domingo, 26 de setembro de 2010

Scotland

Há indícios da presença humana na Escócia desde o Mesolítico (provavelmente 5000 a.C.). Os obanianos, que habitaram o local por volta de 3000 a.C., já possuíam embarcações e utilizavam arpões com pontas de osso. Os vestígios encontrados dos povos agricultores e criadores do Neolítico indicam que penetraram de Yorkshire para o estuário do Moray. As espadas e pontas de lanças que, com os machados de bronze, marcam o início da Idade do Bronze na Escócia (900 a.C.) indicam a ocorrência de guerras. A Idade do Ferro, que começou após 500 a.C., assinala o início do tribalismo céltico que foi encontrado pelos invasores romanos.

O casamento entre membros das dinastias inglesa e escocesa estreitou os laços entre os dois reinos. Muitas instituições escocesas foram criadas segundo o modelo inglês e várias famílias normandas da Inglaterra estabeleceram-se a partir de então na Escócia. Por volta de 1266 a dinastia Canmore exercia o controle de toda a Escócia; mas, na parte central das Terras Altas e nas áreas cedidas pelos nórdicos, esse controle era ainda apenas nominal.
O contacto com a Inglaterra e com o continente propiciou o desenvolvimento do comércio e a formação dos burgos.


A morte de Alexandre III em 1286 tornou imediato o problema pendente há dois séculos sobre as relações entre a coroa escocesa e a inglesa. Eduardo I invadiu a Escócia em 1296, encontrando severa resistência.

A resistência escocesa, liderada por William Wallace e Andrew de Moray e, mais tarde, por Robert Bruce, fez com que este fosse coroado rei da Escócia em março de 1306 e saísse vitorioso na batalha de Bannockburn, contra os ingleses, em 1314. Uma Segunda Guerra de Independência Escocesa eclodiu no período 1332-1357, quando Edward Balliol tentou tomar o poder com o apoio do monarca inglês.

A história da Escócia encontra-se a partir do século XVI sob o signo da Reforma Protestante. A face da Escócia irá mudar completamente pela mão de Calvinistas como John Knox. Apesar das perseguições que lhe foram movidas, John Knox é a figura carismática que está na base da Kirk, a igreja presbiteriana escocesa. Na linha do Calvinismo, a igreja presbiteriana pretende erradicar a influência da igreja católica na Escócia. Recusa a veneração de santos, relíquias e de figuras ornamentais.

Acabou com determinadas formas de divertimento colectivo tais como o carnaval ou as celebrações de Maio. É imposta uma estricta proibição do trabalho ao domingo, quase tão rigorosa como a dos judeus ortodoxos no Shabbat - pessoas podiam ser presas por depenar uma galinha ao domingo. Os jogos de cartas foram banidos. A igreja presbiteriana escocesa professa o comportamento purista (ou puritano) de todos segundo a moral cristã e seus valores. Fornicação é punida severamente, mesmo com o exílio. Adultério é punido com a morte.

O paradoxo da história da Escócia é que este fundamentalismo religioso dos séculos XVI e XVII, que instauraram aquilo que foi quase uma teocracia, é também o fundamento para o desenvolvimento do iluminismo escocês, a tolerância religiosa, o capitalismo, numa palavra, a modernidade.

Este paradoxo fica bem patente nos acontecimentos do ano de 1696, que se pode dizer que foi um ano de transição entre o predomínio do fundamentalismo religioso para o sistema de social que consideramos hoje moderno.

Em 1707, após ameaças inglesas de interromper o comércio e a livre circulação na fronteira comum, os Parlamentos da Escócia e da Inglaterra promulgaram os Atos de União que criaram o Reino Unido da Grã-Bretanha.

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