Drogas uso Medicinal
A mais freqüente função religiosa dos pajés é realizar encantamentos místicos para expulsar os espíritos da moléstia por meio de cânticos mágicos, rituais apropriados e a batida rítmica do maracá. Na promoção da cura o pajé, depositário da ciência tradicional da tribo, mescla aos procedimentos místicos a administração de medicamentos feitos com vários tipos de ervas, raízes, cascas, algumas sementes e flores, substâncias animais e minerais, com as quais prepara pós, cozimentos e infusões. Também pode se valer de certas práticas do bom senso e de uso universal, como abluções, jejum e repouso.Embora seja difícil distinguir entre a contribuição dos indígenas e a dos jesuítas, a utilização pelos curandeiros das plantas medicinais da flora nativa é responsável pela introdução de inúmeras drogas da farmacopéia moderna, como a ipecacuanha (Cephaelis ipecacuanha), o jaborandi (Monniera trifolia), e o curare, espécie de extrato vegetal obtido de certas plantas do gênero Strychnos (longaniáceas) e da Chondrodendron tomentosum (menispermáceas). Os pajés manipulam também vários tipos de veneno e sabem preparar estimulantes, narcóticos, sedativos, purgativos etc.Na pajelança, cerimônia de natureza xamanística que sobrevive entre as populações da Amazônia e do Maranhão, o pajé é o feiticeiro que dirige a invocação da "alma do bicho" (o jacaretinga, a cobra grande), que nele encarna para responder às consultas dos crentes. A bebida ritual é o tafiá (aguardente). Para purificar o local e os presentes, o pajé também promove a defumação e às vezes usa um feixe de penas de ema para espantar os maus espíritos.
De maneira geral, entre os índios, nas mais diversas aldeias, o tratamento e a cura de doenças é feita pelos pajés, através de práticas mágicas. Segundo a crença dos indígenas, esses poderes podem ser usados para curar doenças como também para provocá-las, razão pela qual é comum atribuir a origem de doenças aos feitiços.Os processos de cura variam entre os grupos indígenas. Os Xamãs, por exemplo, são uma categoria especial de médico-pajé, que podem entrar em êxtase. Nesse estado, segundo os índios, a alma vai para longe do corpo, percorrendo lugares distantes ou encarnando um espírito estranho. Dentre os índios, de acordo com Alan Suassuna, que escreve no site sobre o povo Yanomami, o Xamã é o líder espiritual, o intermediário entre os homens e os espíritos, que, durante rituais de cura cheira um pó alucinógeno que, acreditam, "abre" a floresta para os "Xapori", entidades que auxiliam os Xamãs nos rituais de cura.Segundo Joseph Campbell, em seu livro "O poder do mito", "O xamã é uma pessoa, homem ou mulher, que, no final da infância ou no início da juventude, passa por uma experiência psicológica transfiguradora, que a leva a se voltar inteiramente para dentro de si mesma.
É uma espécie de ruptura esquizofrência.O inconsciente inteiro se abre, e o xamã mergulha nele. Encontram-se descrições dessa experiência xamãnica ao longo de todo o caminho que vai da Sibéria às Américas, até a Terra do Fogo".Para que se entenda mais de medicina indígena, é preciso mergulhar um pouco em seus mitos e rituais, uma vez que toda a sua cultura influencia sua saúde e a forma como lidam com seus corpos. No ritual de morte, por exemplo, os índios colocam o corpo pendurados em árvores.Após algum tempo, quando o corpo já se decompôs, eles recolhem os ossos e cremam. Em rituais familiares os parentes misturam um pouco das cinzas ao mingau de banana e tomam. O restante é enterrado no mesmo lugar onde fizeram o fogo. Estes são outros indicativos das crenças mágicas dos indígenas.Segundo o Dr. Rafael Valdez Aguiar, doutor em medicina e história, a medicina indígena, assim como muitas outras medicinas alternativas, tem muito a ver com a sugestão da pessoa, já que para que a pessoa adoeça ou se cure com recursos mágicos devem cumprir-se três aspectos: que o indivíduo creia, que a pessoa que o vai curar ou adoecer também creia, e que além disso, a sociedade em seu conjunto também creia. Conforme escreveu Dorangélica de la Rocha, no jornal El Debate, do México, antes mesmo da chegada dos espanhóis, os índios já operavam catarata. Outras enfermidades graves eram curadas com recursos mágicos. A medicina dos indígenas é um milagre, uma magia.Atualmente, a medicina indígena é um recurso para a cura de enfermidades graves, quando foram esgotados os recursos científicos, porque lida, principalmente, com a fé. Assim como muitas outras medicinas alternativas. Isso tudo não quer dizer que várias das ervas usadas pelos pajés e xamãs sejam descartadas pela medicina tradicional, pois muitas delas possuem princípios químicos ativos que, inclusive, vêm sendo objeto de pesquisa científica e que já compõem vários dos remédios que vamos procurar em farmácias.
Há círculos de medicina, onde os mais velhos transmitem experiências e conhecimentos aos mais jovens. Usa-se um cachimbo e há inscrições como: "Tabaco. Ele nunca 'significou' para ser abusado".Outro tratamento comum entre os Plains é a idéia de bem estar. Podendo ser definido como um estado onde a mente, o corpo e o espírito estão em conexão e "balanceados". Um não pode ser separado do outro. Os Oglala Sioux são os mais tradicionais de todos os Índios Plains. Eles sempre trabalharam com as práticas e crenças de saúde desde o passado até o presente.Para eles as doenças indígenas são causadas pela desarmonia entre humanos e os poderes sobrenaturais. Essas doenças devem ser tratadas pelas práticas nativas, não pela dos "homens brancos", que servem para curar as doenças dos homens brancos, como a diabetes e os problemas cardíacos.
De acordo com a FUNAI, Fundação Nacional do Índio, muitos vegetais usados pelos indígenas como medicamentos apresentam de fato resultados surpreendentes e, os conhecimentos técnicos, muitas vezes complexos, dos índios brasileiros, estão presentes tanto no combate às doenças, quanto na caça e na pesca (através da utilização de venenos), na ecologia, na astronomia, na fabricação de sal, de objetos de borracha, de tecidos e na guerra (uso de gases asfixiantes).
Segundo informações do núcleo Amazon Trade, que estuda a cultura e os costumes da Amazônia, as ervas e a fitoterapia (medicamentos preparados a base de plantas, através de chás, infusões) são recursos muito utilizados pela população local e pelos índios.
Daime de origem indígena, apresenta propriedades calmantes, mas sabe-se também que é pertencente à "família" dos perturbadores do sistema nervoso central, ou seja, é alucinógenas, tanto quanto a maconha ou o LSD.
O chá é chamado Ayuwasca, obtido da mistura do cipó jagube e da folhas da planta chacrona. Há várias comunidades na Amazônia que cultuam o Santo Daime, reverenciando a mata, a floresta, Deus e a alegria. As letras de seus hinos têm inspiração ecológica.
No campo da medicina, a cannbis sativa é ótima para resolver problemas como enxaqueca, anorexia, espasmo muscular, epilepsia, glaucoma entre outras. E quando se trata de obra-prima, a maconha se destaca com excelência. Em apenas 6 meses, uma plantação de maconha já está em tamanho suficiente para produzir o que há de melhor em qualidade fibrosa. Ela pode gerar produtos de altíssima qualidade, muito melhores que os produzidos por troncos de árvores, sem precisar desmatar florestas para isso. Além de não derrubar florestas, a maconha serve como auxílio, se plantada em volta da floresta, para o reflorestamento.
Voltando ao campo medicinal do uso da cannabis sativa, é muito comum ouvir que usada como cigarro ela faz muito mal. De certa forma essa afirmação está errada. Ela, como qualquer outra substância, quando fumada agride a garganta por causa do calor, mas ela em si não é prejudicial. E ao primeiro indício de dores na garganta ou vermelhidão deve ser abandonado o uso. Outra coisa muito importante para se dizer é que seu uso medicinal tem que ser extremamente controlado, as doses de maconhas medicinais devem ser sempre pequenas. Quando a pessoa está sendo medicada com maconha não fuma um cigarro inteiro, a pessoa não fica chapada, vamos dizer assim. O que não acontece com o consumo de qualquer remédio forte, como os tarja pretas. Ao contrário dos tarja pretas, não foi comprovado que o uso de maconha causa dependência química.
É uma espécie de ruptura esquizofrência.O inconsciente inteiro se abre, e o xamã mergulha nele. Encontram-se descrições dessa experiência xamãnica ao longo de todo o caminho que vai da Sibéria às Américas, até a Terra do Fogo".Para que se entenda mais de medicina indígena, é preciso mergulhar um pouco em seus mitos e rituais, uma vez que toda a sua cultura influencia sua saúde e a forma como lidam com seus corpos. No ritual de morte, por exemplo, os índios colocam o corpo pendurados em árvores.Após algum tempo, quando o corpo já se decompôs, eles recolhem os ossos e cremam. Em rituais familiares os parentes misturam um pouco das cinzas ao mingau de banana e tomam. O restante é enterrado no mesmo lugar onde fizeram o fogo. Estes são outros indicativos das crenças mágicas dos indígenas.Segundo o Dr. Rafael Valdez Aguiar, doutor em medicina e história, a medicina indígena, assim como muitas outras medicinas alternativas, tem muito a ver com a sugestão da pessoa, já que para que a pessoa adoeça ou se cure com recursos mágicos devem cumprir-se três aspectos: que o indivíduo creia, que a pessoa que o vai curar ou adoecer também creia, e que além disso, a sociedade em seu conjunto também creia. Conforme escreveu Dorangélica de la Rocha, no jornal El Debate, do México, antes mesmo da chegada dos espanhóis, os índios já operavam catarata. Outras enfermidades graves eram curadas com recursos mágicos. A medicina dos indígenas é um milagre, uma magia.Atualmente, a medicina indígena é um recurso para a cura de enfermidades graves, quando foram esgotados os recursos científicos, porque lida, principalmente, com a fé. Assim como muitas outras medicinas alternativas. Isso tudo não quer dizer que várias das ervas usadas pelos pajés e xamãs sejam descartadas pela medicina tradicional, pois muitas delas possuem princípios químicos ativos que, inclusive, vêm sendo objeto de pesquisa científica e que já compõem vários dos remédios que vamos procurar em farmácias.
Há círculos de medicina, onde os mais velhos transmitem experiências e conhecimentos aos mais jovens. Usa-se um cachimbo e há inscrições como: "Tabaco. Ele nunca 'significou' para ser abusado".Outro tratamento comum entre os Plains é a idéia de bem estar. Podendo ser definido como um estado onde a mente, o corpo e o espírito estão em conexão e "balanceados". Um não pode ser separado do outro. Os Oglala Sioux são os mais tradicionais de todos os Índios Plains. Eles sempre trabalharam com as práticas e crenças de saúde desde o passado até o presente.Para eles as doenças indígenas são causadas pela desarmonia entre humanos e os poderes sobrenaturais. Essas doenças devem ser tratadas pelas práticas nativas, não pela dos "homens brancos", que servem para curar as doenças dos homens brancos, como a diabetes e os problemas cardíacos.
De acordo com a FUNAI, Fundação Nacional do Índio, muitos vegetais usados pelos indígenas como medicamentos apresentam de fato resultados surpreendentes e, os conhecimentos técnicos, muitas vezes complexos, dos índios brasileiros, estão presentes tanto no combate às doenças, quanto na caça e na pesca (através da utilização de venenos), na ecologia, na astronomia, na fabricação de sal, de objetos de borracha, de tecidos e na guerra (uso de gases asfixiantes).
Segundo informações do núcleo Amazon Trade, que estuda a cultura e os costumes da Amazônia, as ervas e a fitoterapia (medicamentos preparados a base de plantas, através de chás, infusões) são recursos muito utilizados pela população local e pelos índios.
Daime de origem indígena, apresenta propriedades calmantes, mas sabe-se também que é pertencente à "família" dos perturbadores do sistema nervoso central, ou seja, é alucinógenas, tanto quanto a maconha ou o LSD.
O chá é chamado Ayuwasca, obtido da mistura do cipó jagube e da folhas da planta chacrona. Há várias comunidades na Amazônia que cultuam o Santo Daime, reverenciando a mata, a floresta, Deus e a alegria. As letras de seus hinos têm inspiração ecológica.
No campo da medicina, a cannbis sativa é ótima para resolver problemas como enxaqueca, anorexia, espasmo muscular, epilepsia, glaucoma entre outras. E quando se trata de obra-prima, a maconha se destaca com excelência. Em apenas 6 meses, uma plantação de maconha já está em tamanho suficiente para produzir o que há de melhor em qualidade fibrosa. Ela pode gerar produtos de altíssima qualidade, muito melhores que os produzidos por troncos de árvores, sem precisar desmatar florestas para isso. Além de não derrubar florestas, a maconha serve como auxílio, se plantada em volta da floresta, para o reflorestamento.
Voltando ao campo medicinal do uso da cannabis sativa, é muito comum ouvir que usada como cigarro ela faz muito mal. De certa forma essa afirmação está errada. Ela, como qualquer outra substância, quando fumada agride a garganta por causa do calor, mas ela em si não é prejudicial. E ao primeiro indício de dores na garganta ou vermelhidão deve ser abandonado o uso. Outra coisa muito importante para se dizer é que seu uso medicinal tem que ser extremamente controlado, as doses de maconhas medicinais devem ser sempre pequenas. Quando a pessoa está sendo medicada com maconha não fuma um cigarro inteiro, a pessoa não fica chapada, vamos dizer assim. O que não acontece com o consumo de qualquer remédio forte, como os tarja pretas. Ao contrário dos tarja pretas, não foi comprovado que o uso de maconha causa dependência química.
Evidências de pesquisas em animais e em homens indicam que a maconha pode produzir um efeito analgésico importante. Porém, mais estudos devem ser feitos para estabelecer a magnitude e a duração deste efeito, nas diversas condições clínicas. Os pacientes que poderiam ser beneficiados com o uso dessa droga seriam aqueles em uso de quimioterapia, em pós-operatório, com trauma raquimedular (lesão da coluna vertebral com acometimento da medula), com neuropatia periférica, em fase pós-infarto cerebral, com AIDS, ou com qualquer outra condição clínica associada a um quadro importante de dor crônica. Arch Gen Psychiatry
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