Mutiladas
São uns 6.000 casos por dia - perto de dois milhões por ano - de meninas e adolescentes expostas à prática. Cerca de 135 milhões de mulheres já foram submetidas a alguma das três formas de mutilação genital feminina.
Na clitoridectomia, ocorre a extirpação total ou parcial do clitóris.
Na excisão, se extirpam o clitóris e os lábios menores total ou parcialmente.
Na infibulação, se extirpam TODOS os genitais externos e se costura quase todo o orifício vaginal. Geralmente a mutilação se pratica entre os quatro e os oito anos de vida da menina, mas as idades oscilam entre o nascimento e a primeira gravidez.
A ferramenta pode ser um pedaço de vidro, a tampa de uma lata, uma tesoura ou uma navalha. Na infibulação se usam espinhos para juntar os lábios vaginais maiores e as pernas podem permanecer amarradas por até 40 dias. O praticante pode ser um médico, uma parteira, um barbeiro ou uma curandeira. A menina é imobilizada com as pernas abertas e se utiliza a anestesia local ou apenas água fria para intumescer a parte do corpo.
Os possíveis efeitos imediatos são muita dor, hemorragias e ferimentos na região do clitóris e dos lábios. Depois há o risco de infecções urinárias crônicas, abscessos, pedras na bexiga e na uretra, obstrução do fluxo menstrual e cicatrizes proeminentes. A primeira relação sexual só é possível depois da dilatação gradual e dolorosa da abertura que resta. O tecido cicatricial pode ser rasgado no parto.
A investigação científica das seqüelas psicológicas é mais difícil. Apesar da falta de provas, os relatos pessoais indicam sentimentos de ansiedade, terror, humilhação e traição, com prováveis efeitos negativos de longo prazo. A mutilação genital feminina é prática comum na África e em alguns países do Oriente Médio. Também ocorre em comunidades de imigrantes em países latino-americanos, asiáticos, europeus, Canadá e EUA. É associada à castidade e à crença de que diminui o desejo sexual e reduz o risco de infidelidade (na infibulação, a mulher "costurada" só é "aberta" para o marido). Invocam-se também supostos motivos de higiene e estética, com a genitália feminina tida como feia e volumosa. Em algumas culturas, às mulheres não mutiladas é vedado o manuseio de alimentos e água. É desconhecida a origem da mutilação. Precedeu o cristianismo e o islamismo, era praticada pelos "falashas" (judeus etíopes), não é preceito de nenhuma das chamadas grandes religiões.
A ferramenta pode ser um pedaço de vidro, a tampa de uma lata, uma tesoura ou uma navalha. Na infibulação se usam espinhos para juntar os lábios vaginais maiores e as pernas podem permanecer amarradas por até 40 dias. O praticante pode ser um médico, uma parteira, um barbeiro ou uma curandeira. A menina é imobilizada com as pernas abertas e se utiliza a anestesia local ou apenas água fria para intumescer a parte do corpo.
Os possíveis efeitos imediatos são muita dor, hemorragias e ferimentos na região do clitóris e dos lábios. Depois há o risco de infecções urinárias crônicas, abscessos, pedras na bexiga e na uretra, obstrução do fluxo menstrual e cicatrizes proeminentes. A primeira relação sexual só é possível depois da dilatação gradual e dolorosa da abertura que resta. O tecido cicatricial pode ser rasgado no parto.
A investigação científica das seqüelas psicológicas é mais difícil. Apesar da falta de provas, os relatos pessoais indicam sentimentos de ansiedade, terror, humilhação e traição, com prováveis efeitos negativos de longo prazo. A mutilação genital feminina é prática comum na África e em alguns países do Oriente Médio. Também ocorre em comunidades de imigrantes em países latino-americanos, asiáticos, europeus, Canadá e EUA. É associada à castidade e à crença de que diminui o desejo sexual e reduz o risco de infidelidade (na infibulação, a mulher "costurada" só é "aberta" para o marido). Invocam-se também supostos motivos de higiene e estética, com a genitália feminina tida como feia e volumosa. Em algumas culturas, às mulheres não mutiladas é vedado o manuseio de alimentos e água. É desconhecida a origem da mutilação. Precedeu o cristianismo e o islamismo, era praticada pelos "falashas" (judeus etíopes), não é preceito de nenhuma das chamadas grandes religiões.
ONG angolana insta África a combater mutilação genital feminina
Luanda, Angola (PANA) - A Organização não Governamental angolana "Rede Mulheres" pediu segunda-feira aos governos africanos um maior empenho na luta contra a mutilação genital feminina como uma das formas de violação dos direitos humanos.De acordo com a presidente da Rede Mulheres, Júlia Ornelas, esta prática continua a afectar milhões de jovens raparigas em todo o continente africano.Convidando a União Africana (UA) a condenar com rigor o fenómeno, Ornelas sublinhou que a mutilação das mulheres "não pode ser usada para justicar a violação dos direitos básicos de uma parte da população".Júlia Ornelas falava durante a abertura das jornadas africanas da mulher alusivas ao Dia da Mulher Africana asinalado anualmente a 31 de Julho. O objectivo destas jornadas é reflectir sobre a situação das mulheres no continente e aprofundar o diálogo entre as diferentes organizações, associações e grupos nacionais ligados à questão do género para estimular a sua participação em todos os processos de desenvolvimento do país, segundo as organizadoras.Entre os temas a ser debatidos, constam a contínua formação da mulher nas sociedades africanas como uma forma segura de lutar contra a pobreza e a inclusão da mulher na esfera política e de tomada de decisão.O Dia da Mulher Africana foi proclamado a 31 de Julho de 1962 por um grupo de mulheres que se reuniram na Tanzânia para reflexões sobre a sua participação nas lutas pela independência nacional nos seus países quando grande parte do continente africano ainda se encontrava sob jugo colonial.O encontro marcou o surgimento da Conferência das Mulheres Africanas, que mais tarde deu lugar à Organização Panafricana das Mulheres (OPM).
Fonte:www.webartigos.com
Luanda, Angola (PANA) - A Organização não Governamental angolana "Rede Mulheres" pediu segunda-feira aos governos africanos um maior empenho na luta contra a mutilação genital feminina como uma das formas de violação dos direitos humanos.De acordo com a presidente da Rede Mulheres, Júlia Ornelas, esta prática continua a afectar milhões de jovens raparigas em todo o continente africano.Convidando a União Africana (UA) a condenar com rigor o fenómeno, Ornelas sublinhou que a mutilação das mulheres "não pode ser usada para justicar a violação dos direitos básicos de uma parte da população".Júlia Ornelas falava durante a abertura das jornadas africanas da mulher alusivas ao Dia da Mulher Africana asinalado anualmente a 31 de Julho. O objectivo destas jornadas é reflectir sobre a situação das mulheres no continente e aprofundar o diálogo entre as diferentes organizações, associações e grupos nacionais ligados à questão do género para estimular a sua participação em todos os processos de desenvolvimento do país, segundo as organizadoras.Entre os temas a ser debatidos, constam a contínua formação da mulher nas sociedades africanas como uma forma segura de lutar contra a pobreza e a inclusão da mulher na esfera política e de tomada de decisão.O Dia da Mulher Africana foi proclamado a 31 de Julho de 1962 por um grupo de mulheres que se reuniram na Tanzânia para reflexões sobre a sua participação nas lutas pela independência nacional nos seus países quando grande parte do continente africano ainda se encontrava sob jugo colonial.O encontro marcou o surgimento da Conferência das Mulheres Africanas, que mais tarde deu lugar à Organização Panafricana das Mulheres (OPM).
Fonte:www.webartigos.com
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