sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Morte em acidente com moto aumenta 22 vezes em 16 anos

Um estudo do Ministério da Saúde revela que, nos últimos 16 anos, o número de mortes em acidentes com motos cresceu mais de 22 vezes no país. Em 1990, foram 299 mortes com motocicletas.


Em 2006, o número subiu para 6.734. A média de mortes pelo número de habitantes expõe esse crescimento. Em cidades com população acima de 500 mil habitantes, a taxa de óbitos por acidentes com moto subiu de 0,2 morte por 100 mil habitantes, em 1990, para 2,6/100 mil, em 2006. Em municípios com menor porte populacional --até 20 mil habitantes--, esse número é ainda maior: pulou de 0,01/100 mil habitantes, em 1990, para 4,6/100 mil habitantes, há dois anos. "A moto tornou-se uma opção muito interessante diante dos congestionamentos. É também um meio de trabalho. O fato de ser mais barata e de ser financiada por períodos longos também contribui", diz a autora do estudo, Marli Silva Montenegro, da Secretaria de Vigilância em Saúde do ministério. Ela diz que o aumento do número de acidentes se deve, em parte, à expansão da frota de motocicletas no país. Os números do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) ajudam a confirmar a tese da pesquisadora. O órgão não sabe quantas motos havia em 1990 no Brasil --só começou a contar esses dados em 1994, quando eram 2,596 milhões de motocicletas. Em 2006, o número de motos foi para 7,989 milhões, aumento de 207,71%. O estudo aponta ainda que acidentes com transportes terrestres (carros, caminhões, motos) são a segunda causa de morte por causa externa --28%. Ontem de manhã, por exemplo, dois motoqueiros (de 25 e 28 anos) se envolveram em um acidente com um ônibus, por volta das 8h15, na avenida Washington Luís (zona sul de SP). Eles estavam internados em situação grave. Pior no interior Para o presidente da comissão de direito de trânsito da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cyro Vidal, é maior o número de mortes nas cidades pequenas porque falta fiscalização nelas. "Em cidades pequenas quase não há fiscalização. Então o pessoal acaba não usando o capacete e a proteção básica", disse. O estudo revelou que, em 1990, as mortes por acidentes de trânsito em geral (carro, moto, caminhão etc) eram mais freqüentes nas cidades com mais de 500 mil habitantes. A taxa era de 26 mortes/100 mil habitantes. Com o Código de Trânsito Brasileiro, de 1998, diz Marli, a situação começou a melhorar. Em 2006, a taxa nessas cidades caiu para 15,8 mortes/100 mil habitantes. Nas cidades com menos de 20 mil habitantes, a taxa foi de 13 mortes/100 mil habitantes, em 90, para 19,7/100 mil, em 2006.

Fonte:http://www.newslog.com.brb/

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