relatório. O relatório é o resultado de 16 meses de investigação sobre a forma como os líderes da Igreja lidaram com o escândalo. "Eles preferiram proteger sua imagem e a reputação de sua instituição em lugar da segurança e o bem-estar das crianças confiadas a seu cuidado. Eles atuaram com uma pervertida devoção quanto ao segredo", diz o relatório em sua conclusão. "E eles não romperam o código de silêncio mesmo quando a magnitude do ocorrido deveria ter alertado a qualquer administrador razoável e responsável sobre a necessidade de procurar ajuda".

Novos escândalos sexuais na Igreja

Pressionado, Dom Luciano confessou que costumava pagar por serviços sexuais de garotos de programa que se prostituem no centro de Turim. Mas insistiu nunca ter saído com um menor de idade.Já o jovem preso garantiu aos procuradores que há muitos anos vive da prostituição e de chantagear sacerdotes.“Mantinha relações sexuais com vários padres de Turim e cidades vizinhas e pedia dinheiro para ficar calado”, afirmou.

O Governo irlandês foi ontem pressionado a abrir um inquérito relativo a práticas de abuso sexual por parte de alguns padres depois da resignação de um importante bispo ligado a um caso que abalou profundamente a Igreja Católica, na Irlanda.
Fonte: Redação Terra

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

VIOLÊNCIA SEXUAL
Uma pesquisa divulgada ontem pela organização não-governamental Católicas pelo Direito de Decidir reacendeu a polêmica em torno dos padres que abusam sexualmente de mulheres e crianças.

A ONG analisou 21 casos de mulheres que acusam sacerdotes de estupro e 68 de crianças que se dizem violentadas por padres no Brasil. A pesquisa originou o livro Desvendando a Política do Silêncio, de 124 páginas, e foi debatido em São Paulo por antropólogos, sociólogos, teólogos e membros da Igreja Católica. A publicação faz acusações de toda ordem contra a Igreja Católica. Diz que os bispos encobrem os crimes sexuais cometidos por padres contra mulheres, protegem os agressores e ainda silenciam as vítimas.
Dos 21 casos sob análise envolvendo mulheres, 17 eram sobre menores de 16 anos violentadas. Do total, apenas cinco originaram processos criminais. A pesquisa foi financiada pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher e é parte da tese de doutorado de Regina Soares Jurkewicz na Pontíficia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Segundo Regina, todas as vítimas estudadas são mulheres pobres que mantinham vínculos de dependência com a paróquia. “Elas recebiam cestas básicas ou faziam trabalho de faxina na igreja ou na casa do padre”, diz. O levantamento também traçou o perfil dos padres que abusam de mulheres e crianças: têm entre 40 e 50 anos, geralmente são novatos na comunidade em que atuam e a maioria é professor universitário. “Eles têm boa aparência e são sedutores”, descreve Regina. “O que mais chocou a gente é que os bispos tomam conhecimento desses crimes e só fazem transferir o padre de paróquia. Tudo para evitar o escândalo. Na nova comunidade, o padre inicia seus trabalhos como se nada tivesse acontecido”, critica. As denúncias da pesquisa foram feitas pelas próprias vítimas, por parentes delas e, em num único caso, por uma ex-religiosa. “Em geral, quando se denuncia um padre acusado de abuso sexual em uma paróquia, logo aparecem outras denúncias”, afirma Regina. Na opinião dela, a violência que a mulher sofre após a denúncia é tão forte quanto o próprio abuso sexual. “Em muitos casos, a comunidade defende o padre e passa a culpar a vítima pelo crime”, atesta. “O padre que abusa tem uma proteção institucional que os outros homens não têm. Já a Igreja faz a escolha do silêncio, desqualificando a vítima e valorizando o agressor”, descreve. Uma das conclusões do grupo que debateu a pesquisa é que a exigência do celibato acaba empurrando alguns padres para o caminho da violência sexual contra mulheres e crianças. Um dos maiores especialistas em sexualidade e religiosidade no mundo, o psicoterapeuta norte-americano e ex-padre Richard Sipe, também defende essa tese. Em seu trabalho mais recente, Sipe entrevistou mais de 2 mil padres. Desse universo, 50% mantiveram o celibato, 30% já haviam praticado relações heterossexuais, 15% enveredaram para o caminho do homossexualismo e 4% tornaram-se pedófilos.
Desconfiança
Na América Latina, onde as denúncias contra padres ainda são bastante restritas, uma pesquisa de opinião feita no ano passado com 4,5 mil fiéis da Colômbia, Bolívia e México atestou que 70% dos católicos estão perdendo a confiança na Igreja por conta de denúncias de abusos sexuais cometidos por padres que são publicadas na imprensa. Para a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a pesquisa da ONG não corresponde à realidade. Para o presidente da Comissão Nacional dos Presbíteros, padre José Pietrobon Rotta, a entidade carregou nas tintas ao apresentar o resultado. “A CNBB não encobre casos de padres que cometem abusos sexuais. Nem nega que esses casos existam. Na verdade, não sabemos lidar com essa situação, que, para nós, é difícil, delicada e muito dolorosa”, afirma. Pietrobon, que coordena o braço da CNBB que congrega todos os presbíteros do Brasil, diz que nunca se espera que um padre cometa crime de abuso sexual. Mas ele lembra que “os sacerdotes são seres humanos normais e sujeitos a erros como qualquer pessoa”. Pietrobon faz questão de ressaltar que a Igreja nunca foi conivente com crimes de abusos sexuais. “Não encobrimos nada. Mas nós somos misericordiosos, como foi Jesus Cristo”, ressalta.

Fonte:www.sistemas.aids.gov.br/ - Ullisses Campbell

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Criança, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é a pessoa com até doze anos de idade e adolescente é a pessoa entre doze e dezoito anos de idade (art. 1¼, do ECA).

Prostituição - As meninas do trecho

A prostituição infantil e a exploração sexual de menores está presente em todas as capitais brasileiras, principalmente nas cidades litorâneas do Nordeste. Dados estatísticos comprovam que a violência dentro de suas próprias famílias levam a criança e o adolescente por este caminho, os quais são vulneráveis a esse tipo de atitude que causam danos irreparáveis para o seu desenvolvimento físico, psíquico, social e moral. Esses danos podem trazer conseqüências penosas como, por exemplo, o uso de drogas, o abandono dos estudos, a gravidez precoce indesejada, distúrbios de comportamento, condutas anti-sociais e infecções por doenças sexualmente transmissíveis.
Locais com grande movimentação de caminhões e entroncamentos de rodovias como o de Feira de Santana/BA, o maior eixo rodoviário do Norte e Nordeste, e caminho para todas as estradas estaduais e BRs que cortam o Estado da Bahia, são estratégicos para a economia do País, mas por outro lado são pontos de encontro e desencontros, onde meninas menores são levadas e trazidas de outras cidades para ganhar a vida na prostituição.

Na maioria das vezes fogem de suas casas numa boleia de caminhão para tentar uma vida melhor. Além de ser uma aventura perigosa, elas oferecem qualquer tipo de prazer para os carreteiros que comungam com esta investida. As formas adotadas pelas meninas e adolescentes em situação de exploração sexual são variadas. Algumas ficam nas beiras de estradas acenando para os carreteiros, enquanto outras, no horário entre 17 e 18 horas, abordam os mesmos no momento em que vão tomar banho, lanchar ou abastecer seus caminhões nos postos de combustíveis. O preço cobrado pelo programa depende do serviço prestado ao cliente. Pode custar apenas R$ 5, um prato de comida ou, então, até mesmo um refrigerante.

A adolescente J.S.S., loira, magra e com o rosto cheio de manchas, hoje com 16 anos, está nesta vida desde os oito anos de idade. Ela é de Barreiras, Oeste da Bahia, e chegou a Feira de Santana, na boléia de um caminhão, onde está até hoje. Diz ter saido de casa por não receber atenção dos pais. Começou fazendo sexo oral, aos 12 anos perdeu a virgindade e aos 13 começou a se drogar e a se prostituir para alimentar o vício. Na opinião da maioria dos motoristas de caminhão, o governo deveria lançar programas para ajudar as famílias carentes, pois a exploração sexual infanto-juvenil é uma das mais cruéis conseqüências da miséria.

Fonte:http://www.revistaocarreteiro.com.br/ - Nilza Vaz Guimarães
Prostituição infantil
Um fato que é incontestável é que a rede de prostituição infantil no Brasil continua sem solução, talvez isso ocorra porque este tipo de negócio transformou-se no terceiro mais rentável comércio mundial, atrás apenas da indústria de armas e do narcotráfico. Este é um daqueles temas que houve-se muito mas sabe-se pouco. Não é por menos que é problema que vem preocupando, não só o governo brasileiro, mas também do mundo inteiro. Como toda atividade clandestina, a prostituição infantil sempre foi abafada. Na visão da grande maioria das pessoas, não só dos leigos como também dos instruídos, acreditam que os principais clientes que procuram pelos serviços das menores eram os turistas estrangeiros, que vem para o país e se encantam com as mulheres seminuas que encontram nas praias e, por quê não, nas ruas. No entanto, o trabalho da polícia mostra que a maioria dos clientes são brasileiros de classe média alta e rica, empresários bem sucedidos, aparentemente bem casados e, algumas vezes, com filhos adultos ou crianças. Além dos empresários estão, também, na lista, os motoristas de caminhão e de táxis, gerentes de hotéis e até mesmo os policiais. Já do outro lado, prova-se que as meninas são pobres e que moram em uma total miséria na periferia. A primeira relação sexual pode ter ocorrido com o próprio pai, padrasto ou até mesmo seu responsável aos 10, 12 ou 17 anos. Por este motivo as pesquisas demonstram que a garota até poderia tolerar por mais tempo a pobreza e a miséria, mas o que ela encontra em casa é a violência, o abandono e a degradação familiar. Para elas, talvez, seja mais fácil encontrar as dificuldades da prostituição nas ruas do que enfrentar os distúrbios de homens, que ao invés de dar-lhes proteção, abusam delas sexualmente.Algumas vezes a mãe não sabe o que acontece ao seu redor, acredita que sua filha possa estar trabalhando em algum lugar "decente" e não tem a mínima idéia de que ela possa estar fazendo programas. Já em outros casos, os próprios pais as levam para se prostituirem. É um trabalho rentável e que gera lucro à toda família, sendo a garota a única prejudicada. Assim, as meninas prostituídas passam a apresentar numerosos transtornos orgânicos e psíquicos, como por exemplo baixa auto-estima, fadiga, confusão de identidade, ansiedade generalizada, medo de morrer, furtos, uso de drogas, doenças venéreas, irritação na garganta e atraso no desenvolvimento.Além da degradação moral de toda espécie humana, a onda de pedofilia está contribuindo para criar uma geração precoce de portadores do vírus da AIDS, já que as crianças, mais frágeis fisicamente, estão propensas a sofrer ferimentos durante o ato, o que facilita a infecção. Adicionando à posição de inferioridade, que não os dá direito de exigir do parceiro o uso de preservativos.Existem leis que obrigam os motéis e estabelecimentos similares a entrada de menores de 18 anos. No entanto, como todas as leis, esta também não é cumprida. Os casais entram nestes lugares sem o mínimo de intervenção, por esse motivo os homens podem entrar não só com uma menor mas duas ou três, depende de seu gosto e sua disposição.


Fonte:http://www.revelacaoonline.uniube.br - Alessandra Mendonça
Meninas abandonadas pela mãe eram estupradas pelo pai, tio e primo

“Perdi as contas de quantas vezes transei com minhas filhas.”

Assim, um lavrador confessou a violência sexual que praticava com as meninas de 12 e 14 anos, abandonadas pela mãe.
A crueldade, que acontecia há pelo menos quatro anos na casa deles, em Antonina, não era cometida apenas pelo pai. O tio e o primo das crianças também as estupravam. Pai e o tio estão presos e o outro maníaco continua foragido. Há três meses, professores da escola onde as garotas estudavam desconfiaram do comportamento delas. O Conselho Tutelar foi acionado e na conversa com a mais velha, surgiu a primeira suspeita de violência sexual. Ela foi levada à delegacia e relatou o que pai fazia.
“Primeiro, disse que ele passava a mão em seu corpo. Conforme foi se sentindo mais segura, nos confessou que o pai ‘a fazia de mulher’”, contou o policial Rodrigo Feitosa. ExameO delegado Rubens Miranda Júnior determinou que ela fosse submetida a exame no Instituo Médico-Legal, onde foi comprovado que a menina não era mais virgem.
O Conselho Tutelar a levou para uma casa de abrigo, mas a menina afirmava que não poderia deixar a irmã sozinha. Os investigadores desconfiaram que a outra garota, de 12 anos, também era violentada. “Ela foi muito espontânea e contou tudo o que o pai fazia, revelando que o primo e o tio também as violentavam”, disse Feitosa.As duas, assim como a irmã mais nova delas, de 8 anos, foram levadas pelo Conselho Tutelar, e o pai, desconfiado da ausência das filhas, fugiu. A mais nova foi a única poupada pelos maníacos. “As mais velhas começaram a ser estupradas aos 10 anos. A mãe as abandonou quanto a menina mais nova nasceu”, contou o policial.

Abusos dia e noite:

Para a polícia, elas contaram que durante a noite eram obrigadas a manter relações sexuais com o pai. Durante o dia, quando ele estava na lavoura, o tio e o primo se “revezavam” na prática da violência. Dias depois de a polícia descobrir o crime, o tio das meninas foi preso. Durante o interrogatório confessou o abuso às crianças. Na semana passada, o pai foi encontrado em uma chácara em Morretes.
“Foi surpreendente a frieza com que eles confessaram os crimes. O pai havia colado, sobre o retrato do casamento com sua ex-esposa, a foto de sua filha mais velha”, contou o delegado.

Os acusados vão responder por estupro, com o agravante de as vítimas serem menores de 14 anos e de o criminoso ser o responsável por elas.

Fonte:http://www.parana-online.com.br/ - Patricia Cavallari
Ação contra turismo sexual.
O Ceará ocupa o 13º lugar no ranking nacional de denúncias telefônicas contra a exploração sexual de crianças e adolescentes.
De janeiro a agosto deste ano, foram registradas, em Fortaleza, 86 denúncias e, em todo Estado, 107, somente de casos envolvendo turismo e exploração sexual. Os dados foram divulgados ontem, em seminário promovido pelo Ministério do Turismo sobre Turismo Sustentável e Infância, na Faculdade Integrada do Ceará (FIC), com o objetivo de engajar profissionais da área na luta contra a exploração sexual.
Especialistas dizem que a estatística pode aumentar caso a população se conscientize e não tenha receio em denunciar.
“Os dados são preocupantes não só aqui. Numa cidade onde há apenas um caso de exploração, há preocupação porque o número pode aumentar e atingir patamares maiores”, diz Iara Brasileiro, coordenadora do Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília (UnB). Iara classifica como elevadas as estatísticas sobre todos os tipos de exploração sexual no Nordeste.
Desde a criação do Disque 100 (telefone gratuito para o recebimento de denúncias), em 2003, foram contabilizadas mais de 43 mil ligações. Destas, conforme o Ministério, 13.876 são dos nove estados da Região. “No Nordeste realmente o problema é mais grave, por causa das praias e do potencial turístico. Também temos problemas com estradas e rodovias”, completou.
De acordo ainda com a coordenadora, fatores sociais são as principais causas da exploração. “O que nós precisamos é tornar visível este problema e acabar com aquela cultura de que isto é normal. Não é normal porque estamos tratando de crianças, e não de objetos à venda”, comenta.
Para a promotora Edna da Mata, da 12ª Vara Criminal (Crimes contra Crianças e Adolescentes), a solução mais rápida e eficaz para combater a exploração é uma maior participação da comunidade. Segundo ela, ainda há o medo da população em denunciar e testemunhar contra pessoas que fazem uso de crianças e adolescentes para lucrar com a prostituição. Porém, ela diz, o problema não se restringe à exploração. “Também temos que cuidar da questão do abuso sexual. O abuso é o caso intrafamiliar, cometido por parentes ou vizinhos, sem pretensão de lucro”, explica.


Turismo sexual no Brasil

Europeu, de classe média, com idade entre 20 e 40 anos. Este é o perfil do turista que vem ao Brasil em busca de sexo, segundo pesquisa patrocinada pela Organização Mundial do Turismo (OMT) e realizada nas principais capitais do nordeste do País.
O estudo, que durou mais de seis meses e foi conduzido por pesquisadores das mais diversas áreas e universidades brasileiras, mostrou que muitos dos turistas que vêm ao "Paraíso Tropical" em busca de diversão sexual não são homens de meia-idade e de baixo poder aquisitivo, como se imaginava, mas jovens, estudantes e profissionais liberais.
Entrevistas com os visitantes estrangeiros também indicaram, ao contrário do que se pensava, que a grande maioria teme se envolver com meninas menores de idade. O trabalho mapeou ainda a origem destes turistas. Lideram o ranking os italianos, seguidos por portugueses, holandeses e norte-americanos.
Fonte:http://www.jornaldedebates.ig.com.br/

Casal de alemães preso por trocar de roupa no saguão do aeroporto
Que nós somos um país liberal, todo mundo sabe… mas também não é bagunça. Um casal de turistas alemães resolveu inovar no aeroporto de Salvador e trocou de roupa bem no meio do saguão. Eles foram flagrados pelas câmeras de segurança ainda com as calças na mão. Resultado, foram presos e impedidos de pegar o voo (sem acento… novo acordo ortográfico) para casa. A dupla, com mais de 60 anos de idade, disse à delegada que não achou que trocar de roupa em público incomodaria as pessoas.
Eles pensavam que isso era algo comum no país, dado o comportamento dos brasileiros nas praias.
A delegada Maritta Souza informou que os dois turistas foram indiciados por prática de ato obsceno e liberados na noite da segunda-feira. Eles devem retornar para a Alemanha ainda nesta semana.