segunda-feira, 25 de maio de 2009

impérios
ROMA
No século I a.C., as conquistas militares de Otávio lhe garantiram uma rápida ascensão política. Com a chancela do Senado, Otávio alcançou o título de Augusto ou “o escolhido dos deuses” o primeiro dos imperadores romanos. Dessa forma, o Senado poderia estar subordinado ao poder do imperador. Dispondo de amplos poderes em mãos, Otávio Augusto iniciou uma profunda reforma nas instituições e costumes romanos.
No campo administrativo, foram reduzidos os poderes dos magistrados e houve um maior controle do império sobre as divisas arrecadadas com a cobrança de impostos. Para aperfeiçoar o controle sobre as províncias, também foi criado um sistema de correios que mantinha as autoridades romanas informadas de todos os acontecimentos nas porções mais remotas dos extensos domínios imperiais. Para extinguir as antigas rixas das tradicionais classes sociais romanas, Otávio também reformulou uma nova classificação entre os cidadãos romanos.
O critério consangüíneo deu lugar a uma organização baseada na capacidade financeira de cada indivíduo. O mais alto posto da nova hierarquia social era ocupado pela ordem Senatorial. Esses cidadãos deveriam ter uma fortuna de, no mínimo, um milhão de sestércios (moeda utilizada na época).
Os integrantes da ordem Senatorial deveriam utilizar uma peça de tecido púrpura e seu elevado poderio econômico concederia o exercício de direitos políticos. Ocupando uma faixa intermediária, a ordem Eqüestre era composta por todo cidadão romano com renda superior a 400 mil sestéricos. Esses poderiam usufruir de alguns cargos públicos e utilizariam uma peça de tecido azul. Aqueles que tivessem uma renda menor que 400 mil sestéricos seriam da ordem Inferior e não possuiriam nenhum tipo de privilégio político. Além de reorganizar as ordens sociais, Otávio Augusto buscou interferir no modo de vida do povo romano. Interessou em financiar a produção de obras artísticas. A família deveria permanecer sólida e as mulheres adúlteras passaram a sofrer punição.
Para evitar o inchaço da cidade de Roma, Otávio também se preocupou em incentivar a ocupação dos espaços rurais.
Preocupado em manter a unidade dos domínios imperiais, Otávio também reformulou o exército romano. Os soldados foram profissionalizados, sendo que cada um deles receberiam uma porção de terras ou uma equivalente recompensa financeira. Com um exército de natureza permanente, o Império Romano tratou de manter sua hegemonia territorial frente os povos com quem faziam fronteira. Abandonando o critério hereditário, os próximos imperadores seriam escolhidos pela indicação do próprio imperador. Nesse período, períodos de prosperidade e crise alternavam-se no contexto político romano.
A excessiva concentração de poderes nas mãos do imperador era, por vezes, motivo para que várias tramas políticas e rebeliões acontecessem em Roma. Com o inchaço da cidade de Roma, as diversas disputas políticas e a crise de uma economia dependente de sua mão-de-obra escrava, Roma tornou-se um grande conglomerado de terras que enfrentaria sérios desgastes com o fim de suas conquistas.

Após o auge vivido nos dois primeiros séculos da Era Cristã, o Império Romano viveu anos de extrema dificuldade. Uma série de fatores reuniu-se para que um dos maiores impérios do
mundo Antigo viesse a ruir paulatinamente, podemos apontar a crise do sistema escravista, a estagnação comercial, a diminuição da produção agrícola e a pressão exercida pelos povos germânicos que viviam nas fronteiras do império.

A partir do século III, diversas transformações do mundo romano deram fim ao esplendor de um dos mais poderosos impérios da Antigüidade.

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