Indígenas entram em conflito com produtores no Paraguai
Uma senadora paraguaia e um produtor rural foram agredidos ontem por indígenas em uma área situada no distrito de H, a 70 quilômetros da fronteira de Ciudad del Este e Foz do Iguaçu. A senadora fazia parte de uma comitiva formada por quatro parlamentares que foram até o local averiguar denúncias de que sojicultores brasileiros e paraguaios haviam intoxicado os índios por disputa de terra.
Armados com arco e flecha, os índios fizeram uma barreira na entrada da propriedade e impediram o acesso de qualquer brasileiro no local, inclusive a imprensa. O trânsito era livre somente para jornalistas e parlamentares paraguaios. O produtor rural paraguaio Luiz Alberto Jacquier tentou furar o bloqueio e recebeu uma pedrada.
A senadora Maria Digna Roa, do Partido Colorado, de oposição ao governo, recebeu uma paulada durante a reunião com os indígenas. “Isso é um insulto contra os senadores porque viemos conversar. Os índios estão com lavagem cerebral”, diz.
A senadora Sulma Gómez, do PRLA, que pertence à base de apoio ao governo, disse que a reunião não surtiu resultado. “Não houve acordo porque os índios estão sendo usados por gente do governo que busca confrontação com o setor produtivo”, diz.
Também integravam a comitiva os senadores Marciel González e Ana Maria Mendonza, do partido Pátria Querida.
A senadora Sulma Gómez, do PRLA, que pertence à base de apoio ao governo, disse que a reunião não surtiu resultado. “Não houve acordo porque os índios estão sendo usados por gente do governo que busca confrontação com o setor produtivo”, diz.
Também integravam a comitiva os senadores Marciel González e Ana Maria Mendonza, do partido Pátria Querida.
Os índios ocupam desde fevereiro deste ano uma área equivalente a 2.638 mil hectares que corresponde a terras de nove produtores rurais brasileiros e paraguaios. Eles acusam os sojicultores de terem pulverizado a propriedade com um avião no mês passado, o que teria causado intoxicação em várias pessoas da comunidade. Jornalistas paraguaios que tiveram acesso à propriedade disseram que os indígenas dormem em barracas e não plantam no local porque a justiça impediu qualquer cultivo até que a situação seja resolvida. Eles ainda alegaram à imprensa paraguaia que representam cinco comunidades e possuem título da terra.
Os produtores rurais alegam que os índios estão sendo manipulados e têm apoio do governo porque a Justiça já concedeu reintegração de posse da área, mas a polícia não cumpriu.
No Paraguai há 23 anos, o produtor rural Mário Schimit nunca passou por uma situação difícil, mas agora está há oito meses sem poder trabalhar. Já perdeu a safrinha, plantação de milho e trigo deste ano, e, se não plantar soja em 15 dias, terá mais prejuízo. Atualmente Schmit mora de favor com uma filha em Ciudad del Este. “O prejuízo é incalculável. Mais de US$ 100 mil”, conta.
No Paraguai há 23 anos, o produtor rural Mário Schimit nunca passou por uma situação difícil, mas agora está há oito meses sem poder trabalhar. Já perdeu a safrinha, plantação de milho e trigo deste ano, e, se não plantar soja em 15 dias, terá mais prejuízo. Atualmente Schmit mora de favor com uma filha em Ciudad del Este. “O prejuízo é incalculável. Mais de US$ 100 mil”, conta.
Os produtores prejudicados formaram uma comissão e pretendem pedir indenização ao governo paraguaio para ressarcimento das perdas. A ação está calculada em mais de US$ 4 milhões.
O produtor brasileiro Carlos Augusto Nóbile, que está há mais de 30 anos no Paraguai, argumenta que todos os fazendeiros têm escritura da terra, embora os indígenas também apresentem a deles. “A escritura dos índios é fria, fabricada”.
O produtor brasileiro Carlos Augusto Nóbile, que está há mais de 30 anos no Paraguai, argumenta que todos os fazendeiros têm escritura da terra, embora os indígenas também apresentem a deles. “A escritura dos índios é fria, fabricada”.
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