quarta-feira, 29 de abril de 2009

Drogas - tratamento




O dependente químico sofre perdas acentuadas e mais graves do que qualquer outro, está relacionado com a doença crônica/ incurável – progressiva – multifacetada.
A dependência química torna-se uma maneira de vida: é um relacionamento destrutivo. A pessoa tem a sua auto-estima diminuída, com recursos internos e externos limitados para lidar com a complexidade da vida. Alguns toxicodependentes já estão tão viciados que não admitem a sua dependência dizendo que quando quiserem deixam de consumir. Isso não é bem assim, o corpo já está habituado à substância que dificilmente “sobrevive” sem ela.Admitir que se é dependente acaba acontecendo com ou sem boa vontade pois é baseada em factos e não em teorias. Para alguns com grandes dificuldades e para outros com facilidades mas acaba por acontecer.
Ao tomarem conhecimento da dependência, sabem que é uma doença e verificam que também é um facto. Cabe a qualquer ser inteligente escutar coisas novas, e o familiar, não estando acostumado com coisas novas, tem medo ou aversão a isso.
O tratamento da toxicodependência exige que o doente esteja consciente de que sofre de dependência, que tenha um desejo firme de se curar e que seja capaz de aceitar um compromisso de abstinência absoluta e definitiva.Existem centros de tratamento que ajudam os toxicodependentes desabituarem-se de consumir drogas. Isto é, são centros de atendimento a toxicodependentes, ou seja, são unidades de tratamento em regime ambulatório em que se prestam cuidados globais dos toxicodependentes, individualmente ou em grupos.


Comunidades terapêuticas


São unidades terapêuticas que prestam cuidados a toxicodependentes que necessitam de internamento prolongado com apoio psicoterapêutico e socioterapêutico com o objectivo de promover o seu tratamento e a sua ressocialização
A reinserção social dos toxicodependentes reveste-se de uma importância acrescido no actual contexto de discriminação dos consumos, onde o toxicodependente é, fundamentalmente, encarado como um doente susceptível de tratamento e reabilitação. Neste sentido, a reinserção passa a ser considerada parte do tratamento e este nunca está completo sem ela.A Reinserção Social contribui para a eficácia do tratamento, conduzindo à realização pessoal e ao restabelecimento das redes sociais de suporte, no sentido da estabilidade clínica, emocional e social do indivíduo. É o processo através do qual o indivíduo reestrutura a sua personalidade e a sua vida, desenvolvendo competências de autonomia e responsabilidade, capazes de o valorizar enquanto membro útil à sociedade.A Reinserção Social, enquanto intervenção terapêutica, tem que surgir em função de cada indivíduo, pelo conhecimento da sua identidade exclusiva e diferenciada durante o processo de tratamento.


Droga divide agentes e pode abortar princípios da reforma psiquiátrica


O técnico em dependência química José Antônio Schardong e a psicóloga Janaína Trierweiler têm um sonho – a criação de uma rede de proteção para os usuários de crack em Curitiba e região metropolitana. “Falta uma iniciativa que aglutine os agentes do setor. Quem sabe a Secretaria Municipal Antidrogas consiga isso”, sugere Janaína. Ela se refere aos médicos que atuam nos poucos hospitais que ainda oferecem tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), profissionais dos Centros de Atendimento Psicossocial Álcool-Drogas (CapsAD), organizações não-governamentais, clínicas, órgãos de segurança e educadores.


A reivindicação da dupla – que em parceria com o médico Higino Bodziak está à frente do Comunidade Terapêutica Dia (CTDia) – não é da boca para fora. Nos últimos cinco anos, com o avanço no número de usuários de pedra, aumentaram também os problemas dos que trabalham na prevenção e tratamento de dependentes químicos. Estima-se, por exemplo, que cerca de 400 leitos foram extintos na Grande Curitiba – a exemplo do Hospital Pinheiros, em São José dos Pinhais, e do Nossa Senhora da Glória, na capital.


Além do mais, não há um espaço apropriado para crianças e adolescentes em processo de desintoxicação – obrigando-os à convivência nada recomendável com adultos na mesma situação. Sem falar no fetiche da sociedade pela repressão, em detrimento das campanhas e ações sociais. Uma organização de agentes, como defende o corpo técnico do CTDia, poderia facilitar a atuação de quem lida com filas de espera que chegam a 1,5 mil usuários e vê a situação descendo a ladeira.
Não é tarefa fácil. Psiquiatras, técnicos, ongueiros e terapeutas do setor não falam a mesma língua. Um dos pomos-da-discórdia é o próprio modelo adotado pelo Ministério da Saúde, pautado na Lei da Reforma Psiquiátrica (10.216), de 6 de abril de 2001. Na contramão das internações, tratamentos agressivos e isolamento dos dependentes químicos, a reforma adotou medidas terapêuticas mais brandas e humanas. Em vez de longas jornadas em hospitais, foram criadas unidades em que os usuários voltam para casa todos os dias e políticas de redução de danos. Até aí ninguém discorda.


A crítica é à incapacidade desse modelo em deter os estragos causados por uma droga como o crack, predadora por natureza.Sem falar nas dificuldades inerentes à própria pedra, cuja dependência é rápida, lança o usuário no mundo da violência e na ruína física. Quando chega ao extremo – a fase de 20 pedras madrugada adentro – só resta ao dependente rastejar por uma das 530 minguadas vagas do SUS na região, distribuídas entre a Clínica Hélio Rotenberg, em Curitiba; Hospital San Julian, em Piraquara; e Hospital Adauto Botelho, em Pinhais.


Mesmo entre os que abraçaram as idéias da reforma, como o CTDia, impera um certo desconforto. “O crack chegou numa velocidade tão grande que quebrou todos os paradigmas. Cerca de 90% dos que nos procuram são usuários de pedra. E a pedra, quando vem, é para ficar. Como aplicar política de redução de danos num caso como esse?”, questiona Schardong, que administra 60 vagas em regime “semi”, em coro com outros agentes do setor.




Mosteiro carmelita abriga 60 dependentes químicos.


Espaço é mantido em silêncio por voluntários e recebe aqueles que já perderam tudo numa chácara de seis hectares, plantada entre os bairros Pinheirinho e Sítio Cercado, na Zona Sul de Curitiba.
Além da beleza da mata secundária, o lugar impressiona por um detalhe: os portões estão sempre abertos. “Põe aí que aqui ninguém fica preso”, dita frei Chico, com a fleuma que lhe é própria. Não faltam placas de inspiração religiosa espalhadas pelos espaços, como a que diz: “Ninguém aprende a amar sem contato com a fraqueza humana”. Todos trabalham na manutenção da chácara – seja na jardinagem, seja no artesanato e horta, seja produzindo tijolos, uma das fontes de subsistência do mosteiro. A rotina começa às 6 da manhã e vai até as 21 horas. Um grande sino, à moda monástica, dá conta da marcação das atividades. Mas a atividade principal é terapêutica.
Semanalmente há reuniões da comunidade, chamadas de “correção fraterna”. Às quartas-feiras, acontece o ponto alto da terapia. Uma dezena de psicólogos e pessoas devidamente treinadas para o ofício passam o dia no mosteiro fazendo “escuta”, um elemento da pedagogia da casa. Sentados nos troncos de árvore com os moradores, voluntários fazem sessões de 30 minutos de conversa, nas quais são precisamente “todo ouvidos”.


Frei Francisco Manoel de Oliveira
Casa do Servo Sofredor, Rua La Salle, 850


(41) 3349-1681. casadoservosofredor@bol.com.br


Outras:


Casa de Recuperação Nova Vida

Tratamento de dependentes com internação

Rua Amazonas Souza de Azevedo, 488

Curitiba - PR -(41) 3264 4075



Comunidade Hermon

Tratamento de dependentes com internação em chácara

Rua Santos Dumont, 2420

Colombo - PR - (41) 3359 2372



Casa de Recuperação Água da Vida - CRAVI

Rua José Serrato, 55 - Santa Cândida

Curitiba-PR - (41) 3356 6100 - http://www.cravi.org.br/



http://www.ctamorpelavida.com.br/

http://www.clinicasderecuperacao.com.br/


http://www.sobresites.com/dependencia/dependentes.htm


http://www.adroga.casadia.org/



GRUPOS DE AJUDA



http://www.alcoolicosanonimos.org.br/ A.A



http://www.na.org.br/portal/ Narcoticos Anonimos



http://www.neuroticosanonimos.org.br/

http://www.slaa.org.br/br/index.htm

http://www.dqanonimos.blogspot.com/

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