sexta-feira, 19 de novembro de 2010


O submundo da Igreja Católica:estupro, abortos e abandonos praticados sob os olhos do clero romano.

Os escândalos católicos extravasam qualquer magnitude imaginável de usos e abusos, impossibilitando a sua completa dissecação num mero escrito, num mero livro, ou mesmo numa mera biblioteca. Felizmente a época da informação é imparável, e os lixos católicos escondidos em tapetes luxuosos transbordam em todas as direções.

Casos de padres que violam o voto de castidade não são novidade na Igreja Católica,acusações de pedofilia, homossexualismo ou de assédio por parte de religiosos, mas uma série de documentos divulgados pelo National Catholic Reporter, um jornal semanal independente de Kansas City, nos Estados Unidos, surpreendeu pelos detalhes sórdidos e lançou luz sobre um drama ignorado pela imensa maioria do 1 bilhão de católicos no mundo: os abusos sexuais de padres contra freiras, que incluem estupros e abortos forçados.

O catolicismo sempre apregoou bem alto ao mundo,que as mulheres são seres desprezíveis, inferiores e meros vermes que devem rastejar servilmente aos pés dos homens, especialmente daqueles que envergam estolas de tecido requintado, cruzes em ouro ao peito e anéis.

Disseram os cléricos em toda a sua intrínseca eloquência excelsa católica frases célebres, tais como:

“A mulher é uma ferramenta de Satanás e um caminho para o inferno” de São Jeronimo na Epistola 48:14.

Temos também uma visão inequívoca desta linha de pensamento clerical por Santo Agostinho com as célebres palavras “Mulheres não deveriam ser educadas ou ensinadas de nenhum modo, deveriam, na verdade, ser segregadas já que são causa de horrendas e involuntárias ereções em santos homens” ouÉ Eva, a tentadora, que devemos ver em toda mulher…não consigo ver que utilidade a mulher tem para o homem, tirando a função de ter filhos.” Estas palavras provêm do livro Cidade de Deus do autor Aurelius Augustinus, conhecido como Santo Agostinho.

Deste mesmo autor, podemos extrair mais eruditas misoginias de um escrito denominado De bono conjugali, tais como “Ora, uma serva ou uma escrava nunca tem muitos senhores, mas um senhor tem muitas escravas. Assim, nunca ouvimos dizer que mulheres santas tivessem servido a vários maridos e sim que muitas serviram a um só marido… Isso não é contraditório à natureza do casamento”.

A lista deste genero de pensamentos é excessivamente vasta, que se torna enfadonha aprofundá-la ainda mais. Assim sendo, nada melhor que rematar estas convicções misóginas católicas com a célebre frase de São Odo de Cluny “Abraçar uma mulher é como abraçar um saco de esterco”.

As denúncias foram feitas no decorrer dos últimos sete anos por superioras de ordens diferentes durante congressos oficiais do Vaticano. Isso indica que a Santa Sé sempre soube das acusações. Os documentos não trazem estatísticas, mas indicam que as práticas abusivas ocorreram em 23 países, incluindo o Brasil.

O porta-voz do Vaticano,admitiu o problema – segundo ele, "confinado a uma área geográfica limitada". A maioria dos casos aconteceu na África. Naquele continente, há regiões em que o sexo é um tabu sobre o qual ninguém fala, freiras muito menos, outras em que a cultura é permissiva, o machismo e a poligamia fazem do celibato um pesadelo para os padres.

Na África, as freiras teriam se tornado alvo fácil e conveniente para religiosos com poder para subjugá-las e, ao mesmo tempo, temerosos diante da disseminação da Aids. Todas as narrativas, porém, independentemente do país em que foram colhidas, tratam de abordagens e intimidações parecidas. Em alguns casos, os padres valeram-se da autoridade religiosa para obter sexo. Em outros, utilizaram "argumentos teológicos" para convencê-las, freiras normalmente têm grau de instrução inferior ao dos padres.

Num caso típico, padres partiram para a sedução com a argumentação de que importante mesmo para um religioso é apenas a proibição de se casar. Em regiões remotas e pobres, muitas freiras dependem financeiramente de líderes de dioceses. Favores sexuais, nessas circunstâncias, podem significar a sobrevivência. Inúmeras religiosas foram estupradas e houve as que engravidaram e contam ter sido obrigadas a abortar. As que se recusaram foram expulsas de sua ordem, enquanto os padres nem sempre foram advertidos.

A maioria dos crimes que ocorrem na África, onde os clericos identificam as freiras como presas fáceis e potencialmente ilesas da AIDS, fato importante nas suas atividades sexuais pois quase todas as prostitutas nas vizinhanças dos predadores se encontram infectadas, e como é sobejamente conhecido, o uso do preservativo é um pecado católico.
Antes destas constatações, vários padres morreram por doenças relacionadas com a AIDS, e muitos outros se encontram infectados pelo vírus em consequência das relações sexuais sem o pecaminoso preservativo, com as prostitutas.

Eis então um contexto ao qual podemos aplicar racionalmente, e com toda uma precisão lógica, uma das mais estúpidas frases proferida por Madre Teresa de Calcutá,
“A AIDS é o justo castigo para um comportamento sexual inadequado”.

Dos inúmeros casos citados no relatório da freira Maura O´Donohue, encontramos exemplos de demências desumanas e escabrosas, que figuram como meras areias de um vasto areal de horrores.

Um padre possuído por desejos sexuais decidiu violar uma freira, ou um mero objeto no ponto de vista do clerical, em vez de se contentar com uma simples masturbação, fomentada pelas orações católicas proferidas em forma de lixo sonoro, exacerbada pela presença de imagens de um homem seminu pregado numa cruz.

A freira engravidou, albergando dentro de si o fruto do "amor" católico do violador. A gravidez não foi bem recebida pelo pai criminoso, que obrigou a agora incubadora Humana a mais um crime, o aborto clandestino. Complicações de saúde derivaram desse aborto e a freira veio a falecer.

Mesmo após a sua morte, o abutre à violou mais uma vez, ao realizar uma missa hipócrita em homenagem à sua vítima.

A Igreja Católica ensina que se deve rezar pelos mortos, para que se livrem, o quanto antes, das penas do purgatório. Este ensinamento da Igreja se fundamenta no texto do livro dos Macabeus.
O costume, em toda a Igreja Católica, sempre foi o de rezar Missa pelos mortos logo após o seu falecimento, no mesmo dia do sepultamento. Era a chamada Missa de corpo presente, ou Missa rezada diante do cadáver da pessoa pela qual se oferecia a Missa.

Também os médicos sofrem pressões, ao serem confrontados com as tentativas de imposição de abortos nas freiras grávidas. Quando as freiras não são obrigadas a abortar, encubam dentro delas o fruto da violação clerical,lhes fornecem uma expulsão dos sítios santificados católicos. Percorrem as ruas em busca de soluções desesperadas e caem no abismo das maiores humilhações e indignificantes sobrevivências. Aceitam ser a segunda ou terceira esposa de qualquer homem, ou vão para os bordeis prostituírem-se pelas necessidades de sobrevivência de si mesmas e das do bebê resultante da violação. Na prostituição encontram a certeza da infecção.

Ja médica brasileira Fátima de Oliveira,secretária-executiva da Rede Feminista de Saúde diz:

"Fui depositária de muitas histórias de vida de padres e freiras que, mesmo proibidos, exerciam a sua sexualidade. Em situação de gravidez, a maioria dos padres faz a opção do aborto. Outros se tornam pais mesmo continuando padres. Já as freiras têm que deixar o sacerdócio se querem viver a maternidade"

Fátima defende o direito de a mulher interromper uma gravidez não desejada, mãe de cinco filhos (dois adotivos), diz que nunca precisou fazer aborto, mas se esquiva quando perguntada se já viveu algum romance com padre:
"Não falo da minha vida pessoal".

O Vaticano defende que uma mulher que foi violada não deve abortar porque em causa está a preservação de uma vida humana.

"Não se pode eliminar a vida como tal" e acrescentou que os fetos "são pessoas, sujeitos humanos com toda a sua dignidade". Por isso, sustentou que, mesmo em caso de violação, a mulher não deve interromper a gravidez, pois "há que salvar a vida ainda que seja fruto" dessa violação,admitiu, contudo, que, "sem dúvida, há que lutar contra a violência sobre as mulheres".

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