quarta-feira, 27 de janeiro de 2010


A escuta do grito oprimido propiciou nos anos 70 o surgimento da Teologia da Libertação. A escuta do grito da Terra, das águas, das florestas e dos seres vivos fez surgir na mesma época a ecologia. Leonardo Boff procura neste livro articular os dois gritos e criar uma visão global de uma ecologia libertadora que abrange o meio ambiente, a mente humana, a sociedade e a integralidade da criação.

A ecologia se tornou atualmente o contexto de todos os problemas, pois em tudo urge analisar o impacto ambiental, a qualidade de vida, a sustentabilidade da natureza, das sociedades e das pessoas e a garantia de um futuro benfazejo comum.

A ecologia representa um novo paradigma civilizacional, quer dizer, uma nova forma de organizar o conjunto das relações dos seres humanos entre si, com a natureza e com a Fonte Originária de onde promana todo o universo.

É mérito destra obra suscitar uma nova espiritualidade que evoque nas pessoas cuidado, respeito, reverencia e sinergia com todos os seres para que possamos conviver todos pacificamente na mesma Casa Comum que é o planeta Terra.

r e s e r v a

O Paraná transformou parte da área da Ambiental Paraná Flo­restas, empresa de produção de pínus, mel e resina do governo do estado, na Reserva Bio­lógica da Biodiversidade COP 9 MOP 8. A floresta, que fica no distrito de Abapã, em Castro, já é preservada e compõe um importante corredor de biodiversidade nos Campos Gerais, além de proteger nascentes de rios que abastecem o Vale do Ribeira. A reserva tem 133 hectares e fica a apenas quatro quilômetros do Parque Na­­cional dos Campos Gerais, criado em 2006.

A mata nativa é habitat de felinos, como onças-pretas, pumas e jaguatiricas, além de catetos e diversas aves. Entre as variedades de árvores, destacam-se os majestosos cedros e araucárias. “Nós queríamos criar uma área que não fosse uma ilha, mas que tivesse ligação com outras porções de mata. Então estabelecemos uma área de amortecimento, para ampliar os limites da reserva, e também corredores que seguem o curso de vários rios”, conta o diretor da empresa estatal, Ricardo Cansian. Contando com a zona de amortecimento (divisa com área produtiva, a maior parte preservada), a reserva atinge 3 km2. Com ela, são 67 unidades de conservação no estado.

A Paraná Florestas fazia parte do espólio do antigo banco Banestado. O banco Itaú, que fez a compra, não se interessou pela empresa, que tem hoje o estado como acionista majoritário. A estatal tem áreas em outras 12 cidades, somando 44,7 mil hectares, sendo 60% deles preservados, conforme a empresa.

“Através destes corredores, interligamos todas as áreas de preservação do Paraná. Aqui em Castro já começa o Vale do Ri­­beira, então ajudamos a ligar os Campos Gerais à mata na divisa com São Paulo e Serra do Mar”, relata o engenheiro florestal Antônio Pizani. Algumas áreas estão sendo recompostas com mudas e parcelas de terra onde é explorado o pínus voltarão a ser recuperadas.

Assinatura

A criação da reserva biológica de Abapã é fruto de um acordo assinado pelo governador Roberto Requião e o secretário-executivo da Convenção da Diversidade Biológica (CDB) da Organização das Nações Unidas, Ahmed Djoghlaf, em maio de 2008 na Alemanha. A ideia surgida du­­rante a Convenção sobre Diver­sidade Biológica (COP 9) contemplava o plantio de árvores suficientes para anular a emissão de dióxido de carbono de todas as atividades do Secretariado da CDB entre 2008 e 2010.

O local foi então sugerido pela Ambiental Paraná Florestas. “É uma diretriz do governo atual não mais fazer reflorestamento de pinus nessas áreas que têm importância como corredor de biodiversidade”, afirma o secretário do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues.

A região é ideal para observação de pássaros e vai servir como base científica. “As unidades são um núcleo de irradiação de conhecimento e pesquisa. Quanto mais unidades, melhor”, indica Maria do Rocio Lacerda Rocha, diretora de Biodiversidade e Áreas Prote­gidas do IAP.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010


Agressores do Parque Nacional do Iguaçu

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recurso Naturais Renováveis (Ibama) está intensificando O combate à extração de palmito dentro do Parque Nacional do Iguaçu, no Oeste do Paraná.

Esse tipo de delito é apontado como um dos que mais agride a integridade da unidade de conservação, formada por mais de 185 mil hectares.
A operação, realizada pelos fiscais do Ibama em conjunto com uma Polícia Florestal, surpreendeu um grupo de palmiteiros que vinha agindo em corte, transporte e beneficiamento do vegetal, na região de Capanema, no Sudoeste do Paraná.

De acordo com o boletim de ocorrência do órgão, o grupo extraia palmito da localidade conhecida como Corredeira da Vaca Branca. Os fiscais e policiais foram até o local e se depararam com 14 pessoas carregando palmitos em três carros.
Com eles foram apreendidas 600 unidades in natura, além 470 vidros de palmitos, fogão industrial e tachos para cozinhar o produto. Os fiscais e os policiais também apreenderam veículos, um Del Rey, uma Caravan e um Gol CL. Todos eram utilizados para o transporte do palmito.

Os detidos e os materiais apreendidos foram encaminhados até a Delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçú. Os palmiteiros foram autuados por formação de quadrilha e na Lei de Crimes Ambientais, ficando a disposição da Justiça.

Balanço:

De acordo com as estatísticas do Setor de Manejo do Parque Nacional do Iguaçu, no ano passado a extração de palmito foi um dos crimes mais freqüentes que se comete no parque. As apreensões nas Operações conjuntas com a Polícia Florestal foram apreendidos 3.850 kg de palmitos in natura e 1,915 vidros de palmito em conserva.
Os Órgãos Responsáveis pela Fiscalização desmantelaram quatro fabriquetas de embalar o palmito e dois acampamentos. No total acabaram detidas 21 pessoas e foram apreendidos sete veículos, um total de 35 autuações.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Projeto vai restaurar 1.300 hectares na Serra do Mar

Uma iniciativa de restauração ambiental, o Projeto Serra Nativa, vai recuperar 1.300 hectares de Mata Atlântica no coração da Serra do Mar, no Litoral do Estado. A ação, que terá início em 15 de dezembro e duração de oito anos, vai abranger uma área de aproximadamente 1.300 campos de futebol, removendo espécies exóticas como pinus e braquiária, para que a vegetação nativa tenha condições de se regenerar.

A região em que o Projeto Serra Nativa será desenvolvido está localizada em meio ao maior trecho contínuo de Mata Atlântica do país, no Litoral do Paraná. A propriedade está localizada em Morretes (PR), em um trecho da Serra do Mar em que também estão localizados a Área de Preservação Ambiental (APA) de Guaratuba, o Parque Estadual do Marumbi e o Parque Estadual do Pau Oco.

A área do projeto Serra Nativa é uma peculiar zona de transição entre dois biomas: a Mata Atlântica e a Floresta de Araucárias. Sobre a copa de árvores “tropicais”, destacam-se majestosos exemplares da árvore-símbolo do Paraná. Não bastasse a sua importância ambiental inegável, a área possui grande valor histórico. Durante a colonização, por ela passava o Caminho Arraial, ligação primitiva do Litoral com o Primeiro Planalto.

“O projeto é de caráter inovador, pela larga escala da restauração e pela localização da área, de relevo e clima típicos, que se tornam obstáculos à operação. Além disso, não se trata de uma simples colheita. Vamos adotar todos os cuidados para que a remoção das exóticas não afete a vegetação nativa do entorno”, afirma o gerente do projeto, Rodrigo Ribeiro.

A realização do projeto Serra Nativa está a cargo do grupo norueguês Norske Skog, que atua na produção de papel para publicações. Com uma fábrica de papel imprensa localizada em Jaguariaíva (PR), o grupo Norske Skog conta com o suporte da mais renomada cientista brasileira na área de combate a espécies exóticas invasoras, Sílvia Ziller, que integra a equipe que assessora tecnicamente o projeto Serra Nativa.

Convergente ao Programa do Estado do Paraná para Espécies Exóticas Invasoras, o Projeto Serra Nativa dispõe de todas as licenças ambientais necessárias e tem como apoiadores o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), a concessionária Ecovia e o Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental.
O grupo Norske Skog é também signatário do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, esforço inédito que reúne cerca de 130 instituições como ONGs, da iniciativa privada e do poder público de todo o país.

Motivação
A introdução de espécies exóticas na área do Projeto Serra Nativa ocorreu na década de 1960, com incentivo governamental. O aumento da compreensão da questão ecológica, no entanto, levou as autoridades ambientais a rever a atividade de exploração florestal com fins econômicos nessa área. Em 2001, a propriedade foi adquirida pelo grupo Norske Skog, que deu início a estudos no sentido de promover a restauração da mata nativa.

A decisão de idealizar e colocar em prática o Projeto Serra Nativa decorre da avaliação do grupo Norske Skog de que a restauração ambiental de áreas com presença de espécies exóticas tende a se tornar cada vez mais uma exigência legal. “Em linha com os valores da empresa, decidimos agir pró-ativamente, entendendo que a situação da área irá se agravar exponencialmente com o passar do tempo”, afirma Eric d’Olce, diretor-geral da unidade brasileira do grupo, a Norske Skog Pisa.

As espécies exóticas são consideradas a segunda maior causa de perda de biodiversidade no mundo. Jardinagem, paisagismo e horticultura são, atualmente, as principais formas de dispersão de plantas exóticas invasoras no país.

A inserção de uma espécie exótica em um bioma pode interferir e, na maioria das vezes, termina por afetar seu equilíbrio. A maior ameaça ocorre quando essa espécie se adapta com facilidade ao ambiente, crescendo e se reproduzindo sem obstáculos, tornando-se uma invasora.

Pouco a pouco, a espécie exótica classificada como invasora vai tomando espaço das espécies nativas e, consequentemente, de toda a cadeia de vida que depende delas, o que pode provocar uma ameaça real para o ciclo de vida da floresta.

Próximos passos
O projeto Serra Nativa terá duração de oito anos.
A primeira fase, compreendida pela remoção de exóticas e pela reabilitação da área, com plantio de sementes e mudas de espécies nativas, levará dois anos. Nesta etapa, a expectativa é que sejam utilizadas aproximadamente 240 mil mudas e sementes que serão fornecidas por viveiros florestais comerciais, da Prefeitura de Morretes e do IAP.

A segunda fase do projeto, que inclui o monitoramento da área, para evitar que as exóticas se regenerem, terá seis anos de duração. A partir do momento em que seja iniciada a remoção e o controle das espécies exóticas invasoras, os processos naturais serão retomados, possibilitando a regeneração da floresta.

No ambiente da Serra do Mar, pode-se esperar uma cobertura florestal inicial formada em 15-20 anos. Os técnicos explicam que o retorno da fauna vai se dar naturalmente, com a recomposição do habitat, em função da qualidade ambiental das áreas florestais naturais existentes nos arredores da área de restauração
.


Conheça o site do projeto: www.serranativa.com.br
quadrilha de palmiteiros


A Serra do Mar é constantemente invadida e saqueada por extrativista que põe em risco a diversidade genéticas das florestas e o frágil equilíbrio existente neste tipo de ambiente.
Isso acontece na Serra do Guaricana, na Serra do Prata (P.N. Saint Hilaire), nas áreas chamadas de “intangíveis” dentro do P.E do Marumbi, na Serra da Graciosa e também na Serra do Ibitiraquire e por não dizer em outras porções serranas menos freqüentadas, como o esporão do Feiticeiro, na região de Guaraqueçaba.

Estes palmiteiros não são pessoas que vivem do extrativismo. São funcionários de empresas mafiosas que “legalizam” os produtos do extrativismo através da corrupção. Exemplo disto foi o desmantelamento de uma quadrilha que tinha como envolvidos o ex. prefeito de Guaratuba, o atual vice e muitos outros funcionários públicos que deveriam estar protegendo a natureza, como funcionário do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e da Força Verde.

Não é de se estranhar, que em Dezembro, um mês depois do desfecho da Operação Juçara da Polícia Federal, que pôs atrás das grades os “cabeças” desta quadrilha, a prefeita de Guaratuba influenciou para que não fosse realizada na cidade a Consulta Pública para a instalação do Parque Nacional do Guaricana, área que o antigo vice atuava no corte ilegal de Palmito.

Apesar de já ficar muito claro como funciona o esquema de corrupção e dos nomes não serem mais anônimos. O problema da extração ilegal de Palmito na Serra do Mar está longe de se resolver.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010


A humanidade estava apenas iniciando seu despertar para o desenvolvimento com respeito aos direitos das futuras gerações, ainda na década de 80, mas as primeiras respostas para garantir o cuidado e a proteção ao meio ambiente já começavam a ser dadas. É nesta década que o mundo assiste aos protestos de manifestantes contra petroleiros e usinas atômicas, enquanto acompanha a incipiente construção do conceito de desenvolvimento sustentável.

De um lado, vai-se gerando a idéia de desenvolvimento à longo prazo, com a difusão do termo 'sustentável' pelo relatório Brundtland, no âmbito da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU (Organização das Nações Unidas), em 1983. De outro, amplia-se a organização da sociedade em torno da criação de ONGs e a participação para a tomada de decisões sobre seu futuro comum.

No Brasil, o processo de abertura política acarreta em conquistas inéditas: do direito ao voto, da aprovação da Lei de Interesses Difusos, com o fortalecimento do Ministério Público, e da possibilidade de participação nas questões ambientais em instâncias públicas como os Conselhos de Meio Ambiente, até a Assembléia Nacional Constituinte que, em 1988, legitima um novo modo de garantir a cidadania e os direitos das futuras gerações brasileiras.

No conjunto de transformações e oportunidades colocadas pelos 80, um grupo de pessoas que já atuavam em outras entidades, dentre cientistas, empresários, jornalistas e defensores da questão ambiental se aproxima e lança as bases para a criação da primeira ONG destinada a defender os últimos remanescentes de Mata Atlântica no país, a Fundação SOS Mata Atlântica. O ideal de conservação ambiental da entidade, criada em 1986, associa-se ao objetivo de profissionalizar pessoas e partir para a geração de conhecimento sobre o bioma. A proposta representa também um passo adiante no amadurecimento do movimento ambientalista no país.

Aqui você conhece um pouco mais sobre os momentos que marcaram a história da Fundação SOS Mata Atlântica, suas lutas e principais conquistas.


A Fundação SOS Mata Atlântica é uma organização não-governamental. Entidade privada, sem vínculos partidários ou religiosos e sem fins lucrativos, foi criada em 1986 e tem como missão defender os remanescentes da Mata Atlântica, valorizar a identidade física e cultural das comunidades humanas que os habitam e conservar os riquíssimos patrimônios natural, histórico e cultural dessas regiões, buscando o seu desenvolvimento sustentado.

O ser humano é parte integrante da natureza.

Acreditamos...


Que a humanidade só garantirá a qualidade de vida quando souber conviver em harmonia com o ambiente em que vive.
Que a responsabilidade da preservação é de toda a sociedade, com ações praticadas no seu dia-a-dia.
Que a sensibilização de um indivíduo é a base da mobilização coletiva.

Que a nossa luta é hoje, agora e deve ser renovada a todo momento.
Não podemos deixar para agir amanhã.
Que a sustentabilidade da vida no planeta depende de uma economia que tenha o sócioambiental como premissa.

Nosso compromisso

É urgente convocar nossa comunidade para o exercício de uma cidadania ambiental, responsável e comprometida com o futuro do nosso território, o bioma Mata Atlântica, patrimônio da humanidade.
Esse é um compromisso de todos nós como reconhecimento do nosso vínculo, solidariedade, respeito e integração com a natureza.

A contribuição da SOS Mata Atlântica é alertar, informar, educar, mobilizar e capacitar para o exercício da cidadania, catalisando as melhores práticas, os conhecimentos e as alianças.

http://www.sosmatatlantica.org.br/

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010


tartaruga gigante

Um fato inédito pode acontecer sem Litoral do Paraná nesta temporada. Trata-se do nascimento de Tartarugas-de-couro, conhecidas também como tartarugas-gigantes, espécie que está ameaçada de extinção. Os nascimentos pueden ocorrer por volta do dia 10 fevereiro.
A primeira desova ocorreu no dia 28 de novembro de 2009 no Balneário de Barrancos, em Pontal do Paraná. Depois disso, a tartaruga fez mais quatro ninhos em Pontal do Paraná, sendo que uma última desova aconteceu dia 6 de janeiro, em Pontal do Sul. E outros cinco ninhos ainda poderão ser confeccionados, uma vez que essa tartaruga sobe até a areia dez vezes por temporada.

De acordo com um bióloga Camila Domit, do Centro de Estudos do Mar (CEM) da Universidade Federal do Paraná, essa mesma tartaruga já havia desovado no Litoral do Paraná em 2007, mas naquela oportunidade os ovos não foram fecundados. "Esses animais pintas Têm exclusivas nenhum corpo. Comparamos as fotografias tiradas em 2007 e dessa vez e verificamos que é o mesmo animal ", explica Camila.
A tartaruga tem 1,49 metro de carapaça, como maiores chegam da espécie ter um 1,8 metro. O monitoramento das tartarugas é feito desde 2007 pelo Laboratório de Ecologia e Conservação de Mamíferos e Tartarugas Marinhas do CEM, em parceria com o Projeto Tamar.

Camila explica que essa tartaruga costuma fazer os ninhos no Norte Litoral do Espírito Santo e que não há registro na ciência sobre o nascimento de filhotes da tartaruga-gigante no Litoral do Paraná.
Preserve os ninhos da tartaruga-gigante

Até o momento existem cinco ninhos e em cada um pueden ter Sido ovos desovados até cem, mas não é Possível saber se todos foram fecundados. "Podem nascer 500 tartarugas também como pode não nascer nenhuma", diz Camila. Os biólogos constataram em que já existem três ovos ninhos, entretanto eles não mexeram nos ninhos porque isso poderia destruí-lo ou modificar uma estrutura feita pelo animal. "A tartaruga faz o ninho deixando as condicoes ideais para o nascimento dos filhotes, como por exemplo a quantidade de oxigênio correta. Por isso fazemos o acompanhamento sem mexer nos ninhos ", destaca uma bióloga.

Os estudiosos do Laboratório de Ecologia e Conservação do CEM medem a temperatura do ninho às 6 e às 18 horas desde o dia 28 de novembro eo trabalho DEVE IR, ao menos, até 10 de fevereiro. Para que os machos nasçam uma temperatura tem que estar entre 27 e 31 graus, já as fêmeas necessitam de temperaturas acima de 31 graus. A temperatura do Litoral tem ficado entre 28 e 29 graus.

Os biólogos do CEM pedem que os veranistas ajudem a preservar os ninhos e de forma alguma invadam os cercados. “O ninho de Barrancos foi pisoteado. A população deve nos ajudar para que isso não aconteça”, afirma a bióloga Camila Domit, do CEM.

Se alguém observar que pessoas entraram nos cercados ou estão mexendo nos ninhos devem denunciar à Força Verde da Polícia Militar, que auxilia os biólogos do CEM nos cuidados com os ovos.


O telefone é 0800-643-0304.

A orientação do CEM é que não se cave perto dos ninhos, para que a estrutura não seja modificada. “Se o veranista observar que existem pessoas próximas do ninho ou tentando invadi-lo, converse e explique sobre a necessidade de preservá-los. Ou então ligue para a Força Verde”, explica a bióloga (FL).

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010


Brasil perde Zilda Arns

"Quem dedica seu tempo a uma causa, ou a pessoas que precisam de apoio, coloca em prática a essência da religião, que é a fraternidade", afirma. Para ela, o trabalho voluntário carrega a mística cristã do amor sem limites e auxilia quem o exerce a encontrar o equilíbrio necessário entre vida pessoal e profissional. "Ao desenvolver a espiritualidade em contato com o próximo, criamos referências importantes, que nos auxiliam a solucionar questões emocionais complexas."

Zilda afirma que o trabalho voluntário também contribui para disseminar uma proposta de paz. Para que qualquer pessoa possa ter uma índole pacífica, é necessário que ela seja bem cuidada. "Ao se dedicar às crianças, aos pobres, aos idosos e aos doentes, o voluntário nada mais faz do que propagar harmonia", diz. Em sua visita a Guiné-Bissau,ela viu isso de perto. "Fiquei emocionada ao ver muçulmanos, batistas e católicos trabalhando lado a lado nas comunidades como se fossem irmãos de sangue, em prol de uma causa comum." Cuidar do outro também tem efeitos sobre a auto-estima e permite que se conquiste uma compreensão diferenciada sobre a condição humana.

Zilda sempre diz que a inspiração para a Pastoral veio da passagem bíblica, narrada no evangelho de São João, na qual Jesus multiplica cinco pães e dois peixes em alimento suficiente para saciar 5 mil famintos. Seu
foco na mobilização comunitária faz lembrar o provérbio de origem africana: a educação de uma criança requer a participação de toda a aldeia.
“Porque o exemplo que ela deu, na hora da morte, de amor à pastoral. Ela morreu trabalhando pelas crianças e ofereceu a vida pela pastoral. Esperamos que as lideranças peguem esse exemplo e jamais deixem o trabalho morrer”, disse Eunice.

A médica pediatra e sanitarista Zilda Arns, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, morreu aos 75 anos vítima do forte terremoto abalou o Haiti na terça-feira (12).Arns teria deixado a embaixada em companhia de um militar e da assessora e ido até o prédio onde funcionava um serviço de ajuda humanitária, que desabou. Com o terromoto, uma laje do edifício caiu e atingiu a coordenadora da Pastoral da Criança. Ela não resistiu e morreu.

Irmã do cardeal-arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, Zilda estava em Porto Príncipe para um encontro com bispos e realizaria, às 10h desta quarta-feira, uma palestra sobre a Pastoral da Criança na Conferência Nacional dos Religiosos do Caribe. Na quinta-feira, teria um encontro com representantes de ONGs. A viagem de volta ao Brasil estava prevista para esta sexta-feira (15).

O governador do Paraná, Roberto Requião, decretou luto oficial de três dias no estado pela morte da amiga. "Grande perda para o Brasil e dor para os amigos", disse o governador.

O governador Roberto Requião inaugurou,o Centro de Atendimento Integrado ao Adolescente e à Criança, em Florestópolis, região Norte do Estado. O espaço homenageia a fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns Neumann, que também participou da inauguração. Ela foi uma das idealizadoras do projeto, que forma crianças e adolescentes pobres para uma vida digna, com prioridade aos valores que envolvam família e sociedade.

“A construção é fácil, agora vem a verdadeira tarefa, que é o projeto pedagógico e a capacitação dos funcionários, que são a alma do projeto. A estrutura está pronta e seu funcionamento depende da dedicação e inteligência dos professores e funcionários”, afirmou Requião. “É um grande projeto que veio pelas mãos da Zilda Arns.”

Zilda Arns lembrou que Florestópolis recebeu o projeto-piloto da Pastoral da Criança e disse esperar que a comunidade faça do Centro Integrado o sucesso que fez da Pastoral. “Desejo que o povo faça daqui um verdadeiro centro de atendimento integrado, voltado para o desenvolvimento físico, social, mental, esportivo e cognitivo das crianças.”

Ela defende que investir na educação das crianças significa trabalhar para a redução da violência. “Precisamos fazer com que nossas crianças e adolescentes sejam, não somente protegidos, mas preparados para o futuro. É no começo da vida que se formam os valores culturais, por isso a educação deve ser voltada para a justiça e a paz”, disse.

O prefeito de Curitiba, Beto Richa também comentou a morte de Zilda "Não existe sensação de perda maior. A humanidade perde com a ausência dela"

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte de Zilda Arns, segundo o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim. "O presidente estava absolutamente chocado, lamentou muito. (Zilda) é uma pessoa de grande projeção no País", afirmou Amorim.

Foi com surpresa que o arcebispo de Londrina, dom Orlando Brandes, recebeu a notícia da morte, “Pelo fato da pastoral da criança ter nascido na Arquidiocese de Londrina, dona Zilda tinha um carinho muito especial com nossa arquidiocese, e com Florestópolis”, afirmou o arcebispo. Florestópolis, no Norte do Paraná, foi a cidade em que o trabalho teve início, em 1983. A cidade foi escolhida, porque apresentava um índice de 127 crianças mortas a cada mil nascidas vivas.

Com a redução drástica da mortalidade infantil em Florestópolis para 28 mortes por mil habitantes, logo no início dos trabalhos, Zilda Arns foi convidada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) a apresentar o projeto a outros bispos do Brasil. Zilda foi convidada por eles a implantar a pastoral em diversas dioceses (cidades) do país. O trabalho chamou a atenção do Unicef, que internacionalizou a prevenção à mortalidade infantil, levando a pastoral da criança para diversos países.

Zilda Arns implantou métodos simples para prevenir a mortalidade infantil.

“Ela trouxe a prevenção para evitar as mortes, como aplicação rigorosa de vacinas, aleitamento materno e mais amor e carinho na hora da amamentação, além de uma boa hidratação para crianças com diarreia, porque as crianças morriam muito de desidratação. Tudo isso para salvar vidas”
“Era muito inteligente, culta e viajada, mas ao mesmo tempo muito humilde, simples e compreensiva. Sabia entrar na casa de um presidente da república, mas também na casa de um favelado”

“Dona Zilda tinha um amor incontestável pela Igreja Católica, mantendo na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), um grande canal de diálogo e comunicação”

Vida dedicada à saúde pública

Nascida em 25 de agosto de 1934, em Forquilhinha (Santa Catarina), Zilda Arns Neumann morava em Curitiba desde os 10 anos de idade, quando se mudou com a família. Deixou cinco filhos e dez netos.

Formada em Medicina, escolheu o caminho da saúde pública desde cedo. Trabalhou inicialmente como pediatra do Hospital de Crianças Cezar Pernetta, na capital paranaense, e posteriormente como diretora de Saúde Materno-Infantil, da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná.

Em 1980, foi convidada a coordenar a campanha de vacinação Sabin para combater a primeira epidemia de poliomielite, que começou em União da Vitória, no Paraná.

Em 1983, a pedido da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), criou a Pastoral da Criança com Dom Geraldo Majela Agnello, cardeal e arcebispo primaz do Brasil, que na época era arcebispo de Londrina. Em 27 anos de trabalho, a Pastoral conta com a ajuda de mais de 260 mil voluntários e atende quase 2 milhões de gestantes e crianças menores de seis anos e 1,4 milhão de famílias pobres, em 4.063 municípios brasileiros.

Em 2008, mais de 1,9 milhão de gestantes e crianças menores seis anos e 1,4 milhão de famílias pobres foram acompanhados pela ONG em 4.063 municípios brasileiros. Ao todo, a Pastoral conta com mais de 260 mil voluntários que levam conhecimentos sobre saúde, nutrição, educação e cidadania para as comunidades mais pobres.

No ano de 2004, também a pedido da CNBB, fundou a Pastoral da Pessoa Idosa que atende 129 mil idosos acompanhados, todos os meses, por 14 mil voluntários.

Reconhecida nacionalmente e internacionalmente pelo trabalho que realizav
a, Zilda Arns era cidadã honorária de 10 estados e 35 municípios. Recebeu títulos de doutor honoris causa de cinco universidades: Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Universidade Federal do Paraná, Universidade do Extremo-Sul Catarinente de Criciúma, Universidade Federal de Santa Catarina e Universidade do Sul de Santa Catarina.

Entre os prêmios que recebeu ao longo da carreira estão o Woodrow Wilson, da Woodrow Wilson Fundation, em 2007; o Opus Prize, da Opus Prize Foundation (EUA); Heroína da Saúde Pública das Américas (OPAS/2002); 1º Prêmio Direitos Humanos (USP/2000); Personalidade Brasileira de Destaque no Trabalho em Prol da Saúde da Criança (Unicef/1988); Prêmio Humanitário (Lions Club Internacional/1997) e Prêmio Internacional em Administração Sanitária (OPAS/ 1994). Em 2006, foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Meio Ambiente e a Camada de Pré-sal


Descobertas recentes de petróleo a sete mil metros abaixo da superfície do mar podem alçar o Brasil a um status de potência petrolífera e econômica e ainda tornar o nosso país uma das maiores potências do aquecimento global.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, no Brasil, parcela representativa da demanda energética é atendida pelos combustíveis derivados de petróleo e gás natural, sendo que o petróleo responde por quase 90% do consumo no setor de transportes. O país possui cerca de 29 bacias sedimentares onde, das reservas de petróleo identificadas, 90% estão no mar. A conciliação da exploração e produção de petróleo com a conservação ambiental requer instrumentos de controle ambiental específicos de modo a prevenir e/ou mitigar os danos ambientais decorrentes da atividade.

Os impactos ambientais potenciais da indústria petrolífera são variados, sendo os mais conhecidos da população aqueles associados aos vazamentos nos petroleiros e terminais de petróleo, que provocam a contaminação e degradação ambiental de mares e praias. Entretanto, outros impactos ambientais são inerentes à atividade, que pode provocar: alterações da qualidade da água e contaminação de sedimentos marítimos, interferência com rotas de migração e período reprodutivo de cetáceos, quelônios, sirênios e grandes pelágicos; interferência em áreas coralíneas, manguezais e na atividade pesqueira artesanal.

A perfuração marítima pode ocasionar impactos relacionados à toxidade dos fluídos de perfuração, deposição de cascalho no fundo do mar, principalmente em áreas de corais, além de vazamentos de óleo. Na fase de produção marítima podem ocorrer vazamentos e impactos associados ao descarte da água de produção, bem como impactos sobre a socioeconomia ocorrendo significativa mudança na estrutura e organização da sociedade regional pelo aquecimento da economia provocado pela indústria do petróleo.

A Favor

Tão importante quanto o próprio petróleo, o gás natural que existe nas camadas do pré-sal poderá ajudar o Brasil a resolver o impasse na Bolívia. “Não ficamos mais sujeitos a instabilidades políticas como o caso da Bolívia, pois não dependemos mais da importação”.
Além disso, o gás natural poderá atender a futura necessidade energética do país, com um menor impacto ambiental.
Se o Brasil não quiser partir para o uso de carvão ou energia nuclear, poderá utilizar o gás natural do pré-sal para suprir esta demanda.
Schaeffer, que integra o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), ressalta ainda que o grande vilão do aquecimento global não é necessariamente o petróleo.
“Se pensarmos, o carvão é muito pior”, comenta.

Segundo o cientista, se todo o consumo de carvão do mundo fosse substituído por gás natural, o setor energético reduziria as emissões de dióxido de carbono (CO2) pela metade.

Os contras

A exploração do pré-sal é um risco ao processo de consolidação do Brasil como líder mundial em energias renováveis. Ou seja, ao privilegiar o petróleo em sua matriz energética, o país corre o risco de seguir na contramão do que buscam os demais países: alternativas que reduzam suas atuais emissões de carbono.

"O Brasil tem hoje 44% de sua energia proveniente de fontes renováveis. Essas novas reservas de petróleo não vão durar para sempre, além de contribuir para elevar as emissões de carbono que deverão ser taxadas. Portanto, o Brasil vai entrar em uma situação hoje enfrentada pelos grandes produtores de petróleo"

"Certamente, os recursos disponíveis para energias alternativas irão diminuir. A exploração do pré-sal vai custar pelo menos de 100 bilhões a 200 bilhões de dólares. O programa de etanol se mantém porque está nas mãos da iniciativa privada. Já o biodiesel, que era fortemente subsidiado, praticamente desapareceu. Agora vamos ver o que vai acontecer com a energia eólica".

85% da energia brasileira vêm da hidroeletricidade. Em 2030, contudo, os locais disponíveis para obtenção desta energia sem a agressão ao meio ambiente terão praticamente se esgotado. “Com o consumo crescendo, vamos ter que tirar esta energia de algum lugar”,

Cálculos do Greenpeace indicam que se a CCS não cumprir tudo o que a tecnologia promete, e o Brasil estiver usando todas as reservas estimadas do pré-sal, estaremos emitindo ao longo dos próximos 40 anos em torno de 1,3 bilhão de toneladas de CO2 por ano só com refino, abastecimento e queima de petróleo.

“Ainda que o desmatamento da Amazônia seja zerado nos próximos anos, tudo indica que as emissões decorrentes do pré-sal podem anular o seu impacto positivo e manter o Brasil entre os três maiores emissores de CO2 do mundo”, alerta Baitelo. Num mundo que enfrenta uma crise climática sem precedentes e onde já se criou um consenso entre os países de que é fundamental evitar que o aquecimento médio da Terra ultrapasse os 2º graus Celsius, seria normal imaginar que o governo brasileiro estivesse trabalhando duro na busca de soluções para reduzir ao máximo os impactos ambientais do pré-sal.

Os oceanos são um importante regulador climático”, explica Leandra Gonçalves, coordenadora da Campanha de Oceanos do Greenpeace. “Eles funcionam como o maior sumidouro de carbono do planeta, com capacidade para absorver até 50% das emissões geradas pela atividade humana.

“O aumento das emissões tem efeito nocivo nos mares, porque elas contribuem para o aumento médio da temperatura da água. Mares mais quentes têm menos capacidade de absorção de CO2”, continua Gonçalves. Além disso, concentrações excessivas de CO2 provocam acidificação nos oceanos, comprometendo a saúde dos corais, berços importantes da biodiversidade marinha. “No Brasil, já foram detectados indícios claro de decadência de estruturas de corais na costa de São Paulo e em Abrolhos, no litoral baiano.”

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010


O Combustível do Futuro ?

Mais recentemente, o etanol vem sendo considerado um gerador em potencial de biodiesel, apesar de outras matérias-primas originarem outros tipos de biodiesel, e o mundo hoje aposta no Etanol como substitudo da gasolina no futuro, já que a humanidade enfrenta sérios problemas ligados à emissão de gases nocivos à Camada de Ozônio, como o monoxido de carbono (CO), e que podem trazer sérias consequüências às gerações futuras.


Um dos principais temas de discussão no mundo moderno é o papel da energia na sobrevivência e no desenvolvimento da civilização humana, e o risco de destruição do ambiente por uso indiscriminado de energia. A energia pode ser gerada em usinas atômicas e usinas hidroelétricas, mas boa parte da energia utilizada hoje provém da queima de combustíveis, que são compostos orgânicos; por isso a preocupação com os problemas de energia faz parte obrigatoriamente da consciência dos químicos orgânicos.

Sabemos que os combustíveis fósseis (gasolina, gás natural) são importantes fontes de energia e matéria-prima para a manutenção da vida e da civilização. No entanto, eles não são recursos renováveis, isto é, estará esgotado em um futuro próximo, motivo de preocupação e de decisões. No futuro, contaremos com a energia obtida da fissão nuclear – igualmente não-renovável – e a energia de recursos renováveis, que podem ser substituídos periodicamente pelo crescimento sazonal das plantas.

O conceito de energia renovável provém das seguintes considerações: sem a influência do ser humano, a Terra recebe energia exclusivamente do Sol e perde energia para o espaço em um processo equilibrado que mantém a temperatura média constante; parte da energia recebida do Sol é utilizada pelas plantas para transformar CO2 e H2O em compostos orgânicos, que são utilizados pelos animais para gerar novamente energia CO2, mantendo constante também a concentração de CO2 na atmosfera; outra parte é utilizada para transformar água em vapor ou para movimentar o ar, sendo depois convertida em calor nas chuvas, ventos, cachoeiras, etc. A energia produzida por usinas hidroelétricas, portanto, não deve alterar a temperatura média da Terra, pois ela seria mesmo transformada em calor de uma forma ou de outra, e é renovável porque a água sempre reinicia o seu ciclo de evaporar e condensar, retornando ás cachoeiras; da mesma forma, a energia produzida por combustíveis como o etanol (proveniente da fermentação do caldo de cana) também não é uma energia adicionada ao ambiente, pois seria transformada em calor de qualquer madeira; e é renovável porque pode-se plantar mais cana para absorver a energia solar e produzir mais etanol.

Da cana-de-açúcar, recurso renovável, é obtido um dos combustíveis utilizados no Brasil: o álcool etílico ou etanol (C2H5OH). Outros vegetais ricos em açúcar, como beterraba e frutas, em amido, como mandioca, arroz e milho, e em celulose, como madeira – principalmente dos eucaliptos -, também podem ser utilizados para produzir etanol.

Frota verde tenta reviver o Proálcool

O pontapé para a reativação do Proálcool foi dado pelo governo, por meio da Lei nº 9.660. Entre outros pontos ela instituiu a “frota verde“, obrigando a troca de toda a frota Federal por modelos a álcool num prazo de cinco anos. As exceções são carros de combate e de transporte de tropas do Exército. Veículos adquiridos com incentivos fiscais também terão de ser movidos com o combustível (como táxis), e grupos de consórcio destinados à aquisição de veículos a álcool terão prazo de duração maior.

Combustão

Os alcoóis, em excesso de oxigênio, queimam (combustão completa), produzindo CO2 e H2O. A combustão do álcool limpo contribui para a redução do efeito estufa e diminui substancialmente a poluição do ar, minimizando os seus impactos na saúde pública.

Preço do álcool sobe

O preço do álcool subiu nos postos de combustível de todo o Paraná nas últimas semanas e deixou de ser vantajoso para o motorista na hora de encher o tanque, os donos de postos afirmam que estão repassando para o consumidor o reajuste aplicado pelas distribuidoras. O aumento seria resultado da falta do combustível no mercado, por causa do período de entressafra.

De acordo com a pesquisa semanal de preços, realizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o valor médio do litro do álcool no Paraná era de R$ 1,71 na semana de 27 de dezembro a 2 de janeiro. Mas foram encontrados postos vendendo o combustível a até R$ 1,99. Já o menor preço praticado no estado era R$1,53.

A pesquisa realizada no mês de novembro apontou que o álcool era vendido em média por R$ 1,69 no Paraná. Apesar do aumento, o valor do álcool ainda é o quarto mais baixo entre todos os estado brasileiros, atrás apenas de Mato Grosso (R$ 1,60), Goiás (R$ 1,65) e São Paulo (R$ 1,67). Amapá é o estado onde o álcool registra o preço mais elevado nas bombas, R$ 2,17.

Segundo o telejornal, para saber qual combustível é mais vantajoso basta dividir o valor do litro do álcool pelo da gasolina. Se o resultado for maior que 0,70, é melhor encher o tanque com gasolina.

sábado, 9 de janeiro de 2010


Capital paranaense tem média de 1,7 veículo por habitante

A frota de veículos dobrará em Curitiba nos próximos 10 anos, atingindo 2,1 milhões de veículos, se for mantido o ritmo de crescimento de 38,63% dos últimos cinco anos (2003-2008). Hoje a cidade já é a capital mais motorizada do país – tem 1 veículo automotor para 1,63 habitante –, com uma frota de 1.097.030 unidades para uma população de 1.828.092 – dados de 2008.

As ruas da capital estão congestionadas porque a frota da cidade e do entorno não para de crescer. Curitiba pulou de 791.286 veículos em 2003 para 1.097.030 em 2008. E a frota continua esticando. Eram 1.111.013 veículos em abril deste ano, serão mais de 1,5 milhão em 2013, passando dos 2,1 milhões em 2018, caso o ritmo se mantenha.

Por enquanto, em Curitiba, ainda é mais barato andar de carro do que de ônibus em pequenos percursos (inferiores a 7 km). A prova é que o transporte coletivo da capital perdeu 600 mil passageiros por mês de janeiro a abril deste ano. Já sobre o uso de bicicletas, a prefeitura ainda não encontrou uma solução para explorar seis bicicletários existentes na cidade.
“O curitibano é muito egoísta”, reclama. “Não te dá espaço, além do péssimo hábito de buzinar.”

Cidade tem vias mais lentas que a média de São Paulo

O aumento de até 8% ao ano na frota de veículos que circulam por Curitiba tem se tornado preocupante. Os 500 carros que entram diariamente em circulação na capital levam o trânsito a beira o caos. Somando-se aos cerca de 1,043 milhão que já ocupam seu espaço, segundo o Departamento de Transito do Estado do Paraná (Detran-PR), o aumento revela uma média de menos de duas pessoas por veículo. A média de 1,7 supera o da maior metrópole do país, a cidade de São Paulo, cujo índice é de 2,5 pessoa por veículo e perde apenas para Brasília 1,2.

A lentidão no trafego toma proporções caóticas nos horários de pico, entre as 7h e 8h, e entre 18h e 19h30, quando grande parte da frota está em uso. É nesses horários que o taxista Airto Luiz de Freitas leva até 15 minutos a mais para fazer um percurso de apenas 10 km. Segundo o motorista, a mudança que viu nos últimos 50 anos foi drástica. Para ele a única solução é restringir a aquisição de veículos. “As pessoas vão continuar comprando carros e depois de um tempo tudo volta a ficar caótico. A única solução é dificultar a compra”, opina.

Segundo o engenheiro Marcelo de Freitas, do Setor de Mobilidade, da Urbanização de Curitiba (URBS), o principal fator da crise é a falta de estrutura da cidade, “as cidades foram planejadas há décadas, a população cresceu, assim como a frota; mas a área da cidade é limítrofe, continua a mesma. A cidade não foi estruturada para a demanda do trafego que existe hoje”, afirma. As obras da linha verde, que visam facilitar o uso de transportes coletivos, a escala de horários de estacionamento, e os binários que estão sendo implantadas por toda a capital, segundo Freitas, são algumas das medidas tomadas para melhorar a qualidade viária e facilitar o tráfego. As soluções, no entanto, têm prazo de validade, “Se a tendência é frota crescer sempre, é preciso que as políticas e obras de trânsito também passem por manutenção sempre”, conclui.

Alternativas
Outras medidas, além da escala de horários para estacionamento e obras, já estão sendo analisadas pela Autarquia opções para reduzir o trafego em Curitiba. Entre elas, estaria o pedágio urbano que limita o trafego de veículos no centro da cidade por meio da cobrança de taxas para circulação. Outra alternativa, seria o rodízio de veículos, que prevê a alternância dos carros cujas placas têm final par e impar.

A primeira solução, segundo o gerente de Serviços de Táxi e Transporte Comercial da URBS, José Carlos Gomes Pereira Filho, é uma medida totalmente impopular. “Somente as pessoas que trabalham na área de transito a consideram viável cobrar pedágio”, argumenta. Já o rodízio de placas é considerado uma medida de pouco resultado. “Privar as pessoas do uso de seus veículos é uma medida drástica que só devera ser tomada em situações limites”, reiterou.

Uma terceira opção, ainda em planejamento, é a implantação do metrô. Segundo a URBS as licitações das empresas que deverão fazer o planejamento da obra já estão sendo analisadas e espera-se que as obras possam ser iniciadas até 2014.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010


2ª Reunião de Curitiba sobre Cidades e Biodiversidade, organizada pelas Nações Unidas.


O evento acontece no Parque Barigui de 6 a 9, e contará com a presença de algumas das maiores autoridades ambientais do planeta.

A reunião é o primeiro grande encontro internacional sobre meio ambiente após o encerramento da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP), em Copenhague, na Dinamarca.

Entre os presentes estão confirmados o argelino Ahmed Djoghlaf, secretário-executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU, Mah Bow Tan, ministro do Desenvolvimento Nacional de Cingapura, o biólogo e documentarista canadense Jean Lemire, a sul-africana Kobie Brand, diretora do Conselho Internacional para as Iniciativas Ambientais Locais, Jürgen Nimptsch, prefeito de Bonn, na Alemanha e Martha Delgado Peralta, secretária do Meio Ambiente do México, entre outros convidados.

O Brasil será representado por Izabella Teixeira, secretária-executiva do Ministério do Meio Ambiente.

A reunião é preparatória para a Conferência das Partes sobre Diversidade Biológica (COP 10) da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nagoya, no Japão, em outubro de 2010.

As discussões e fóruns servirão de base para a definição de um Plano de Ação sobre a Biodiversidade dentro do Contexto Urbano, que será usado também em várias atividades ao longo de 2010, entre elas o Fórum Urbano Mundial 5, em março, no Rio de Janeiro e eventos que acontecerão este ano em Shangai, na China: a EXPO 2010, maio a outubro e a World Summit & City Centre for Urban Conference, em junho.

2010 - Ano Internacional da Biodiversidade

O ano de 2010 foi instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2006 como o Ano Internacional da Biodiversidade.

Biodiversidade pode ser definida como a "variabilidade entre os organismos vivos de todas as origens, incluindo os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos dos quais fazem parte; compreende a diversidade dentro de cada espécie, entre as espécies e dos ecossistemas".

As questões de biodiversidade estão ligadas ao nosso dia a dia tanto na forma de sobrevivência, com alimentação e água, até questões culturais.

Os seres humanos partilham o planeta com 13 milhões de espécies vivas distintas, onde estão incluídas plantas, animais e bactérias, das quais somente 1,75 milhões possuem nome e estão classificadas.

Biodiversidade ou diversidade biológica (grego bios, vida) é a diversidade da natureza viva. Desde 1986, o termo e conceito têm adquirido largo uso entre biólogos, ambientalistas, líderes políticos e cidadãos conscientizados no mundo todo. Este uso coincidiu com o aumento da preocupação com a extinção, observado nas últimas décadas do Século XX.

Refere-se à variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos macroscópicos e de microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, hábitats e ecossistemas formados pelos organismos.

O Brasil detém de 15 a 20% da biodiversidade mundial, é o país mais megadiverso do mundo. Manter a biodiversidade frente ao impacto humano, responsável pela degradação de habitats, poluição, mudança climática é um grande desafio. Destruir a biodiversidade é destruir a possibilidade de existência continuada da vida em geral.

No Paraná foi lançado o Programa Estadual de Espécies Exóticas Invasoras, que envolve todas as iniciativas que estão sendo executadas desde 2005. O Programa vai atuar na prevenção, controle, monitoramento, capacitação técnica, informação, bases legais e políticas públicas relacionadas às espécies exóticas. A portaria 192/2005 do Instituto Ambiental do Paraná regulamenta a retirada destas espécies de Unidades de Conservação.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010


Assentamentos alimentam o comércio clandestino de madeira no interior


A falta de uma política bem definida e coordenada para a reforma agrária ficou mais uma vez evidenciada na operação realizada pela Polícia Federal na última semana, em Quedas do Iguaçu, região sudoeste do Paraná. No maior assentamento do Estado, ocupado pelo MST desde 1996, a PF descobriu um gigantesco esquema de corte e venda ilegal de madeira. A área onde foi descoberto o crime ambiental equivale a duas vezes a cidade de Curitiba e já é conhecida como o maior desmatamento paranaense.

A Operação Tolerância Zero se concentrou no assentamento Celso Furtado e teve um investimento de R$ 500 mil, custeados pelo Incra. Ao todo, 498 policiais militares e federais foram mobilizados em uma investigação que já durava seis meses. Até um helicóptero se juntou a 180 viaturas para percorrer 12 municípios da região. O resultado foi a apreensão de 107 caminhões com madeira de corte ilegal. Além disso, 15 pessoas foram presas e 35 madeireiras interditadas.

A participação de assentados foi comprovada pela polícia. No entanto, as terras pertencem ao Incra, que não faz o repasse dos títulos de propriedade. Com isso, os envolvidos no desmatamento ilegal não responderão por crime ambiental. Afinal, a área ainda é patrimônio da União. Além dessa falha na política de reforma agrária, não há muitas alternativas aos assentados. Foi o que relatou à “Gazeta do Povo” a assentada Salete da Silva, 37 anos. “Aqui nem horta dá. Por que deram para gente uma área que não dá para plantar e não deixam cortar madeira? Será que a gente vai ter que viver para sempre na miséria?”, questionou Salete. O Incra se defende dizendo que “estaria” preparando alternativas de renda para as famílias.

São quase três mil famílias vivendo nos quatro maiores assentamentos da região, em uma área de 82 mil hectares. O Incra investiu R$ 132 milhões para a compra da fazenda, considerada a maior transação já realizada no Brasil para a reforma agrária. Porém, o valor pago pelo meio ambiente é muito mais alto.

Cronologia da destruição

Foi há 13 anos que o MST invadiu o local, situado em uma região de junção entre a Floresta de Araucária e a Floresta Estacional Semidecidual, área com uma grande e característica diversidade biológica. O resultado foi a degradação ambiental e o desaparecimento da fauna e flora presentes na localidade.

17/04/96 – Invasão de 3 mil famílias lideradas pelo MST, envolvendo 10 mil pessoas;

05/07/96 – Primeiras denúncias ao Ibama e IAP sobre a derrubada da floresta nativa e a caça indiscriminada de animais silvestres;


02/08/96 – Relatório do Ibama alerta sobre o perigo da degradação ambiental irreversível;

09/08/96 – Ibama encaminha relatórios ao INCRA pedindo que cessem o desmatamento e a caça;

16/01/97 – Área de 16.852,16 hectares são destinados para a reforma agrária;

05/08/97 – Invasão do MST ocupando 10 mil hectares remanescentes;

09/10/97 – Novas denúncias de desmatamento. O Ibama só consegue entrar na área, após autorização do MST;

1999 a 2000 – Três novas invasões promovidas pelo MST com completa devastação devido ao desmatamento e às queimadas;

2009 – Operação Tolerância Zero da PF apreende 107 caminhões com madeira de corte ilegal. 15 pessoas são presas e 35 madeireiras fechadas.


Crime

A madeira e os caminhões confiscados lotam o pátio da 2.ª Companhia da Polícia Militar em Quedas do Iguaçu. “Mesmo com as apreensões, a derrubada de madeira continua dentro do assentamento. A extração ou transporte de madeira ilegal é crime e os responsáveis serão responsabilizados conforme a lei”, diz o delegado de Quedas do Iguaçu, Douglas Possebon, que investiga a ação dos assentados e os madeireiros da região.

As lideranças do MST na região de Quedas do Iguaçu não quiseram comentar as denúncias feitas pela polícia. Os proprietários de madeireiras também preferem não falar sobre o assunto. Para o tenente Marchetti, a extração ilegal abastece o comércio clandestino de madeira nas regiões Sudoeste, Centro-Oeste e Oeste do estado. Cada carga é vendida por valor variando entre R$ 300 e R$ 500, mais depois de processada vale até vinte vezes mais no mercado.

O comandante da 2.ª Companhia, tenente Renato Marchetti, informou que as toras apreendidas seriam levadas para Santo Antônio do Sudoeste e Dois Vizinhos. De acordo com a PM, toda a madeira apreendida neste ano em Quedas do Iguaçu foi extraída ilegalmente do assentamento Celso Furtado, que é ligado ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra).

Com 23,7 mil hectares e 973 famílias, o Celso Furtado foi criado no ano passado pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para servir de modelo ao sistema de reforma agrária no país. Mais da metade dos 23,7 mil hectares do assentamento precisa ser protegida porque forma reserva legal (24%), área de preservação permanente (6%) e de reflorestamento de pinus e araucária (30%). A extração ilegal, segundo a polícia, ocorre na área de reflorestamento, que equivale à cerca de 4,5 mil hectares cobertos de araucária e pinus, além de uma pequena quantidade eucalipto.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010





Give Peace a Chance (Dê Uma Chance A Paz)

Todos estão falando sobre
Bagismo, Shaguismo, Draguismo, Madismo, Ragismo, Tagismo
Esse ismo, ISMO, ISMO
Tudo o que dizemos é dê uma chance a paz

Todos estão falando sobre
Ministro, Sinistro, Corrimãos e Latas,
Bispos, Peixes, Coelhos, Olhos Abertos, Bye, bye
Tudo o que dizemos é dê uma chance a paz

Todos estão falando sobre
Revolução, Evolução, Masturbação, Flagelação, Regulação,
Integrações, mediações, nações unidas, - parabéns
Tudo o que dizemos é dê uma chance a paz

Todos estão falando sobre
John e Yoko, Timmy Leary, Rosemary,
Tommy Smothers, Bobby Dylan, Tommy Cooper,
Derek Taylor, Norman Mailer, Alan Ginsberg, Hare Krishna
Hare Hare Krishna
Tudo o que dizemos é dê uma chance a paz ...