quinta-feira, 28 de maio de 2009


Colonialismo é a política de exercer o controle ou a autoridade sobre um território ocupado e administrado por um grupo de indivíduos com poder militar, ou por representantes do governo de um país ao qual esse território não pertencia, contra a vontade dos seus habitantes que, muitas vezes, são desapossados de parte dos seus bens (como terra arável ou de pastagem) e de eventuais direitos políticos que detinham.

O termo colónia vem do latim, designando o estabelecimento de comunidades de romanos, geralmente para fins agrícolas, fora do território de Roma. Ao longo da história, a formação de colónias foi a forma como a raça humana se espalhou pelo mundo.

A exploração desenfreada dos recursos dos territórios ocupados – incluindo a sua população, quase totalmente aniquilada, como aconteceu nas Américas, ou transformada em escravos que espalharam pelo resto do mundo, como na África – levou a movimentos de resistência dos povos locais e, finalmente à sua independência, num processo denominado descolonização, terminando estes impérios coloniais em meados do século XX.

O período colonial da história brasileira foi parte de um movimento de colonialismo, que teve seu próprio dinamismo e suas contradições. O colonialismo moderno, isto é, aquele formado e desenvolvido desde o século XV, baseou-se em converter pessoas e recursos naturais em mercadorias, mediante o sistema mercantil internacionalizado mediante um uso irrestrito de força militar e com o apoio ideológico da religião. Foi sucedido pelo colonialismo industrial, que procurou matérias primas industriais e energéticos. O colonialismo moderno constitui a maior contradição com as pretensões de civilização e de efeito civilizatório, porque se sustentou na máxima contradição ética, que é o direito da vida sobre outros, na forma da escravidão e na do extermínio de grupos dominados. Aqui interessa especialmente examinar os movimentos e as contradições do colonialismo ibérico até o momento da independência do Brasil, que difere em muito do colonialismo praticado desde 1850, inclusive por espanhóis e portugueses. Ao discutir o colonialismo português no Brasil, não se pode desconhecer o colonialismo praticado pelos mesmos portugueses desde aquela data até os movimentos de independência dos africanos na década de 1960, que foi tão predatório e segregacionista como o dos demais europeus.

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