segunda-feira, 29 de junho de 2009


Martin Luther King (1929-1968), pastor norte-americano, Prêmio Nobel, um dos principais líderes do movimento americano pelos direitos civis e defensor da resistência não violenta contra a opressão racial.Foi escolhido líder do movimento a favor dos direitos civis das minorias após organizar o famoso boicote ao transporte público em Montgomery (Alabama), em 1955.

Lutou por um tratamento igualitário e contribuiu para a melhoria da situação da comunidade negra, mediante protestos pacíficos e discursos enérgicos sobre a necessidade do fim da desigualdade racial. Em 1963, dirigiu uma marcha pacífica do monumento a Washington até o Lincoln Memorial, onde pronunciou seu discurso mais famoso: "Eu Tenho um Sonho".

O boicote aos ônibus de Montgomery

Naquele mesmo ano, a Corte Suprema dos Estados Unidos proibiu qualquer tipo de educação pública segregadora, e no rastro daquela decisão, o Sul segregado logo foi desafiado em todas as áreas da administração pública. Em 1955, King, que havia acabado de terminar o doutorado, foi indicado para coordenar um boicote aos ônibus de Montgomery.

Os líderes negros da cidade haviam organizado o boicote para protestar contra a segregação racial em vigor no transporte público após a prisão de Rosa Parks, uma mulher negra que havia se recusado a ceder o seu lugar a uma passageira branca. Durante a ação, que durou 381 dias, King foi preso, a sua casa foi atacada e muitas ameaças foram feitas contra a sua vida. O boicote foi encerrado mediante um mandado da Suprema Corte proibindo qualquer transporte público segregador.

O boicote de Montgomery foi uma vitória do protesto pacifista, e King emergiu como líder altamente respeitado. Como conseqüência os clérigos negros de todo o Sul organizaram a Conferência de Lideranças Cristãs do Sul (SCLC), tendo King como presidente.

Liderança quanto aos direitos civis

Em uma visita à Índia em 1959, King pôde compreender melhor o que entendia por Satyagraha, o princípio de persuasão não violenta de Gandhi, que King estava determinado a empregar como o seu principal instrumento de protesto social.

Entre seus protestos destacam-se a campanha, em 1963, a favor dos direitos civis em Birmingham, Alabama, a realização do censo para aprovação dos votos dos negros, o fim da segregação racial e a melhoria da educação e de moradia para os negros nos estados do sul.

Dirigiu a histórica ”marcha” para Washington, em 28 de agosto de 1963, onde pronunciou o famoso discurso I have a dream (Eu Tenho um sonho).

Em 1964 recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

Ampliação das preocupações

À medida em que o tempo foi passando, King foi ficando cada vez mais sensível às diferentes formas que a violência poderia assumir. Também havia ficado claro que inúmeras cidades do Norte que haviam enviado participantes aos protestos do Sul estavam apáticas em relação aos acertos necessários quanto à estratégia a ser seguida contra a discriminação racial.

As lideranças negras, que estavam passando por uma transformação radical, começaram a desafiar as orientações de King. Após terem apoiado o litígio e a reconciliação, exigiam uma mudança “de qualquer maneira que fosse possível”.

Em Chicago, onde foi lançada a primeira grande campanha no Norte, ele recebeu a oposição pública dos batistas negros. Lá os manifestantes negros encontraram brancos, armados, liderados por neonazistas e apoiados por membros da Ku Klux Klan.

Quanto à guerra no Vietnã, a maioria dos negros sentia que os seus próprios problemas mereciam prioridade e que as lideranças negras deveriam se concentrar na luta contra a injustiça racial em casa.

No início de 1967, entretanto, King se associou ao movimento contra a guerra e às suas lideranças nacionais brancas.

"Se você não está pronto para morrer por alguma coisa, você não está pronto para viver".

Assassinato

Em abril de 1968 foi assassinado em Memphis, Tenessee, por um branco que havia escapado da prisão. Em 1986, o terceiro domingo de cada mês foi escolhido como a data para a comemoração dos direitos civis dos negros.

"Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!

E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro: "Livre afinal, livre afinal. Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."

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