segunda-feira, 28 de setembro de 2009


Foi por volta de 1920 que a liderança do então pequeno Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães via crescer as fileiras de adeptos e carecia, portanto, de se ter uma bandeira ou um símbolo para os seus partidários. Consciente desta necessidade, Adolf Hitler explica em seu livro Meín Kampf, como adotou a cruz gamada.

Hitler, pronunciou a favor da conservação das antigas cores da bandeira imperial alemã, em parte por seu efeito estético e que melhor que qualquer outra combinação, harmonizava com seu próprio modo de sentir. Ele mesmo, depois de inumeráveis ensaios logrou definir uma forma definitiva, ou seja: sobre um fundo vermelho, um disco branco e no centro, a cruz gamada em negro.

Sobre o seu significado, Hitler escreve:
  • Como nacional-socialistas vemos em nossa bandeira nosso programa.
  • no Vermelho, a idéia social do movimento;
  • no Branco, a idéia nacionalista
  • e na Suástica, a missão de lutar pela vitória do homem ariano, e ao mesmo tempo pelo triunfo da idéia do trabalho produtivo, idéia que é e será sempre antisemita.

Assim, na localidade de Tegernsee, no verão de 1920, se empunhou pela primeira vez, a bandeira do jovem movimento que iria mudar a história da humanidade. Tal símbolo em sentido horário, usado como emblema do partido nazista e do estado alemão sob o III Reich, fora adotado oficialmente em 1935.

Großdeutsches Reich


Mas registra-se que em fins da primeira década do século XX, os alemães já usavam a bandeira da suástica como distintivo político, através dos ex-combatentes do corpo de voluntários, o Freikorps. Também o Grupo Thule? organizado pelo barão Rudolf von Sebonttendorff, utilizava como emblema a cruz gamada, baseando-se nos estudos de Adolf-Josef Lang. No emblema da Thule - sociedade secreta, com vistas a perpetuar ensinamentos esotéricos provenientes das velhas tradições germânicas pagãs, pode-se observar além do ano de 1919, como data de fundação daquela sociedade, a espada de santa Vehme no meio de um ramo duplo de carvalho, na frente de uma suástica, resplandecendo num turbilhão.

À semelhança do nazismo com um culto religioso ajuda-nos a explicar a existência de seu símbolo. Como fazem certos cultos religiosos, o nazismo oferecia, a seus seguidores fanáticos, além de um líder carismático, um emblema que retratava a imagem do poder, da força e do dinamismo. A cruz suástica como imagem simbólica, vinha servir ao propósito da propaganda do Partido Nacional-Socialista, na marcha inexorável para o triunfo, um futuro a ser conquistado pela confiança no Fuehrer, que sempre ostentava no seu braço esquerdo, a cruz gamada negra.


Faço esse juramento sobre a suástica, esse sinal sagrado para nós, para que tu ouças, ò Sol triunfante, e manterei minha fidelidade em relação a ti. Tem confiança em mim, assim como tenho em ti. Nosso Deus é o pai do combate e sua astúcia é a da águia, símbolo dos arianos. Assim, para marcar a combustão espontânea da águia, vamos representá-la em vermelho. Esse é o nosso símbolo; a águia vermelha lembra que temos de passar pela morte para podermos reviver.

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