quarta-feira, 29 de setembro de 2010


A Inglaterra é uma das nações constituintes do Reino Unido. Historicamente dominante, ocupa a metade sul da ilha da Grã-Bretanha, à excepção de uma área a oeste, correspondente ao País de Gales. Limita a Norte com a Escócia, a Leste com o mar do Norte, a Sul com o canal da Mancha e a Oeste com o oceano Atlântico, Gales e o mar da Irlanda. Sua capital é Londres. Tem uma área de 130 439 quilômetros quadrados e uma população de 49 milhões de habitantes.

A área que é agora chamada de Inglaterra foi ocupada por povos de várias culturas por cerca de 35 mil anos, mas leva o seu nome dos Anglos, uma das tribos germânicas que ali se instalaram entre o séculos V e VI. A Inglaterra tornou-se um Estado unificado em 927 d.C., e desde a época dos Descobrimentos, que iniciou-se no século XV, teve um significativo impacto cultural e jurídico em todo o mundo. O idioma Inglês, a Igreja Anglicana e o sistema parlamentar têm sido adotados por outras nações. A Revolução Industrial teve origem na Inglaterra no século XVIII, transformando o país no primeiro país industrializado, e a Royal Society lançou as bases da ciência experimental moderna.

O Reino da Inglaterra, que depois de 1284 incluiu Gales, era um Estado soberano até 1 de Maio de 1707, quando os Atos de União puseram em prática as condições estabelecidas no Tratado da União do ano anterior, resultando em uma união política com o Reino da Escócia para criar o Reino Unido da Grã-Bretanha. Em 1800, a Grã-Bretanha uniu-se com a Irlanda através de uma outra lei da União para se tornar o Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda. Em 1922 o Estado Livre Irlandês foi estabelecido como um domínio separado; posteriormente, a Irlanda do Norte foi incorporada ao Reino Unido, criando o Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte.

O nome Inglaterra é derivado do Inglês antigo "Englaland"(England), que significa "terra dos anglos". Os Anglos foram uma das tribos germânicas que se estabeleceram na Inglaterra durante a Baixa Idade Média. Segundo o Dicionário Oxford, o primeiro uso conhecido de "Inglaterra" para se referir à parte sul da ilha da Grã-Bretanha ocorreu em 897, e sua ortografia moderna foi usada pela primeira vez em 1538.

A primeira Igreja Cristã organizada nas Ilhas Britânicas é a Igreja Celta. O povo Celta já habitava esta região antes mesmo da invasão anglo-saxônica. Esta Igreja, resistindo ao paganismo destes invasores, conseguiu manter uma Igreja Cristã independente, com organização monástica e tribal, sem nenhuma relação com a Igreja de Roma ou qualquer outra, embora mostrasse alguns hábitos e costumes orientais.

No ano de 595 d.C., o Papa Gregório I, também conhecido como Gregório Magno, o Grande, mandou uma comissão de monges, chefiada pelo monge Agostinho, prior do Convento de Santo André, na Cecília, para converter a Inglaterra ao Catolicismo. Agostinho foi o primeiro arcebispo de Cantuária, figura centralizadora da Comunhão Anglicana, e passou a ser conhecido como Agostinho de Cantuária. Boa parte dos costumes celtas cederam à dominante forma romana e latina do cristianismo ocidental.

Em 1534, a Igreja da Inglaterra (Anglicana) se separou em definitivo da Igreja Católica Romana, por iniciativa do rei Henrique VIII, valendo-se da questão com o Papa Clemente VII, relacionada com o pedido de anulação de seu casamento com Catarina de Aragão.

Esta separação, não obstante tenha acontecido por interesses pessoais e políticos, era um velho sonho da Igreja da Inglaterra, que nunca tinha aceito plenamente a dominação Romana. Não se pode, portanto, atribuir a Henrique VIII o título de fundador da Igreja
Anglicana.

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