CRIMES DE GUERRA-ABUSO SEXUAL
Soldados de todos os países, em sem exceção, praticaram abusos sexuais contra as mulheres de territórios ocupados – o que, aliás, é uma tradição que se perde na história.
Na Segunda Guerra, os japoneses se destacaram como senhores de ‘escravas’ – um fato histórico que só agora o povo japonês começa a debatê-lo – era tabu.
Recentemente o governo japonês admitiu a existência de escravas sexuais – e ainda assim porque foi forçado por países que estiveram ocupados por seus soldados, como as Coréias, China, Vietnã e Malásia, as mulheres foram forçadas, segundo as autoridades, a servir de escravas sexuais ao Exército japonês durante a II Guerra Mundial.
Kiyoko Furusawa conta histórias de terror que ainda hoje assombram as mulheres de Timor-Leste, como a de Marta Abu Bere que, durante a ocupação japonesa do país (1942 a 1945), chegou a ser violada por dez militares diferentes por noite, todas as noite. Destino idêntico - a escravidão sexual - tiveram pelo menos 270 mulheres de Timor-Leste levadas pelo exército."Muitas delas eram muito jovens, nem sabiam o que era o sexo e por isso tinham muito medo. Para além de terem relações com os soldados durante a noite, eram forçadas durante o dia a construir estradas, a trabalhar na agricultura e a fazer comida", contou a professora da Universidade Cristã das Mulheres de Tóquio ao jornalista da Lusa, Rui Boavida. "A 'avó' Marta disse que nessa altura até tinha inveja dos animais domésticos. Eles podiam dormir durante a noite", refere Furusawa. "Diversas mulheres que recusaram a escravidão e as torturas sexuais foram executadas."
Durante conflitos armados, garotas e mulheres são ameaçadas de estupro, violência doméstica, exploração sexual, tráfico, humilhação e mutilação sexual. O uso do estupro e de outras formas de violência contra mulheres têm se tornado uma estratégia de guerra de todos os lados envolvidos num conflito.
Na Segunda Guerra, os japoneses se destacaram como senhores de ‘escravas’ – um fato histórico que só agora o povo japonês começa a debatê-lo – era tabu.
Recentemente o governo japonês admitiu a existência de escravas sexuais – e ainda assim porque foi forçado por países que estiveram ocupados por seus soldados, como as Coréias, China, Vietnã e Malásia, as mulheres foram forçadas, segundo as autoridades, a servir de escravas sexuais ao Exército japonês durante a II Guerra Mundial.
Kiyoko Furusawa conta histórias de terror que ainda hoje assombram as mulheres de Timor-Leste, como a de Marta Abu Bere que, durante a ocupação japonesa do país (1942 a 1945), chegou a ser violada por dez militares diferentes por noite, todas as noite. Destino idêntico - a escravidão sexual - tiveram pelo menos 270 mulheres de Timor-Leste levadas pelo exército."Muitas delas eram muito jovens, nem sabiam o que era o sexo e por isso tinham muito medo. Para além de terem relações com os soldados durante a noite, eram forçadas durante o dia a construir estradas, a trabalhar na agricultura e a fazer comida", contou a professora da Universidade Cristã das Mulheres de Tóquio ao jornalista da Lusa, Rui Boavida. "A 'avó' Marta disse que nessa altura até tinha inveja dos animais domésticos. Eles podiam dormir durante a noite", refere Furusawa. "Diversas mulheres que recusaram a escravidão e as torturas sexuais foram executadas."
Durante conflitos armados, garotas e mulheres são ameaçadas de estupro, violência doméstica, exploração sexual, tráfico, humilhação e mutilação sexual. O uso do estupro e de outras formas de violência contra mulheres têm se tornado uma estratégia de guerra de todos os lados envolvidos num conflito.
Relatórios produzidos depois do genocídio de Ruanda, em 1994, concluíram que praticamente todas as mulheres acima de 12 anos que sobreviveram foram estupradas.Nos conflitos armados na ex-Iuguslávia, mais de 20 mil mulheres sofreram abuso sexual. Os conflitos também destruíram famílias, aumentando o peso econômico e emocional sobre as mulheres.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) está à procura do líder rebelde ugandês e comandante-em-chefe do Exército de Resistência do Senhor (LRA), Joseph Kony, pelo rapto de 50 raparigas utilizadas como escravas sexuais, indicou a procuradora adjunta desta instância judiciária, Fatou Bensouda. "Os inquéritos mostraram que o LRA não apenas raptava as raparigas para as violar e fazer delas escravas sexuais, mas igualmente que Kony controla todos os aspectos do rapto, da atribuição das raparigas a comandantes e a sua redução à escravidão", indicou Bensouda. "As mulheres são consideradas armas de guerra legítimas, com o gado e os outros bens. Na Idade Média, o acesso sexual sem restrição às "mulheres conquistadas" era utilizado como uma medida de incitação à tomada duma cidade", declarou Bansouda na conferência da FAS.
Crianças-soldado são usadas como combatentes, mensageiras, carregadoreas, cozinheiras e escravas sexuais. Algumas são recrutadas à força ou seqüestradas; outras são levadas a aderir aos exércitos por causa da pobreza, abuso e discriminação, ou em busca de vingança pela violência praticada contra elas e suas famílias. Na República Democrática do Congo (RDC), mais de 200 mil mulheres e garotas sofreram abuso sexual nos últimos 10 anos. Só entre janeiro e outubro deste ano, apenas a organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF) atenderam a 5.700 casos de abusos sexuais.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) está à procura do líder rebelde ugandês e comandante-em-chefe do Exército de Resistência do Senhor (LRA), Joseph Kony, pelo rapto de 50 raparigas utilizadas como escravas sexuais, indicou a procuradora adjunta desta instância judiciária, Fatou Bensouda. "Os inquéritos mostraram que o LRA não apenas raptava as raparigas para as violar e fazer delas escravas sexuais, mas igualmente que Kony controla todos os aspectos do rapto, da atribuição das raparigas a comandantes e a sua redução à escravidão", indicou Bensouda. "As mulheres são consideradas armas de guerra legítimas, com o gado e os outros bens. Na Idade Média, o acesso sexual sem restrição às "mulheres conquistadas" era utilizado como uma medida de incitação à tomada duma cidade", declarou Bansouda na conferência da FAS.
Crianças-soldado são usadas como combatentes, mensageiras, carregadoreas, cozinheiras e escravas sexuais. Algumas são recrutadas à força ou seqüestradas; outras são levadas a aderir aos exércitos por causa da pobreza, abuso e discriminação, ou em busca de vingança pela violência praticada contra elas e suas famílias. Na República Democrática do Congo (RDC), mais de 200 mil mulheres e garotas sofreram abuso sexual nos últimos 10 anos. Só entre janeiro e outubro deste ano, apenas a organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF) atenderam a 5.700 casos de abusos sexuais.
Na RDC, todos os lados estão violentando mulheres e crianças: exército, rebeldes, milícias e até a população civil. - Marcos Batista
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