O papa Bento 16 iniciou uma visita de seis dias à África, o continente que tem a maior parcela de população contaminada pelo vírus da Aids no mundo, reafirmando a posição da Igreja Católica contrária ao uso da camisinha.
Ao mesmo tempo, ao chegar a Camarões, primeira escala de uma visita que incluirá ainda Angola, Bento 16 pediu aos católicos do continente que lutem contra a violência, a pobreza, a corrupção e os abusos de poder -práticas que, segundo ele, têm travado a melhoria das condições de vida na região.Camarões é governado há 26 anos pelo mesmo presidente, Paul Biya, e o país é descrito pelo governo norte-americano como palco de um "lento movimento em direção a reformas democráticas".
Ao mesmo tempo, ao chegar a Camarões, primeira escala de uma visita que incluirá ainda Angola, Bento 16 pediu aos católicos do continente que lutem contra a violência, a pobreza, a corrupção e os abusos de poder -práticas que, segundo ele, têm travado a melhoria das condições de vida na região.Camarões é governado há 26 anos pelo mesmo presidente, Paul Biya, e o país é descrito pelo governo norte-americano como palco de um "lento movimento em direção a reformas democráticas".
Ainda no avião que o levava de Roma à capital camaronesa, Yaoundé, o papa afirmou que a Aids "não pode ser derrotada com a distribuição de preservativos".
A doença já matou mais de 25 milhões de africanos desde o início dos anos 80. Hoje, cerca de 20 milhões de pessoas no continente têm o vírus HIV, e alguns países da região apresentam taxas superiores a 20% da população infectada.Para Bento 16, a camisinha não é a solução, mas, "ao contrário, aumenta o problema".
A visão da igreja é a de que a distribuição indiscriminada de preservativos pode estimular um comportamento sexual que ela vê como irresponsável e que estaria na raiz da epidemia de Aids que o mundo viveu em décadas recentes.
Para a igreja, o ponto crucial da visita à África, no entanto, é outro. O continente é visto como uma "fronteira" de evangelização para todas as grandes religiões monoteístas do mundo, onde elas competem para "receber" fiéis provenientes das inúmeras religiões tradicionais locais.Em Camarões, a "divisão" se dá entre cristãos e muçulmanos. Já em Angola, destino de Bento 16 a partir de sexta-feira, a colonização portuguesa contribuiu para a forte presença católica.
Essa prevalência tem sido ameaçada em anos recentes com o avanço dos protestantes, muitos deles neopentecostais de origem brasileira.
No discurso que fez na chegada a Camarões, o papa disse que "num momento de escassez global de alimentos, de problemas financeiros, e de mudanças climáticas, a África sofre de maneira desproporcional"."Mais e mais pessoas se tornam vítimas da fome, da pobreza e da doença. Eles clamam por reconciliação, justiça e paz, e é isso que a igreja tem a lhes oferecer."
Fonte: http://www.megadebate.com.br
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